Óscar Palomo venceu na Peugeot Rally Cup Ibérica
A dupla espanhola Óscar Palomo/José Pintor impôs-se na primeira prova da Peugeot Rally Cup Ibérica 2021, o Rali Terras d’Aboboreira uma prova que teve várias trocas de líder e percalços para alguns dos pretendentes à vitória. O triunfo foi para a dupla do 208 Rally4 #46, impondo-se por 14,1 segundos a Miguel Campos/Paulo Lopes e por 17 segundos redondos sobre os seus conterrâneos Alberto Monarri/Ángel Vela, que subiram aos restantes lugares do pódio.
Foram 16 os Peugeot 208 Rally4 que se apresentaram à partida da prova organizada pelo Clube Automóvel de Amarante, contabilizando a primeira de seis pontuações de uma época que irá ter continuidade já em meados deste mês de maio, no Vodafone Rally de Portugal, prova do WRC e de que a Peugeot Rally Cup Ibérica irá usar os troços da 1ª Etapa como secção competitiva. Inscritos estão 17 Peugeot 208 Rally4.
Realizando um tempo canhão no último troço do Rali Terras d’Aboboreira – mais de 1 segundo por quilómetro ganho aos seus adversários mais diretos – a dupla espanhola Óscar Palomo/José Pintor acaba de assinar a vitória no primeiro confronto do ano, impondo-se com bastante autoridade naquela que foi a primeira prova da Temporada 4 da copa coorganizada pela Peugeot Portugal e Peugeot Espanha. Num rali onde se apresentaram 16 Peugeot 208 Rally4, foi o da dupla espanhola o mais lesto a cumprir o percurso cronometrado.
Após um conjunto de lutas intensas pelos melhores lugares, os restantes degraus do pódio ficaram para Miguel Campos / Paulo Lopes, com um bom 2º lugar do outrora Campeão Nacional de Ralis, à frente de Alberto Monarri/ Ángel Vela, terminando, respetivamente a 14,1 e a 17,0 segundos do vencedor, diferenças que não espelham o estreito fosso que, quase sempre, existiu entre eles ao longo do dia de hoje. Na chegada ao pódio montado no final do rali amarantino, Óscar Palomo espelhava felicidade: “Estou radiante! Foi um rali fantástico, muito disputado até ao fim, em troços muito giros, com um carro que não deu quaisquer problemas. No último dei o que tinha e o que não tinha, fazendo-o a fundo para tentar ganhar e consegui”.
Também Miguel Campos estava satisfeito com o 2º lugar, “se bem que tivesse preferido ser 1º. Na última assistência fizemos umas alterações nas molas da traseira que não resultaram, mas de qualquer modo foi muito giro lutar com um grupo de jovens que conhecem o carro muito melhor do que eu, cheios de ‘sangue na guelra’. Vamos agora pensar no Rali de Portugal”. Finalmente, Alberto Monarri considera ter sido “um bom resultado, com um pódio, mas queria mais, aliás, quero fazer bem melhor nas próximas provas. Foi um rali que decorreu bem, frente a uma concorrência muito forte, sem que se registassem quaisquer stresses”.
No seu caminho para esta primeira vitória do ano, Palomofoi o mais rápido em 3 Especiais (ES2,ES5 e ES7), de 5 troços efetivamente corridos, dos 7 inicialmente previstos, já que as ES4 e ES6 foram neutralizadas devido a acidentes de outras categorias. Os restantes melhores tempos ficaram para Alejandro Cachón (ES 1) e para Miguel Campos(ES3). Em complemento, o vencedor do rali também conquistou o primeiro troféu da Junior Cup da presente época, impondo-se a Hugo Lopes e a Pedro Almeida (pilotos com menos de 25 anos, nascidos em ou após 1 de janeiro de 1995).
Em termos de pontuações agora alcançadas, a dupla Palomo/Pintor soma a fatia maior nas Tabelas de Pilotos e Navegadores, respetivamente, conquistando os 25 pontos da vitória, acrescendo2,13 pontos, o proporcional de 5 pontos aos 3 troços em que alcançaram os melhores tempos. Seguem-se Campos / Lopes(20 + 0,71 pontos) e Monarri/Vela (17 pontos).
Primeira Etapa já a definir alguns andamentos
Completou-se ontem à tarde (sexta-feira) a 1ª Etapa do Rali Terras d’Aboboreira, jornada inaugural da Peugeot Rally Cup Ibérica 2021, sendo que no cômputo das duas primeiras especiais – uma dupla passagem pelos 13,83 km do troço de Amarante Natureza Criativa– a classificação da copa apresentava a dupla Alejandro Cachón / Alejandro ‘Jandrin’ Lopeznumprovisório1º lugar, seguida de Alberto Monarri / Ángel Vela, a 13,4 segundos, e de Óscar Palomo / José Pintor, a 14,5 segundos, ou seja, havia apenas 1,1 segundos entre os dois últimos. Logo atrás, vinham os melhores representantes lusos, Miguel Campos / Paulo Lopes, a 15,2 segundos do líder, mas a 7 décimos do 3º classificado, por sua vez batendo Hugo Lopes / Tiago Neves por 3,5 segundos.
Voltando ao início do rali, nos quase 13,83 km do troço de abertura da prova, o mais rápido fora o 208 Rally4 de Cachón / ‘Jandrin’, com 3,9 segundos sobre Lopes/ Neves, ficando o terceiro melhor tempo para Kevin Guerra / Daniel Sosa, a 4,3 segundos do melhor crono. Cumpria-se, depois, nova passagem por esta mesma especial, com Palomo / Pintor a alcançar a melhor marca, 1,2 segundos mais rápida do que o registo dos vencedores da ES1, ficando o terceiro tempo(a 8,4 segundos) para Miguel Campos, Campeão Nacional de Ralis 2002, ele que, agora navegado por Paulo Lopes, faz aqui a sua estreia na Peugeot Rally Cup Ibérica, regressando à marca cujas cores defendeu entre 2001 e 2005 como piloto oficial.
Acrescente-se que à partida deste primeiro de seis ralis da copa de 2021se apresentaram 16 dos 17 208 Rally4 inicialmente inscritos, pelotão que se viu desfalcado da dupla espanhola Josep Bassas / Axel Coronado, fruto de problemas na sessão de Shakedown. A título de registo, nessa sessão de testes definitiva prévia ao rali, num troço de 3,47 km (Vila Boa de Quires,) os mais rápidos já haviam sido os espanhóis Palomo / Pintor, seguidos dos seus compatriotas José María Reyes / Carlos Cancela e dos portugueses Hugo Lopes / Tiago Neves. Pelo facto de ter participado no Qualifying, quando pelo Regulamento Desportivo da copa não o poderia fazer, a dupla Ernesto Cunha / Rui Raimundo não pontuou nesta primeira jornada da Peugeot Rally Cup Ibérica 2021.
Um segundo dia bem mais intenso na luta pelo 1º lugar
Com apenas duas especiais cumpridas, o ranking da Peugeot Rally Cup Ibérica estava por demais indefinido, entre os pilotos da frente e ao longo de um pelotão que, por percalços ou diferenças de andamento já se dividia em grupos, com distâncias mínimas entre si. Resolvidas nas assistências as eventuais questões e após uma noite bem dormida, todos saíram para a estrada na manhã de sábado, para os restantes troços de terra desenhados pelo Clube Automóvel de Amarante, no triângulo entre Amarante, Baião e Marco de Canaveses, tentando, com isso, evoluir na classificação.
Neste dia Feriado de 1º de Maio, os trabalhadores dos 208 Rally4 exibiram as suas pretensões logo na primeira especial do dia, os 10,18 km do troço de Marão 1. Aqui, a dupla Miguel Campos / Paulo Lopes, com um tempo inferior ao dos seus adversários mais diretos, galgava três posições de uma assentada e ascendia à liderança do rali. Os segundos mais rápidos neste troço foram Alberto Monarri / Ángel Vela, a 3,7 segundos, e Pedro Almeida / Hugo Magalhães, a 4,2 segundos. Ao final desta especial não chegariam Alejandro Cachón / ‘Jandrin’, até então líderes do rali, nem os seus compatriotas Delbín Garcia / Coral Barroso.
Com a neutralização do troço seguinte, Baião Vida Natural (19,17 km), devido a um acidente com um carro de outra categoria, impedindo que os pilotos da copa ibérica cumprissem o troço em corrida, os pilotos rumaram, de novo, à especial de Marão 2, onde Óscar Palomo / Jose Pintor seriam os mais rápidos, tirando nada menos do que 8 segundos ao tempo feito na primeira passagem, batendo por 3,7 segundos Monarri / Vela e por 4,2 segundos Campos / Lopes, resultados que, de novo, revolucionavam os lugares da frente. Pelo caminho ficava Roberto Blach, o ‘Campeão’ da época inaugural da Peugeot Rally Cup Ibérica, em 2018, ele que nesta nova tentativa de revalidação do cetro é acompanhado por José Vieitez.
À entrada do Reagrupamento, o top-5provisório da Peugeot Rally Cup Ibérica contava com um novo líder, os espanhóis Palomo / Pintor– eram os 3ºs a alcançar tal posição neste rali – se bem que com uma muito magra vantagem de 0,7 segundos sobre Campos / Lopes, dupla que, por sua vez, só tinha uns curtos 1,4 segundos de avanço sobre Monarri / Vela. O 4º lugar era de Almeida / Magalhães, a 17,6 segundos do 1º lugar, eles que tinham o 208 Rally4 de Lopes / Neves a uns meros 2 segundos. Atrás, entre o 6º e o 10º classificado havia menos de 15 segundos, pelo que tudo podia acontecer na definição do restantes escalonamento do top-10.
De facto, tudo se decidiria durante a tarde, quando os pretendentes à vitória neste Rali Terras d’Aboboreira saíram de Amarante, para cumprir uma suposta dupla passagem pelos 16,94 km do troço da Aboboreira. Só que, decorrente de novo acidente noutra categoria, a primeira tentativa ficava sem efeito, impedindo os Peugeot 208 Rally4 da copa de a percorrer em competição real, pelo que seria Aboboreira 2 a decidir a contenda: Palomo / Pintor voavam no troço e cumpriam-no em 11 minutos 21,1 segundos, batendo a dupla Lopes / Neves por 9,9 segundos e Almeida / Magalhães por 12,5 segundos, numa especial onde Miguel Campos/ Paulo Lopes não foram além do 4º tempo, a 13,4 segundos da melhor marca.
Classificação
1º Óscar Palomo / José Pintor, 1h10m57,9s– Vencedor da Junior Cup
2º Miguel Campos / Paulo Lopes, a 14,1s
3º Alberto Monarri / Ángel Vela, a 17,0s
4º Hugo Lopes / Tiago Neves, a 29,5s – 2º da Junior Cup
5º Pedro Almeida / Hugo Magalhães, a 30,1s – 3º da Junior Cup
6º Ruiari Bell / GarethParry, a 1m12,1s (4º da Junior Cup); 7º Kevin Guerra / Daniel Sosa, a 1m15,7s; 8º Ricardo Sousa / Luis Marques, a 1m17,7s; 9º Carlos Fernandes / Valter Cardoso, a 1m20,3s; 10º Álvaro Muñiz / ÁlexNoriega, a 1m32,6s; 11º Santiago García / Nestor Casal, a 2m57,1s(5º da Junior Cup); 12º Josep M Reyes / Carlos Cancela, a 4m58,9s.
Abandonos: Josep Bassas / Axel Coronado(Shakedown); Alejandro Cachón / ‘Jandrín’ (ES3); Delbin García / Coral Barroso (ES3); Roberto Blach / JoséVieitez (ES5).Embora inicialmente inscrita na copa, a dupla Ernesto Cunha / Rui Raimundo abdicou da participação neste evento, integrado na mesma.
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