F1: As nações vencedoras
A F1 é um mundo restrito, onde apenas os melhores entre os melhores conseguem singrar. Quais são os países que mais campeões “criaram”? Quantas nacionalidades já foram representadas na F1? Algumas perguntas que procuraremos tentar responder.
Cada país tem o seu desporto favorito. Cada cultura favorece uns desportos em detrimento de outros. Estes factos são conhecidos e amplamente aceites. Em Portugal por exemplo há uma hegemonia total (e muitas vezes exagerada) do futebol. Mas será que o sucesso na F1 depende da nacionalidade? Os números podem dar uma ajuda.
Na história da F1, apenas 38 nacionalidades diferentes foram representadas. O que olhando aos 195 países que existem no mundo diz muito sobre as hipóteses de um piloto entrar na F1. Ter sucesso é depois outra história. Apenas 14 nações puderam festejar um título de campeão do mundo de F1. A Grã-Bretanha “tem” 19 títulos de pilotos, seguido da Alemanha (12), Brasil (8), Argentina (5), Austrália, Áustria, França e Finlândia (4), Itália (3), EUA e Espanha (2), Nova Zelândia, África do Sul e e Canadá (1).
O número de nações que festejaram uma vitória sobe para 23 e as que viram um pódio é de 28.
A Grã Bretanha tem um domínio claro, tendo o maior número de campeões (10) e de campeonatos vencidos. Isso leva a que se pense sempre no piloto britânico como sinónimo de qualidade, o que nem sempre acontece. A Finlândia, com tradição nos desportos motorizados, apenas colocou 9 pilotos num F1 até agora, embora conseguindo 4 campeonatos no que é provavelmente o melhor índice de aproveitamento “pilotos na F1 vs títulos conquistados”. Alemanha apenas tem 2 campeões, mas que em conjunto venceram o campeonato por 12 vezes. O Brasil aparece bem colocado também com 8 campeonatos vencidos por 3 pilotos diferentes. A França que também tem muita tradição na F1 apenas tem um campeão, mas que sozinho vale 4 campeonatos.
Curiosamente são os EUA que mais pilotos viram correr num GP de F1 com 152 pilotos, contra 144 da Grã-Bretanha, 83 da Itália, 71 da França, 47 da Alemanha e 30 do Brasil.
Portugal tem cinco nomes ligados à F1. Casimiro de Oliveira, Mário Araújo Cabral (Nicha Cabral), Pedro Matos Chaves, Pedro Lamy e Tiago Monteiro. São no total, 73 GP e um pódio conquistado. Tiago Monteiro foi o piloto que mais GP fez, 37, contra 32 de Pedro Lamy e 4 de Nicha Cabral.
A Argentina com Fangio, dominou nos anos 50, Brasil dominou entre os anos 70 e 80, assim como a França, a Finlândia teve mais sucesso a partir dos anos 90 e a Alemanha dominou de forma clara e quase absoluta desde 2000 até 2013, com Schumacher e Vettel. A Grã Bretanha aparece de forma constante ao longo do tempo, tendo campeões que se destacaram em praticamente todas as “eras” da F1, produzindo com regularidade bons talentos. Lewis Hamilton é agora o rei e senhor com cinco títulos nas últimas seis épocas sendo a “maior era” de domínio de um piloto britânico. sucedendo a Jackie Stewart (três campeonatos consecutivos).
Olhando agora para o Grid, vemos que a França começa a ganhar mais força com três pilotos (Esteban Ocon, Pierre Gasly e Romain Grosjean), mais um, Charles Leclerc, que embora seja monegasco tem muitas ligações com a França e o publico francês começa a adota-lo. A Grã Bretanha tem três representantes (Lewis Hamilton, Lando Norris, George Russel). Assim a próxima nação a evidenciar-se poderá ser a França ou a Grã-Bretanha, embora a Holanda (15 pilotos até agora) possa ter uma palavra a dizer com Max Verstappen. Valtteri Bottas, da Finlândia tem também condições para aumentar a estatística para o seu país e Alex Albon, o segundo tailandês na F1, poderá também fazer história pela sua pátria.
Na F2 podemos ver que a China pode também sonhar com Guanyu Zhou (F2) a mostrar mais potencial para ser o primeiro chinês na F1, a Rússia (3 pilotos na F1 até agora) pode ver o número de pilotos na F1 subir se Robert Shwartzman, Artem Markelov ou Nikita Mazepin mostrarem qualidade . A representação alemã pode ficar reduzida a apenas Mick Schumacher, se este conseguir mostrar que tem talento para a F1, enquanto o Japão poderá ver novamente um representante, com três pretendentes a um lugar na F1 (Yuki Tsunoda, Nobuharu Matsushita e Marino Sato). No meio deste números todos é pena não vermos o nosso país com possibilidade de fazer história no futuro, um cenário que cada vez menos parece provável.
Boa tarde! Alguém (eventualmente da redacção do AS) me pode confirmar que nos primórdios da F1 os carros tinham cores de decoração consoante a nacionalidade dos pilotos? Por exemplo, azul/França, vermelho/itália, verde “garrafa”/Inglaterra, prateado/Alemanha, branco com faixa azul/EUA, amarelo/Bélgica, branco com faixa vermalha/Japão. Quando começou a Formula V, os carros da equipa Palma (Palma & Morgado) pilotados pelo “Nené” Neves eram pintados de prateado com uma faixa vermelha ao longo dos carros. Lembro-me de ter lido, penso que no “Motor”, que “era a cor portuguesa para a F1”! Já procurei e nunca encontrei mais nada sobre o assunto. Alguém me… Ler mais »