WRC, Q&A, Teemu Suninen: “Os chefes estavam a pedir mais ritmo”
Teemu Suninen/Jarmo Lehtinen (Ford Fiesta WRC) terminaram o Rali do México no pódio, o que já não conseguiam desde o Rali da Sardenha de 2019, em que foram segundos classificados. O finandês aproveitou bem a sua posição na estrada, começou bem o rali, mas nota-se que continua sem andamento para manter um ritmo forte toda a prova. A espaços, anda bem, mas para lutar com os melhores, precisa andar sempre nos seus limites, e aí os erros aparecem. Desta feita fez uma boa prova, mas sempre se percebeu que não iria aguentar o segundo lugar que levou da PE2 até à PE17. Ainda assim, um bom resultado pois um pódio no WRC não é para qualquer um…
Teemu Suninen. É o teu primeiro pódio da temporada e logo com uma batalha épica. Como foi? Estás contente com o pódio?
“Estou muito feliz com o que pude fazer aqui neste fim de semana, e muito orgulhoso de trazer este bom resultado para a equipa. Depois da Suécia as coisas não tinham muito bom aspecto e os chefes estavam a pedir mais ritmo! Depois liguei o interruptor e consegui voltar a ser um piloto mais forte, de volta ao bom ritmo, e voltei à luta pelos melhores resultados. Estou muito contente com o resultado. O rali foi muito duro e desafiante para nós. Nunca estive na minha zona de conforto porque vi muitos problemas técnicos nos outros carros. Foi muito desafiante tentar controlar o carro, os travões e os pneus. No fim, resultou bem.”
Olhando para a primeira especial após o parque de assistência do último dia, fizeste um excelente trabalho?
“Sim, estava seco e andámos a fundo. O Ott tirou menos de um segundo, apesar de eu ter deixado o motor ‘calar-se’. No fim fomos rápidos e estou contente. Acho que este fim-de-semana foi um bom impulso para mim, e conseguimos ser realmente consistentes, o que foi importante. Claro que teria sido bom ter mantido a segunda posição, mas o Ott (Tanak) estava a guiar muito rápido e tivemos alguns problemas de travagem que tivemos de gerir. Mesmo assim, acho que mostramos que o potencial está lá. Temos que ver o que podemos fazer nos próximos ralis”.
Toda a semana disseste que querias um bom resultado. Estavas a sentir a pressão depois do Monte Carlo e da Suécia? O que aconteceu ao Esapekka colocou mais pressão em ti para ter um bom resultado para a equipa?
“Claro. A equipa pede bons resultados e sim, é verdade, senti mais pressão.”
Jarmo. Tens estado com o Teemu desde a Sardenha no ano passado, quando foram ao pódio. Voltaram ao pódio outra vez. Fala-nos do progresso que tens visto nele…
“Bom, ele tem progredido desde que eu cheguei. Obviamente que teste após teste e rali após rali ele está melhor, com mais experiência e a dar passos em frente. O nível está cada vez mais elevado. Contra os outros, precisamos de estar nos limites em todas as curvas no rali e nesse aspeto há passos extras a dar. Tentámos, é claro, talvez não em todas as curvas, mas quase…”