Fórmula 1 e WRC: Oportunidades perdidas?
Tanto na Fórmula 1 como nos ralis as entidades que gerem as disciplinas, juntamente com a FIA, federação internacional, estão a pensar nas novas futuras regras de 2021 (Fórmula 1) e WRC (2022).
Apesar de serem competições completamente distintas, há situações comuns, e tanto num caso como noutro, corre-se o risco de se perderem novas oportunidades. Verdade seja dita que a questão é bem mais premente na F1 do que no WRC.
Quanto à Fórmula 1 esta é uma grande oportunidade da Liberty Media chancelar a sua visão para a F1, mas o que está cada vez mais a ficar claro é que existem demasiados interesses instalados para atender.
Como sempre, as equipas olham bem mais para os seus interesses, do que trabalham juntas para tornar a Fórmula 1 um ‘produto’ melhor a todos os níveis. Apesar de tudo o que se tem vindo a falar no último ano e meio, a verdade é que muito provavelmente as mudanças não vão ser tão radicais.
Em primeiro lugar, neste momento já não é possível alterar as motorizações, já que é demasiado tarde para mudar.
Aqui, aceitamos que depois de todo o dinheiro que se gastou antes de 2014 (e daí para a frente), não faria sentido alterar demais as unidades motrizes híbridas, isto apesar de passados cinco anos os diversos construtores ainda estarem bem separados em termos competitivos.
Se entre a Mercedes e Ferrari já não é o motor a diferenciá-los, já Renault e Honda estão mais atrás.
Por outro lado, apesar de se prever a entrada de pneus de mais baixo perfil, não se esperam grandes mudanças no que os pneus significam para a F1.
O seu efeito será mais ou menos o menos que existe hoje. Portanto, motores e pneus não vão mudar muito, resta a aerodinâmica para ajudar a termos melhores corridas. Aqui há tempo para mexer, por nós poderia mexer radicalmente.
A questão do teto orçamental é fundamental. Se for possível impedir as melhores equipas de gastarem muito mais dinheiro que o meio do pelotão, o plantel, naturalmente, equilibra-se um pouco mais.
Apesar de Mercedes, Ferrari e Red Bull poderem continuar a ter os melhores pilotos e os melhores carros, há também gente competente nas restantes sete equipas e sem uma ‘monstruosa’ diferença de meios, os talentos das diversas equipas sobressaem, e sem carros tão radicalmente distintos em termos de performance, haveria resultados bem diferentes no top 5.
Vamos ver o que sucede e o que é possível fazer. Manter tudo, basicamente, na mesma será tempo perdido.
Passando ao WRC, o AutoSport sabe que está longe de haver consenso quanto às novas regras. Há quem pretenda ‘híbridos’ uniformes, iguais para todos, há quem queira utilizar o seu, porque lhes dá mais jeito.
Este é um exemplo, mas há bem mais, e embora acreditemos que as coisas no WRC vão ser mais pacíficas quanto às novas regras, a verdade é que a FIA continua a estar demasiado refém das ‘ameaças’ dos construtores e o resultado disto é que as competições poucas vezes são tão boas quanto poderiam ser.
Sabemos que não é fácil para a FIA gerir os interesses de todas as marcas, mas por vezes um murro na mesa, quando se sabe qual é o caminho mais correto e não vão por lá por ‘medo’ de saídas de alguns construtores das competições, é mau.
Se mandássemos, a F1 não teria aerodinâmica que impedisse os carros de rodar juntos, teria teto orçamental para impedir os gastos ‘pornográficos’ de alguns, e teria carros mais difíceis de pilotar.
No WRC, híbridos, sim, para ligações, mas motores ainda mais potentes, e várias peças comuns a todos, para permitir às equipas gastar menos dinheiro e abrir espaço ao aparecimento de mais construtores.
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