Ni Amorim: “Temos de seguir o caminho das energias alternativas”
A questão do financiamento das provas é uma dificuldade constante para os organizadores das provas de automobilismo em Portugal, mas Ni Amorim, presidente da FPAK, mostra-se moderadamente optimista quanto ao futuro:
“Sinto um optimismo moderado de que continuaremos a receber financiamento do estado para organizar provas intencionais ao nível do que temos recebido agora. Competições de nível superior, não acredito muito, mas se conseguirmos manter o que temos, as verbas que temos são suficientes, com muita dificuldade é certo, para continuarmos a organizar essas provas. “
A entrada de investimentos privados é obviamente vista com bons olhos por parte do responsável da Federação, mas para conseguir esse investimento será preciso trilhar novos caminhos:
“Espero que os apoios privados também comecem a surgir com mais força. Temos de nos virar para as energias alternativas e para os carros híbridos. As marcas querem comunicar nesse segmento, por isso temos de estar atentos às oportunidades que possam surgir e dar às marcas os produtos que querem. Acho que é um caminho que teremos de trilhar em Portugal nos próximos três ou quatro anos. “
As competições híbridas tem todas em comum o facto de se tornarem caras, dado que a tecnologia ainda é recente. Ni Amorim defende uma abordagem cautelosa:
“É um caminho mais caro que nem todos poderão seguir numa primeira fase, mas teremos de começar por coisas mais baratas. Recebemos em Oeiras uma prova eléctrica na semana passada que foi um sucesso, com 30 concorrentes, dos quais 60% foram estrangeiros, com carros de estrada 100% eléctricos. Estamos aos poucos a chamar à atenção para estes veículos e creio que a comunicação social, tal como as marcas querem dar visibilidade aos eléctricos. Nesse ponto de vista estamos a dar os passos certos. Não podemos é dar um passo maior que a perna. A tendência dos eléctricos não é tão fulgurante como aquilo que se pensava há uns anos atrás. Temos de ir navegando à vista e gerindo em função daquilo que vai acontecendo.”
O topo do desporto motorizado eléctrico é a Fórmula E, competição muito cara para a realidade portuguesa. Ni Amorim conhece a realidade dos monolugares eléctricos a fundo e não acredita que estes nos possam visitar num futuro próximo:
“A Fórmula E não é algo que possa acontecer a curto prazo. É um evento que ronda os 10 milhões de euros e o país não tem capacidade para fazer uma prova com estes valores. A competição já está num nível muito elevado em termos de budget, sem falar da licença para receber a prova, mais a montagem do circuito que tem de ser citadino, cumprindo regras especificas. Tem um caderno de encargos muito caro. Eu tenho os números todos e como promotor, tentei trazer a Fórmula E para Portugal, portanto estou por dentro das exigências da prova, porque estudei o assunto e tive reuniões para entender as condições. “
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI