WTCR Hungaroring (2ª): Girolami vence numa corrida marcada pela chuva

Com a grelha invertida em relação à sessão de qualificação matinal, a segunda prova do WTCR no Hungaroring ficou marcada pela chuva e por muitos incidentes, sendo dominada pelo Honda de Nestor Girolami, que conseguia assim a sua segunda vitória do fim-de-semana, enquanto Tiago Monteiro era obrigado a abandonar bastante cedo devido aos danos de um toque.

Chovia ligeiramente antes da partida, mas a maioria dos pilotos arriscou (e bem) em largar com slicks. Só na retaguarda da grelha é que, numa tentativa de surpreender caso a chuva se agravasse, alguns pilotos optaram por pneus de chuva, mas não tardaram a perceber o erro.

Na largada, Dabiel Häglof assumiu o comando, batendo o homem da pole, Jean-Claude Vernay, na primeira curva, enquanto Girolami fazia um arranque-canhão do sexto posto, chegando ao segundo lugar na Curva 4 e passando Häglof ainda na primeira volta, antes de se isolar na frente. Cá atrás, a primeira volta foi marcada por inúmeros incidentes, que levaram ao abandono, em pouco tempo, de Kristofferson (VW), Bennani (VW) e Tiago Monteiro (Honda). Na segunda volta, Vernay passou Häglof para segundo, mas Girolami já estava bem posicionado na liderança. No entanto, a prova continuaria a ser animada na luta pelos pontos, e as condições traiçoeiras aumentaram o natural número de incidentes deste tipo de provas.

Pouco depois, Thed Björk (Lynk & Co.), que tinha chegado ao Hungaroring na liderança do campeonato, sofria também um toque que o obrigava a desistir na quarta volta, o que deixava Azcona isolado no quarto lugar, apesar dos danos no seu Cupra. Já os Hyundai de Farfus e Catsburg estavam a fazer uma prova excelente e a lutar pelo quinto lugar com Ehrlacher e Guerrieri. Farfus aguentava este grupo e, depois de uma boa ultrapassagem a Guerrieri, Catsburg lançou-se sobre Ehrlacher e conseguiu passar o carro chinês. Tentando imitar a manobra do piloto holandês, o veterano Gabriele Tarquini atacou por sua vez Ehrlacher na sétima volta, mas bateu no piloto francês, obrigando-o a encostar nas boxes e desistir no final da volta 8.

Priaulx também já tinha abandonado, daí que o único Lynk & Co. Resistente era o de Yvan Muller, que se colava ao grupo que lutava pelo quinto lugar.

No entanto, os Hyundai da Lukoil estavam com problemas de pneus e começavam a ser muito pressionados por Muller e Guerrieri. Catsburg saiu em frente e caiu para trás de Tarquini, enquanto Farfus foi surpreendido por Muller, mas Guerrieri aproveitou bem a oportunidade e conseguiu passar os dois pouco depois. Pouco depois, Tarquini furava quando era sétimo e Michelisz desistia depois de um toque em Aurélien Panis na luta pelas últimas posições pontuáveis. Desta forma, Huff conseguia alcançar o sétimo posto, na frente do local Attila Tassi, a fazer uma das suas melhores exibições, e de Farfus e Catsburg, claramente em quebra.

Na frente, as posições estavam estáveis e, mesmo se Vernay ainda se aproximou bastante de Girolami, não tardou a ter de abrandar e preferiu jogar pelo seguro. Com este triunfo, Girolami igualou Guerrieri na frente da tabela classificativa, embora com mais uma vitória que o seu colega de equipa e compatriota.

Guilherme Ribeiro