WRC: Tommi Makinen quer ralis mais desafiantes
Pelos vistos, algumas das pessoas mais
relevantes no WRC estão a ganhar consciência que os ralis precisam de se ligar
melhor ao seu rico passado, o que significa dizer, ao mesmo tempo que os ralis
atuais não têm a mesma capacidade de entusiasmar os adeptos como antigamente.
Sendo verdade que o que foi feito em termos de regras com os carros, desde o
início de 2017 deixou toda a gente contente, a verdade é que tem havido
críticas por parte de algumas pessoas importantes quanto às provas, e ao seu
afastamento do que eram no passado. E o mais recente exemplo são as críticas de
Tommi Makinen ao Rali de Monte Carlo.
Para Makinen, era importante que o Rali de Monte
Carlo voltasse ao Mónaco, de onde anda arredado na maior parte do evento. Makinen
disse ter ficado desapontado por não ter visto a Praça do Casino do Mónaco ser
utilizada para a cerimónia de abertura da temporada: “No meu tempo
ficávamos sempre baseados no Mónaco. A prova tinha sempre uma atmosfera
fantástica, hoje em dia não temos nada disso. Começamos o rali no meio de
França e acho que temos de partir e chegar ao Mónaco, este evento tem que ser
novamente mais desafiante. Por que não partir do Mónaco e fazer seis troços em
linha, divididas por uma assistência remota, e fazer o mesmo no dia seguinte?”
Makinen é do tempo em que os ralis eram uma
festa em todo o lado. Hoje, salvo raras exceções, em que se encontra o Rali de
Portugal, muitas provas perderam impacto e a culpa disso é muito também das
regras. É engraçado que as equipas, querendo poupar dinheiro, pressionaram a
FIA até se chegar ao que temos hoje, um parque de assistência central e troços
o mais perto possível.
Claro que para a maioria das organizações isso
coloca problemas muito complicados, pois se o WRC quer histórias e bons troços
para ajudar à criação dessas histórias, não pode fazer três voltas, o mais
curtas possível, à volta duma cidade. Ainda bem que em Portugal houve a coragem
de levar o rali para Arganil, pois ter Fafe, Arganil e Marão já é aproximar
muito mais a prova do seu rico passado.
Talvez um dia se perceba que os ralis serão melhores com maior diversidade,
mesmo voltando todos os dias ao mesmo local de ‘dormida’.
Se na ilha da Córsega se conseguiam fazer nos anos 80, ralis com 1200 Km de
troços cronometrados, em três dias, porque hoje em dia não se pode fazer, não
dizemos, o mesmo, mas metade disso? Os carros que as marcas vendem são feitos
para durar ou para fazer pequenos sprints? Mais diversidade no WRC não fazia
mal a ninguém…
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