Como evolui a questão do teto orçamental na Fórmula 1?
A
Red Bull, Mercedes e a Ferrari têm um princípio de acordo quanto à
proposta de introdução de um teto orçamental, mas as notícias que
surgiram recentemente que referem que o assunto está fechado estão
muito longe da verdade: “Basicamente, concordamos com a Ferrari e a
Mercedes em termos de números, mas as outras equipas ainda são
muito críticas. Nada está claro para além de que controlar será
muito difícil. Como é que sabes qual o computador que está a
trabalhar para o construtor e o que está a trabalhar para a Fórmula
1?”, disse Helmut Marko, consultor da Red Bull.
Este
é um assunto que vai continuar a ser complicado de resolver, já que
as equipas com maiores orçamentos não querem descer de um
determinado patamar, e esse patamar ainda fica muito acima do que as
restantes equipas pretendem. Nivelar por cima ou por baixo? Este
equilíbrio vai continuar a ser muito complicado de encontrar.
Curiosamente,
há precisamente 10 anos, este assunto levou a uma medida drástica
da FIA, e a ‘coisa’ esteve complicada. A FIA não quis ceder um
milímetro nos seus planos e a Ferrari foi para tribunal e ameaçou
dizer adeus à F1.
As
reuniões entre a FIA e a FOTA ficavam sempre longe de resolver os
conflitos entre as duas partes e a postura inflexível por parte do
presidente da Federação, na altura Max Mosley, que mantinha
intocado o teto orçamental de 44 milhões de euros (quase dá para
rir, 10 anos depois) esbarrou na insistência das equipas, que
clamavam em uníssono que esse não era um valor realista.
Na
altura, uma equipa como a Force India tinha 270 pessoas ao seu
serviço com uma folha de salários que atingiam os 16 milhões de
euros, e só isso era suficiente para se perceber que toda a gente
teria de efetuar despedimentos em massa para ficar dentro do limite
que a FIA queria.
Se
trouxermos a questão para a atualidade, cortar os orçamentos das
grandes equipas para metade, significa despedir milhares de pessoas.
Na
altura, há 10 anos a Ferrari levou mesmo a FIA a tribunal, por esta
não ter respeitado, na feitura dos regulamentos, acordos
anteriormente firmados com a marca de Maranello. No famigerado acordo
entre as duas partes, assinado em Janeiro de 2005 e que matou a GPMA,
a FIA terá garantido à Ferrari o direito de veto sobre alterações
aos regulamentos, tendo nessa altura passado por cima desse direito
adquirido para poder imprimir as novas regras que geraram a revolta
das equipas e da própria Ferrari.
Vamos
ver como termina esta questão, sendo certo que a ficar tudo na mesma
é certo que a modalidade não ganha nada com o facto de só três
equipas poderem vencer Grandes Prémios. Como sempre, a velha
história do egoísmo no desporto automóvel. Pensam no bem próprio,
esquecendo o bem maior. As marcas chegam e vão, e nunca se preocupam
muito se o desporto tem futuro, está a perder ou ganhar adeptos.
Querem é vencer e o resto é conversa…
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI