O nome Piercarlo Ghinzani é normalmente associado à Osella. No entanto, o que poucas pessoas se lembram é que o seu nome significa, ainda, um recorde, no mÃnimo, insólito – Ghinzani é o piloto que mais vezes não se qualificou para uma corrida: 31. Na verdade, Ghinzani desperdiçou toda uma carreira ao volante de carros medÃocres, participando em 76 Grandes Prémios, entre 1981 e 1989. Estreou-se a 17 de Maio de 1981, no GP da Bélgica e foi ele o responsável pela segunda entrada nos pontos da pequena equipa italiana: aconteceu no GP de Dallas, nos Estados Unidos, que se desenrolou em 1984 numa pista improvisada na cidade. Foram dois pontos preciosos, mas a meio do ano seguinte saiu da Osella e entrou para a Toleman, onde encontrou o seu compatriota Teo Fabi.Oano de 1984 viu-o ainda sobreviver a um terrÃvel acidente, em Kyalami, em que teve muita sorte em sair dos destroços incandescentes do carro, que ficaram espalhados pela pista. Além da Osella e da Toleman, Ghinzani passou também pela Ligier e Zakspeed, tendo mesmo em algumas ocasiões, com a equipa francesa, rodado dentro da zona pontuável, mas sem fiabilidade suficiente para terminar as provas.
Infelizmente, Ghinzani nunca ultrapassou o estigma de ser um piloto sem cotação na F1, sentença algo injusta para quem, quando jovem, conquistou o tÃtulo italiano (1979) e europeu (1977) de F3. Pendurou as luvas e o capacete no final da década de 80 e, posteriormente, fundou a sua própria equipa, o Team Ghinzani. A equipa esteve envolvida em várias competições, mas foi enfraquecendo com o tempo e agora, existe como Ghinzani Arco Motorsport, e corre na Porsche Supercup italiana.