F1: Os lugares que sobram para 2019
O mercado está na sua recta final e aquela que tem sido a mais movimentada das “silly seasons” chega ao momento crucial para alguns pilotos. As equipas querem resolver o futuro o quanto antes para se focar nas últimas batalhas do ano e na próxima época, tal como os pilotos.
Mercedes (Hamilton/Bottas), Red Bull (Verstappen/Gasly), Renault (Hulkenberg/Ricciardo) e McLaren (Sainz/Norris) são as únicas que já anunciaram oficialmente as duplas para o próximo ano e tudo o resto é um emaranhado de pontos de interrogação.
A Ferrari ainda não confirmou o colega de equipa de Sebastian Vettel. Alguns rumores apontam que Leclerc estava prestes a ser anunciado mas a prestação de Kimi Raikkonen em Monza poderá ter mudado o cenário. Na verdade, Kimi tem estado muito bem. Começou de forma discreta, mas tem subido de forma e pelas prestações, tem justificado a renovação. Mas do outro lado está um dos pilotos que mais tem dado que falar, um jovem cheio de potencial e o futuro da Scuderia.
A Haas nada tem definido ainda, Se Kevin Magnussen não renovar será uma grande surpresa e será do interesse de ambas as partes manter a parceria. Romain Grosjean está mais perto do nível que se espera dele, mas a sua prestação no início do ano poderá ter dado uma machadada nas suas aspirações, até porque se Charles Leclerc não for para a Ferrari, poderá ser indicado para o lugar do francês.
Na Force India não está nada definido, mas tudo o que não seja uma dupla Lance Stroll/ Sergio Pérez será uma grande surpresa. Lance Stroll vai para onde o pai mandar e o mais certo é vermos Stroll de cor-de -rosa em 2019 (se não for antes). Pérez é um excelente piloto, experiente, e com dinheiro. E com a possível vaga da McLaren a ser entregue a Lando Norris, o mexicano não deverá mudar de equipa.
Na Toro Rosso, Pierre Gasly vai para a Red Bull por isso há uma vaga e Brendon Hartley continua longe de convencer. Por isso não é descabido que surjam duas vagas para esta equipa (tendo em conta o talento que precisa de um “porto de abrigo”).
Na Sauber, Leclerc parece estar de saída, o que pode ser dar uma vaga e Marcus Ericsson tem dinheiro e ligações com os donos, pelo que deverá manter-se
Na Williams, Stroll é história e Sergey Sirotkin tem feito um trabalho decente e tem dinheiro, pelo que há uma vaga à vista, de preferência para quem tenha dinheiro.
De fora estão ainda nomes sonantes que fariam as delicias de qualquer equipa. Stoffel Vandoorne teve duas épocas miseráveis na McLaren, mas é bom piloto e poderá interessar. Esteban Ocon é um talento que merece ficar na F1, mas que neste momento não tem lugar e dado o vinculo à Mercedes a Williams poderia ser uma opção mas a equipa talvez dê primazia a quem tenha bolsos mais fundos. George Russell é outra pérola da Mercedes que tem de dar o salto para a F1 o mais brevemente possível, mas dada a ligação à Mercedes não se vislumbram opções para ele. Fala-se até na Mercedes cortar os laços com os pilotos para que possam ser opções para outras equipas como a Toro Rosso, por exemplo. Por falar em Toro Rosso, Daniil Kvyat tem sido insistentemente ligado a um regresso à equipa de Faenza, tal como António Giovinazzi pode estar de regresso à F1, agora a tempo inteiro.
A Mercedes está com um problema nas mãos. Tem dois excelentes pilotos sem lugar para 2019 e seria criminoso não estarem no grid da próxima época. Mas os lugares não abundam e a sua colocação está a ser muito complicada. Assim, para já temos Ocon, Russell, Vandoorne, à procura de uma solução, Giovinazzi e Kvyat à espreita (supostamente), Grosjean na corda bamba. Falta ainda entender se Kimi sai ou fica, tal como Hartley, o que poderia abrir preservativas mais interessantes. Há ainda muito por resolver.
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