GP Itália F1: Ferrari, sem surpresa, marcou o ritmo e é favorita à vitória

Por a 31 Agosto 2018 21:30

Os devotos “tifosi” terminaram o dia de sexta feira com um larguíssimo sorriso estampado na cara: a Ferrari dominou o segundo treino livro com os dois carros a encimarem a tabela de tempos. Isto depois da primeira sessão de treinos livres ter sido sensaborona, devido à chuva, dando a oportunidade a Sergio Perez ter liderado, pela primeira vez, uma sessão de treinos livres. O máximo que tinha feito foi liderar a Q1 nos GP da China e do Bahrain de 2012.

Foi, também, a primeira vez este ano que um piloto não Mercedes ou Ferrari ou RedBull, ocupou o topo da tabela de tempos de um treino livre. O piloto mexicano estava em pista na altura certa, ou seja, já no final dos 90 minutos de sessão livre, com a pista ideal para os pneus intermédios, ou seja, apenas húmida.

A segunda sessão abriu com um pavoroso acidente de Marcus Eriksson que, no final da longa reta da meta quando o DRS do Sauber Alfa Romeo decidiu não fechar e o sueco saiu disparado para as barreiras de proteção do lado esquerdo, capotando três vezes (com uma desaceleração de 24 G’s), terminando na escapatória, com o carro destruído, mas saindo pelo seu próprio pé a caminho do hospital do circuito. Uma mola menos forte nesta asa configuração Monza, está na origem da avaria do DRS.

Curiosamente, há 40 anos, neste mesmo local, outro sueco sofreu um acidente também violento que, dias mais tarde, conduziria á sua morte. Foi ele Ronnie Peterson, que depois de danificar o seu Lotus 79 durante os treinos, foi forçado a usar um chassis 79 feito para Mario Andretti. “Suoper Swede” como era conhecido, e foi assim que na largada foi surpreendido por um “starter” que deu ordem de partida antes de todos estarem parados, juntou todo o grupo eo efeito acordeão acabou por surpreender o sueco que saiu disparado para as barreiras de proteção, incendiando-se e terminando no meio da pista com o sueco a ser salvo do inferno de chamas por James Hunt, Clay Regazzoni e Patrick Deppailler. Foi para o hospital com graves lesões nas pernas e acabaria por falecer devido a uma embolia no dia 11 de setembro de 1978. Marcus Ericsson não terá mais que uma dor nos músculos do pescoço…

Após a recuperação das barreiras de proteção e da limpeza da pista, a segunda sessão de treinos livres recomeçou e ficara claras algumas coisas.

Em condições de qualificação, Sebastian Vettel e o seu Ferrari SF71H é, claramente, mais rápido com quatro centésimos de segundos de vantagem para Kimi Raikkkonen e quase meio segundo para Lewis Hamilton. Em condições de corrida, Vettel ofereceu 0,172 segundos a Hamilton e… acabou por não continuar a sua experiência com pneus macios quando exagerou na Parabolica e despistou-se. A estrelinha de campeão, que não o ajudou na Alemanha, deu-lhe a mão na catedral de Monza, pois conseguiu regressar às boxes com danos mínimos na asa traseira.

Com este incidente, o trabalho da Ferrari caiu no colo de Raikkonen que conseguiu uma diferença de 0,120 segundos para Hamilton com pneus macios, mas realizou quatro vezes mais voltas que o britânico com o mesmo jogo de pneus. Porém, segundo informações prestadas pela Ferrari, em condições iguais, o finlandês foi mais veloz 0,2 segundos que o Mercedes. E o melhor tempo de Raikkonen nessa série de voltas confirma exatamente isso.

Nas retas, a diferença entre Ferrari e Mercedes é grande, mesmo descontando os cones de aspiração que tanto Vettel como Hamilton beneficiaram, o que também ajuda a explicar a enorme diferença para os restantes pilotos que andaram, quase sempre sozinhos em pista. Nas curvas Lesmo, os Ferrari são, também, mais velozes e na variante Ascari e na Parabolica os carros de Maranello mantêm a liderança, perdendo para os Mercedes nas zonas mais lentas, nomeadamente, na Variante del Retifilio e na Variante de La Roggia. O que levou Totto Wolff a desabafar “em Spa eramos lentos nas curvas rápidas, aqui é exatamente ao contrário!

Contas feitas, é evidente que a Ferrari tem o melhor ritmo tal como sucedeu em Spa, confirmado aquilo que todos os especialistas já tinham avançado antes da chegada a Monza. E isso nota-se, mesmo, na linguagem corporal dos elementos da Mercedes e de Hamilton, com os engenheiros a confessarem que haverá muito trabalho a fazer até à qualificação.

Não haverá possibilidade de mais alguém se imiscuir nesta luta, mesmo que os RedBull tenham mostrado que o motor Renault evolução C é uma boa ajuda. Mas a verdade ºé que em ritmo de qualificação a diferença é superior a um segundo e em condições de corrida, a diferença é menor, mas não deixa nenhuma veleidade á equipa de Milton Keynes. Ainda por cima, a RedBull trouxe uma afinação aerodinâmica com asas traseiras quase planas, que lhe permitem andar depressa em reta, mas depois sofrem nas chicanes e, sobretudo, na Parabolica.

Duas notas para a Racing Point Force India e para a McLaren. A equipa de Zak Brown vai sofrer muito nesta pista de Monza e corre o risco de ser mesmo a pior atrás da Williams, imagine-se. Nem Alonso a beneficiar de um reboque de Vandoorne conseguiu fugir às ultimas posições e o belga continua apático e sem chama.

A “nova” Racing Point Force India continua a aproveitar o momento e com dinheiro disponível, trouxeram algumas novidades para Monza e em Singapura vão levar o programa de melhoria que estava na gaveta por falta de dinheiro. Com os pilotos motivados depois da excelente prestação em Spa, a equipa britânica será, neste momento, a quarta força em pista, mesmo que tenham nos calcanhares os homens da Haas e da Renault. A Toro Rosso andou bem á chuva, mas em seco as coisas complicam-se e na Sauber, Leclerc voltou a exibir talento e um carro equilibrado.

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