Fórmula 1: Ferrari está, mesmo, à frente da Mercedes
Ninguém esconde, nem mesmo a Mercedes, que os italianos liderados por Maurizio Arrivabene e Mattia Binotto, estão a fazer um enorme trabalho conseguindo ser melhores que os rivais de Brixworth. É verdade que levantou alguma celeuma esta questão, mas o AUTOSPORT tinha razão quando disse que para a Bélgica, a Ferrari estava na frente. Tem melhor carro e, sobretudo, tem mais potência. Suficiente para fazer gato sapato da Mercedes. E quem o diz é mesmo Toto Wollf e Lewis Hamilton, que não esconderam o desconforto com essa situação.
Aliás, Lewis Hamilton deu a explicação perfeita para o que aconteceu em Spa. “Assim que vi ele ficar um nadinha para trás à entrada de Eau Rouge, percebi o que ia fazer. Dei tudo o que tinha no Radillon, mas mesmo assim apanhou-me e não pude fazer rigorosamente nada. Simplesmente ele tinha mais potência no motor. É verdade que no recomeço depois do ‘safety car’ podia ter atacado e passado na reta da meta. Mas de que me valia isso? Ele (Vettel) apanhava-me na longa reta Kemmel e o resultado seria o mesmo. Por isso, deixei-o ir, não havia nada a fazer!”
Esta superioridade da Ferrari já vem desde o GP de Espanha, quando a casa de Maranello passou a utilizar novo combustível e lubrificante produzidos pela Shell. Infelizmente, para a Ferrari, claro, foram sendo dados tiros nos pés e depois de Hockenheim e Hungaroring – onde deveriam ter acontecido duas vitórias cantadas – finalmente a Ferrari tirou dividendos do trabalho árduo da Shell. Mas, sem dúvida que desta vez o elogio tem de ser dado a Sebastian Vettel. “No ano passado foi exatamente a mesma coisa, só que não consegui ultrapassá-lo. Desta vez tinha um plano (e um motorzaço, digo eu!) onde a precisão e a altura ideais eram cruciais.”
Claro que para a Mercedes foi uma corrida complicada de engolir, pois trouxeram para a Belgica uma evolução do motor e algumas peças que, contas feitas, não trouxeram mudanças significativas, devido à resposta da Ferrari que tem estado incansável, trazendo para todas as provas novidades para o carro.
E porque gostamos de deixar tudo bem esclarecido, a Ferrari venceu porque foi muito mais rápida, em corrida, que a Mercedes. Vettel rubricou a melhor volta 31 vezes, contra 7 voltas de Hamilton e na comparação de utilização dos pneus, ficou evidente que o Ferrari cuidou muito melhor dos pneus do que o Mercedes, pois as borrachas supermacias montadas no W09 ficaram com bolhas ao fim de apenas 16 voltas.
Tudo numa corrida que, pela primeira vez este ano, deu descanso aos homens da estratégia. Além do óbvio domínio da Ferrari – liderou todas as sessões de treinos, excetuando a Q3 – entrecortado pela chuva que deu uma ligeiríssima vantagem ao talento de Lewis Hamilton, as paragens foram feitas nas alturas certas e apenas um piloto beneficiou de uma estratégia mais arriscada: Carlos Sainz conseguiu, assim, ludibriar os Williams. O resto foi servido no mais tradicional que pode haver: paragens entre as voltas 21 e 31 e sequencia de utilização de pneus supermacios – macios. A nota dissonante foi Marcus Ericsson que fez, exatamente, o contrário, e Carlos Sainz que começou com médios e terminou com supermacios. Valterri Bottas, teve a sua estratégia adulterada devido à necessidade de parar depois do incidente da primeira volta pelo que fez supermacios, supermacios, macios.
Os homens da Mercedes ainda tentaram jogar com a paragem nas boxes e conseguiram encurtar distâncias. Mas a Ferrari respondeu á altura e como referiu Hamilton, “quando foi preciso andar a sério, o Seb (Vettel) deu-me um segundo por volta.” Já o final da corrida foi suave para o alemão da Ferrari. “Nas últimas 15 voltas percebi que o Lewis já não estava a atacar e por isso pude ficar mais relaxado e levar o carro até final” com uma boa vantagem para o campeão do mundo em titulo.
Importante referir que Valtteri Bottas contribuiu, muito, para um bom espetáculo em Spa. O finlandês, condenado ao fundo da grelha de partida, envolveu-se numa colisão com Sergey Sirotkin na largada, teve de vir às boxes para o plano B, que passava pela utilização de pneus supermacios, e conseguiu nada menos que 11 ultrapasagens terminando a corrida num mais que merecido quarto lugar, saindo da penúltima fila da grelha de partida.
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