WRC: Citroën com ‘mais’ carro e ‘menos’ pilotos…

Por a 25 Julho 2018 15:41

Todos reconhecem velocidade a Kris Meeke, mas também todos reconhecem que a proporção entre acidentes ‘feios’ e triunfos é muito pobre. Só o piloto e a equipa saberão o porquê de tanta disparidade. Em grande parte, pode dizer-se que esta é a mesma equipa que tantos recordes bateu na última década e meia de WRC. O know how está lá, mas falta, provavelmente, um elemento agregador suficientemente bom para recolocar tudo nos eixos. Será que esse D. Sebastião chegará?

No quarto lugar do Mundial de Construtores está a Citroën, equipa que está a ter novamente um mau ano. A melhor performance do ano conseguida por algum dos seus pilotos é o segundo lugar de Craig Breen na Suécia, com Kris Meeke a ir também ao pódio no México.

Sendo que este ano as queixas do carro diminuíram muito, a verdade é que desde o início de 2017 que as coisas não correm bem à Citroën. Este ano, um novo diretor, Pierre Budar, que substituiu Yves Matton. A meio do ano passado saiu de cena Laurent Fregosi, anterior diretor técnico, sendo substituído por Christophe Besse. Sem dúvida que o carro foi melhorando, mas os problemas não terminaram…

Para aumentar a confusão no seio da equipa, Sébastien Loeb foi ‘convocado’ para realizar três provas em 2018, sendo que sem orçamento para três carros, a equipa deixou de fora Craig Breen.

Têm sido, até aqui, excelentes operações de marketing, com a presença do piloto a centrar as atenções na Citroën, desastroso porém para a disrupção criada numa equipa na corda bamba.

No México, Loeb lutou pelos lugares da frente até que um furo o levou a perder muito tempo e com isso deixou de lutar pela vitória. Para piorar as coisas, foi um pouco incompreensível que o francês tenha parado para mudar o pneu, quando certamente perderia bem menos tempo se seguisse dessa forma até ao final do troço. Com as ‘manias’ do Dakar, ‘tramou-se’, perdendo a primeira oportunidade de brilhar, e logo quando estava a realizar belos tempos.

Só que as coisas correram ainda pior no Rali da Córsega, já que saiu de estrada ainda a procissão do rali ia no adro. Se as desventuras de Loeb não estivessem a ser suficientemente traumáticas, depois agudizou-se o problema Kris Meeke. O seu acidente no Rali de Portugal foi demasiado para os responsáveis da Citroën Racing, que dias depois decidiram terminar o contrato com o piloto irlandês com efeitos imediatos. Diz-se que a tomada de decisão foi feita devido à ansiedade corporativa relativa à má publicidade que os quase constantes acidentes de Kris Meeke estavam a causar, e também que pudesse suceder outro acidente que afetasse a equipa e eventualmente terceiros.

A equipa também não tem tido muita sorte com as suas decisões. Depois do bom segundo lugar de Craig Breen no Rali da Suécia, o irlandês ficou de fora duas provas para dar o seu lugar a Loeb, algo previamente programado. Resultado, nem a equipa nem o piloto aproveitaram o balanço. Quando regressou no Rali da Argentina, teve uma forte saída de estrada. Depois disso, estabilizou os seus resultados, mas um sétimo e sexto lugares nada tiveram a ver com o segundo que conseguiu, surpreendentemente, na Suécia. Com poucas opções para substituir Meeke, a Citroën fez regressar Mads Ostberg, que tinha estado na equipa dois anos antes. Foi o norueguês o melhor piloto nas duas provas que fez, Portugal e Sardenha, num ano novamente muito irregular para a equipa. Vamos ver como corre a segunda metade da época.

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