WRC, Hyundai: ‘Boost’ de confiança materializado em… 0,7s

Por a 25 Julho 2018 15:24

Depois de seis semanas de paragem, não só Sébastien Ogier já pode digerir bem a derrota por 0.7s da Sardenha, como Thierry Neuville pode ir de férias com a confiança nos píncaros. Agora, recomeça tudo de novo…

A Hyundai está numa boa posição para chegar ao título de Construtores. Depois de ter percebido o ano passado que precisava de pilotos mais consistentes para poder lutar pelo título de pilotos mas ao mesmo tempo também pelo de construtores, a Hyundai foi buscar a título definitivo Andreas Mikkelsen – ainda o ano passado – e isso refletiu-se de imediato nas contas da equipa, ainda que o norueguês esteja com a sua conta de ‘azares’ muito para lá do que era esperado.

Ironicamente, para dizer o mínimo, é Dani Sordo o quinto classificado no Mundial de Pilotos, mesmo tendo realizado menos duas provas que Mikkelsen. Tudo porque o norueguês some três resultados maus demais para serem verdade, 13º, 16º e 18º. Contratempos mecânicos, é verdade, mas também alguns erros…

Ainda assim, neste momento, nos Construtores, a Hyundai Shell Mobis WRT está na frente da M-Sport Ford WRT com mais 28 pontos. Este ano, a política passou por confiar em Neuville e Mikkelsen como pilotos regulares, sendo que tanto Dani Sordo como Hayden Paddon têm alternado o terceiro carro, conforme as circunstâncias, ainda que já tenham corrido os quatro, como sucedeu em Portugal. Enquanto Neuville luta pelo campeonato, Mikkelsen luta pela sua afirmação na equipa, que tarda, enquanto Sordo e Paddon, lutam por assegurar o seu futuro.

As coisas não começaram nada bem para a equipa no Monte Carlo. Ao contrário do que tinha sucedido em 2017, Thierry Neuville cedo teve azar, ao sair de estrada no gelo logo na PE1, perdendo quatro minutos. Dani Sordo foi a escorregar a 10 km/h para fora de estrada donde já não saiu, e Andreas Mikkelsen desistiu com uma avaria no alternador do i20 WRC. Game Over.

Na Suécia, a ‘vingança’, com Neuville a vencer pela primeira vez este ano, a que se juntou uma prova muito má de Ogier, como já explicámos acima. Mikkelsen foi terceiro e a Hyundai saiu em alta da Suécia. Chegados ao México novo mau resultado, com Dani Sordo, o terceiro piloto, a assegurar o melhor resultado do trio, ao ser segundo, naquele que foi o seu primeiro pódio desde o Rali de Portugal de 2017.

Thierry Neuville e Andreas Mikkelsen cedo ficaram fora da corrida aos lugares da frente. O belga com problemas de consumo de óleo no motor do seu i20 WRC e Mikkelsen a errar por completo na afinação do carro. Sordo chegou a liderar o rali e só um furo o tirou de lá. Três carros no top 6 não foi mau, mas… talvez agridoce. Na Córsega, a Hyundai voltou a estar muito abaixo do esperado, para mais depois de Neuville ter ganhado essa mesma prova um ano antes, com quase um minuto de avanço para Ogier.

Ironicamente, a equipa resolveu a questão dos pilotos mas passou a ser o carro a fraquejar. Na Córsega, os pilotos perderam-se nas afinações. Neuville teve problemas com o equilíbrio de travagem do seu i20 WRC, Mikkelsen andou completamente perdido com as afinações, Sordo só apareceu tarde, chegando ao final do primeiro dia a mais de um minuto da frente, e logo num rali de asfalto, o seu forte, o que mostra os altos e baixos que o colocaram na posição que está hoje… 3º piloto.

Um mau fim de semana para a Hyundai. O Rali da Argentina foi positivo para a Hyundai, apesar de não ter vencido. E positivo porque no lugar mais alto não ficou Ogier, mas sim Ott Tänak. Novamente, foi o terceiro piloto da equipa, Sordo, a fazer melhor que um dos ‘titulares’, Mikkelsen, a quem, para sermos

mais honestos, faltou um bocadinho mais para roubar pontos a Ogier, já que terminou em quinto atrás do francês, a apenas 4.0s.

Foi precisamente na Argentina que a Hyundai encontrou o equilíbrio que ainda não tinha conseguido, e foi nessa prova que começaram a cavar diferenças maiores para a M-Sport, depois de na Córsega Neuville ter começado a bater mais o pé a Ogier. A partir daí foi sempre a melhorar. Em síntese, ao terceiro lugar na Córsega seguiu-se o segundo na Argentina e as vitórias em Portugal e em Itália.

No nosso país, uma vitória indiscutível de Neuville, sendo que o resultado de conjunto da Hyundai poderia ter sido ainda melhor caso Dani Sordo, Andreas Mikkelsen e Hayden Paddon tivessem concretizado o andamento que evidenciaram ao longo do evento. Tanto o espanhol como o neozelandês passaram pelo comando do rali mas Paddon sofreu um acidente no primeiro dia e Sordo furou e penalizou, terminando em quarto.

Em Itália, nova vitória, e esta quiçá a mais saborosa de todas. Num rali sempre equilibrado, Neuville esteve muito forte e apesar de se ter deixado cair para 19.5s atrás de Ogier, foi recuperando troço após troço e chegou à última especial a 0.8s do francês. No final, venceu o rali por 0.7s. Uma enorme ‘injeção’ de motivação para o que o belga tem pela frente.

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