Campeonato de Ralis da Madeira: Equilíbrio é nota dominante
O Campeonato da Madeira de Ralis Coral prossegue com o Rali do Marítimo. A quarta prova da competição, que vai para a estrada nos próximos dias 6 e 7 de Julho, será composta por 11 especiais de classificação com 170 quilómetros no total e 72 contra o cronómetro.
Inscritas na prova estão 32 equipas com destaque para João Silva e Victor Calado que são os líderes do Campeonato mas também de Alexandre Camacho e Pedro Calado os campeões em título e Miguel Nunes e João Paulo que ocupam a segunda posição.
Até aqui, nas três provas, João Silva foi o único a bisar, só Camacho, entre os da frente, ainda não venceu.
A prova arranca na sexta-feira, 6 de Julho pelas 21.30h com dupla passagem pela Super Especial da Cidade de Machico.
Recorde os ralis até aqui:
Rali de São Vicente: João Silva dominou
João Silva começou da melhor forma a sua temporada ao dominar o Rali de São Vicente, prova de abertura do Campeonato de Ralis da Madeira.
O CR arrancou com o Rali de São Vicente, um evento em que João Silva impôs o seu Citroën DS3 R5, com a equipa sempre no comando das operações, levando o carro amarelo à vitória, em nada menos que cinco das oito provas especiais em disputa. Navegado por Victor Calado, Silva rapidamente ‘descolou’ da concorrência, e a partir daí até pode gerir, em algumas ocasiões, a vantagem anteriormente obtida.
O campeão em título, Alexandre Camacho, ainda venceu duas classificativas, chegando mesmo a encurtar o seu atraso para o líder, mas acabou padecendo de forma importante da falta de conhecimento do Skoda Fabia R5, que este ano ostenta as cores das Vespas, terminando na segunda posição. Uma situação natural, pois ao ritmo que se anda na Madeira, a adaptação era ‘obrigatória’.
Miguel Nunes também ali se estreou ao volante do Citroën DS3 R5 e, mesmo tendo estado sempre em luta com Camacho, apenas venceu o último troço cronometrado numa fase em que o futuro vencedor geria o seu avanço, ocupando o lugar mais baixo do pódio.
Fora do palanque ficou Rui Pinto que nunca esteve em condições de importunar os adversários com os mais recentes R5. Filipe Pires voltou a ter uma boa ponta final nas suas deslocações ao norte da ilha e, quinto classificado, foi o melhor no grupo RC2N. Para tal também beneficiou dos problemas sentidos por Vasco Silva noutro Mitsubishi Lancer Evo X e que, após um bom arranque, caiu bastante na classificação e não conseguiu ser melhor que sétimo. Para tal também voltaram a ser importantes as boas prestações de Pedro Paixão, sexto com um Renault Clio R3 e claramente melhor entre os utilizadores de carros de duas rodas motrizes.
A fechar o ‘top ten’, Ricardo Gonçalves venceu entre os concorrentes com viaturas com menos de 1600 cc. Domínio total exerceu Paulo Nunes no Challenge DS3 Remax Elite, competição monomarca que ali teve a sua estreia e que ficou marcada pelo abandono de metade dos concorrentes. Já a DMack Yaris Cup foi palco dum interessante duelo entre o estreante Bruno Rodrigues e o mais experiente Narciso Andrade que viria a cortar a meta na primeira posição. A competição insular regressa à estrada a 13 de abril com a deslocação ao Porto Santo.
Rali Portosanto Line: Triunfo de Miguel Nunes
Depois da primeira prova do ano ter sido dominada por João Silva, agora foi a vez de Miguel Nunes ter sido a figura principal neste seu regresso regular à competição com um Citroën DS3 R5. O piloto da Tomiauto foi aquele que venceu mais classificativas no Rali Porto Santo Line, e mesmo tendo conhecido um problema com o pedal de travão da sua viatura que ficava bloqueado, esteve a um nível superior a uma concorrência que se revelou incapaz de acompanhar o seu ritmo.
Na segunda posição quedou-se João Silva. O piloto navegado por Victor Calado no Citroën DS3 R5 amarelo ainda tentou responder ao futuro vencedor do evento mas a relação de transmissão mais longa escolhida para esta prova em que imperam algumas longas retas não permitia que se sentisse completamente à vontade na sua viatura. Apesar disso, revelou-se bastante satisfeito com este resultado que lhe permite seguir na frente do campeonato.
O primeiro guia da prova organizada pelo ACCS foi, contudo, Alexandre Camacho. O piloto das Vespas manteve o Skoda Fabia R5 no comando até à segunda das sete classificativas do programa mas um furo na PE 3 e danos provocados pelo mesmo no diferencial traseiro do carro checo levaram a que não mais conseguisse acompanhar a cadência imposta por nenhum dos seus rivais diretos deste ano e que se contentasse em ocupar o lugar mais baixo do pódio.
Ao volante do habitual Ford Focus WRC, Rui Pinto foi, tal como em São Vicente, quarto classificado na frente de Filipe Pires que desta feita dominou os acontecimentos no grupo RC2N com o seu Mitsubishi Lancer Evo X. Numa viatura idêntica, Vasco Silva não conseguiu neste rali acompanhar o ritmo doi seu rival e ainda viria a cair várias posições no final com problemas mecânicos. Sexto, Pedro Paixão conseguiu voltar a imiscuir o seu Renault Clio R3 entre os utilizadores de viaturas com tração integral e terminou a frente de Rui Jorge Fernandes que esteve ao volante dum Mitsubishi Lancer Evo IX.
A fechar o ‘top ten’ classificaram-se os primeiros do grupo RC4, escalão em que Alexandre Mata num Citroën C2 bateu Artur Quintal que utilizou um mais recente Peugeot 208 R2. Alexandre Jesus impôs-se por curta vantagem, 2,9s, a Paulo Nunes no Chalenge DS3 Remax disputado com os Citroën DS3 R1 nesta prova em que a competição monomarca consignada aos utilizadores de Toyota Yaris esteve uma vez mais ausente. O campeonato madeirense da modalidade regressa à estrada a 11 e 12 de maio com o Rali da Calheta.
Rali da Calheta: João Silva mais líder
João Silva aumentou o seu avanço na liderança do Campeonato da Madeira de Ralis ao obter o segundo triunfo do ano com a vitória no Rali da Calheta, terceiro evento do calendário regional. O piloto, em Citroën DS3 R5 da FX, esteve na frente daquela prova em toda a sua extensão e, mesmo tendo vencido três classificativas, teve que se aplicar para se defender dos ataques movidos pelos seus dois principais adversários na corrida ao título insular. A vantagem adquirida no começo do evento permitiu-lhe chegar ao último controlo com menos 0,2s que o segundo classificado.
O posto intermédio do pódio foi obtido na costa sudoeste da ilha pelo campeão Alexandre Camacho, que apostava em conquistar ali a sua primeira vitória da época. Após problemas nos quilómetros iniciais com o Skoda Fabia R5, o piloto das Vespas aumentou a cadência na parte final da corrida e conseguiu não só ‘roubar’ a segunda posição como estar na luta pelo triunfo até final. O seu esforço quase seria recompensado pois a diferença final para o vencedor acabou por traduzir-se num novo recorde a nível local. O lugar mais baixo do pódio acabou entregue a Miguel Nunes, de quem se esperava mais após o triunfo conseguido no Porto Santo.
O piloto, num Citroën DS3 R5 da Play, ainda foi o melhor numa prova especial e rodou bastante perto do guia do campeonato até meio da prova organizada pelo Club Sports Madeira. No entanto, na última ronda não conseguiu acompanhar o ritmo imposto pelos seus rivais e acabaria mesmo por acumular uma desvantagem de 22,9 segundos para o duo da frente. Muito distante dos pilotos do pódio voltou a quedar-se Rui Pinto, que conquistou também nova quarta posição. O piloto, em Ford Focus WRC, ainda chegou a ser o mais veloz num troço cronometrado. Porém, nos outros oito que compuseram o programa não conseguiu acompanhar a concorrência com os mais modernos R5.
A fechar o top 5, Filipe Pires, que soma para já o pleno de vitórias no grupo RC2N. O piloto, ao volante de um Mitsubishi Lancer Evo X do Mad Club, esteve sempre na dianteira do agrupamento e até pôde ter uma parte final de rali mais tranquila, pois o seu principal adversário, Vasco Silva, acabou mesmo por desistir. Um infortúnio causado pela quebra dum diferencial no seu Mitsubishi, numa altura em que havia reduzido bastante a sua desvantagem e estava a apenas 1 segundo do piloto que surge novamente bem encaminhado para novo cetro neste escalão.
Outro piloto a conseguir até agora a totalidade de vitórias na competição em que está empenhado é Pedro Paixão que, em Renault Clio R3, tornou a ser o melhor entre os utilizadores de viaturas de rodas motrizes e ainda cortou a meta na sexta posição absoluta. Os lugares imediatos ficaram na posse de Rui Jorge Fernandes, já mais entrosado com o Mitsubishi Lancer Evo IX, e Dinarte Baptista, em Renault Clio R3. A jogar em casa, Bruno Fernandes impôs-se na classe 1600 por pouco mais de 6 segundos face a Alexandre Mata, que colocou o seu Citroën C2 R2 a fechar o top 10 absoluto. Alexandre Jesus venceu pela segunda vez entre a competição monomarca com o Citroën DS3 R1 e Vítor Ferro regressou ao pequeno Toyota Yaris para ser o mais rápido no respetivo troféu. O campeonato madeirense da modalidade regressa à estrada entre 8 e 9 de junho com o Rali de Santa Cruz.
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