Rali de Castelo Branco: Quem se chega à frente?

O Campeonato de Portugal de Ralis chega a Castelo Branco para a segunda prova do ano em asfalto. ‘Órfã’ do seu Campeão Nacional, Carlos Vieira, que continua numa cama do hospital de Coimbra a recuperar das lesões que sofreu no Rali Vidreiro, fruto do grave acidente que teve, a caravana do CPR tem pela frente uma prova difícil, onde se espera que as lutas sejam intensas. Com o vencedor de 2016 de regresso, João Barros, este é só mais um bom argumento para se esperar uma boa prova.

No Rali Vidreiro, Armindo Araújo e Luis Ramalho venceram pela terceira vez consecutiva no CPR, com o #46 a destacar-se no campeonato, chegando agora a Castelo Branco, uma prova em que o piloto de Santo Tirso pretende ser ‘inteligente’: “este é um rali completamente novo para mim, mas disputado numa região onde ganhei pela primeira vez na minha carreira. Não tenho nenhuma noção de como são as classificativas, mas não é por isso que deixarei de lutar pelas primeiras posições. Vencemos as últimas três provas e mostramos, no último rali, que o Hyundai i20 R5 é muito competitivo também no asfalto. Vamos entrar numa fase em que todos os pontos se mostrarão decisivos para as contas finais e temos que nos focar nesse objetivo. A margem é confortável, mas pode ser anulada num ápice e temos que ser estrategicamente inteligentes”, disse o piloto que lidera o campeonato com 92,79 pontos, mais 26,69 que Miguel Barbosa.

O  piloto do Skoda Fabia R5 tem realizado boas provas, mas têm-lhe acontecido diversos contratempos que até aqui o impediram de vencer: “Temos ao longo desta temporada vindo a fazer boas corridas. Melhorámos de forma significativa em relação aos dois anos anteriores e temos estado muito perto de vencer. As provas em asfalto exigem mais de mim, mas tenho trabalhado para melhorar esse handicap. Vamos continuar a dar o nosso melhor, sabendo que a nossa concorrência é fortíssima. A equipa tem feito um excelente trabalho e partimos para este rali muito motivados”, salientou Miguel Barbosa.

Com Ricardo Moura ausente, mas ainda em terceiro do CPR, Ricardo Teodósio é quarto, a 13,22 pontos de Barbosa: “Depois do segundo lugar na Marinha Grande, só falta mesmo vencer. Toda a equipa está focada nesse objetivo, embora se saiba que a concorrência não perdoa. Ainda temos de trabalhar um bocado para conhecer o limite do carro a curvar, e por isso é vital encontrar os set-up’s ideais para me poder sentir ainda mais à vontade com o Skoda. Repetir o segundo lugar da Marinha Grande seria excelente, embora o nosso objetivo seja estar sempre num dos lugares do pódio”, disse Ricardo Teodósio.

Logo atrás está Pedro Meireles, que continua a manter-se por perto na luta pelos lugares cimeiros do CPR, pese embora o abandono no Rali de Portugal, que lhe retirou uma pontuação que poderia ser interessante, sendo sempre um piloto com que se tem de contar.

Apontando para a luta pelo triunfo está ainda José Pedro Fontes, que estreia ‘efetivamente’ o seu novo Citroën C3 R5. No Rali da Portugal, o carro não saiu do parque fechado da partida do Rali pelo que só agora se começará a ver o que vale o carro face à concorrência: “Vamos, finalmente, poder contar com o nosso C3 R5, um carro novo e que tem demonstrado enormes competências nos ralis em que já alinhou, quer em pisos de asfalto, quer em terra, como comprovam os ótimos resultados que a equipa oficial da Citroën Racing tem alcançado, com muitas vitórias em troços e presenças assíduas em vários pódios. Sabemos que vai ser uma estreia, com tudo o que isso encerra, mas o facto de se tratar de um rali tipo sprint, em asfalto, que conhecemos muito bem, coloca as nossas expectativas num plano elevado. Está na altura de começar a acumular um bom lote de pontos. Contando com esta prova, faltam 4 ralis para o final da temporada e muito pode ainda acontecer, pelo que vamos olhar para cada rali e só depois fazer a contabilidade final”.

Esta é a antevisão relativa aos lugares da frente no CPR, mas o rali conta ainda com muitos outros pontos de interesse, a começar pelas duas rodas motrizes, e com a segunda prova da Peugeot Rally Cup Ibérica, onde 15 concorrentes vão procurar a vitória nesta nova competição de ralis em Portugal e em Espanha. Além destas competições, o Rali de Castelo Branco pontua para o Campeonato de Portugal Clássicos de Ralis, para a Taça FPAK de Ralis e para o Campeonato Centro de Ralis.

O Rali de Castelo Branco vai para a estrada no próximo fim-de-semana, dias 30 de Junho e 1 de Julho, e são cerca de 70 as equipas que vão competira nesta prova. O Rali de Castelo Branco começa no sábado depois de almoço e os vencedores serão conhecidos a meio da tarde de domingo.

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Horário

SEXTA-FEIRA, 29 JUNHO

15h00/18h00: Shakedown

SÁBADO, 30 JUNHO – 1ª Etapa

15h30: Partida (Campo dos Mártires da Pátria – Docas)

16h43: Barreira 1 (17,32 km)

17h16: Grade (11,87 km)

18h19: Barreira 2 (17,32 km)

19h39: Reagrupamento

21h15: Super-Especial Reconquista (2,32 km)

TBC: Parque Fechado (Campo dos Mártires da Pátria – Docas)

DOMINGO, 1 JULHO – 2ª Etapa

09h00: Partida (Campo dos Mártires da Pátria – Docas)

09h51: S Domingos 1 (9,12 km)

10h09: Fonte Longa 1 (14,23 km)

10h42: Alvito 1 (17,63 km)

11h37: Reagrupamento

13h36: S Domingos 2 (9,12 km)

13h54: Fonte Longa 2 (14,23 km)

14h27: Alvito 2 (17,63 km)

15h40: Parque Fechado (Campo dos Mártires da Pátria – Docas)

16h30: Entrega oficial de Prémios