GP China F1: Será Hamilton capaz de responder a Vettel?
Chegamos à terceira jornada do campeonato do mundo de F1, a penúltima prova da ronda asiática, antes de chegarmos aos traçados europeus. O circuito internacional de Xangai é o palco para este fim de semana.
Inaugurado em 2004, o traçado demorou 18 meses a ser construído. Um pântano foi convertido num circuito internacional, com capacidade para 250 mil pessoas. O desenho da pista ficou a cargo de Hermann Tilke e já acolheu os campeonatos de WTCC, F1 assim como os V8-SuperCars e Moto GP.
No ano passado teve direito a obras de melhoramento com a recta da meta a ser novamente asfaltada, retirando assim alguns ressaltos. Além desta melhoria foram feitas mais escapatórias de asfalto e alguns dos correctores foram alterados (curvas 2, 3 e 12).
É uma pista plana, muito exigente nos pneus dianteiros, sendo o lado esquerdo mais susceptível a maior desgaste devido à curva 1 e 13, longas curvas para a direita feitas a velocidade média, que obrigam a um desgaste extra. A longa recta oposta à meta pode ter o efeito de arrefecer os pneus, o que pode complicar a vida aos pilotos na zona de travagem. Como é uma pista pouco usada, tem tendência a ter níveis de aderência baixos no início do fim de semana e as temperaturas mais baixas podem provocar um desgaste maior das borrachas. A chuva também costuma marcar presença, dando mais ênfase a componente estratégica para a corrida.
Pontos de Interesse:
A luta Mercedes vs Ferrari conhece um novo capítulo. Até agora a Scuderia tem motivos para sorrir com duas vitórias, mesmo em condições adversas, o que para além dos pontos dá moral às tropas. Vettel está em forma e promete lutar de forma aguerrida pelo “penta”, enquanto Kimi continua a acumular azares e não chega à China com muita vontade de sorrir (como é hábito). Já a Mercedes mostrou que tem um carro muito bom, provavelmente o mais rápido da grelha, mas não tem aproveitado as hipóteses de vitória que têm surgido. Tem faltado apuro na estratégia e a equipa quer certamente acabar com a falta de “pontaria”, numa pista onde habitualmente se dão bem e costumam vencer. Hamilton está bem e recomenda-se e Bottas, embora com um pódio sólido não convenceu ainda, precisando de mostrar mais para garantir a vaga para 2019. A pista favorece um pouco mais os Mercedes, mais fortes nas curvas em apoio e nas longas rectas (graças ao motor mais potente) mas o factor estratégia poderá ter um peso grande e aí a Ferrari tem evidenciado mais visão.
A Red Bull vem de um fim de semana desastroso em que ambos os carros foram obrigados a desistir da corrida. Ricciardo e Verstappen tem tido um início de ano algo titubeante, especialmente o holandês, cujo estilo agressivo voltou a causar problemas. O piloto não vê necessidade de mudar a sua postura mas a pressão de mais um toque poderá começar a afectar o piloto.
A luta no meio da tabela está ao rubro. Se na primeira corrida vimos uma Haas muito forte, no Bahrein vimos a Toro Rosso a mostrar argumentos algo inesperados nesta fase da época. A vontade de ambas deverá ser continuar na mesma toada mas a Renault terá outras ideias em mente, depois de duas corridas em que pontuaram mas não mostraram andamento para serem a quarta força do grid. Force India não deverá apresentar muitas melhorias dado que apenas passou uma semana desde a última corrida e a equipa não deve ter enviado para a China muitos upgrades. A McLaren está na mesma situação, embora tenha conseguido até agora disfarçar o problema da falta de andamento do carro. Alonso já veio dizer que, objectivamente, estes resultados são um passo em frente comparando com o ano passado, o que é verdade, mas estão longe do que a equipa e o próprio Alonso apontaram no início do ano.
A Sauber que finalmente conseguiu pontuar chega motivada e será uma das equipas a ter debaixo de olho, para ver se as melhorias se confirmam ou se foi apenas obra do acaso e de uma estratégia bem montada.
Da Williams… espera-se pouco. Stroll disse que a equipa perdeu em velocidade de ponta, um dos factores cruciais neste traçado que combina rectas longas com curvas em apoio, precisamente as áreas onde o novo carro da equipa está mais fraco.
Horários:
Sexta
TL1: 03:00 – 04:30
TL2: 07:00- 08:30
Sábado
TL3: 04:00 – 05:00
Qualificação: 07:00
Domingo
Corrida: 07:10
Dados da pista:
Cumprimento da pista: 5.451 km
Nº de voltas: 56
Distância de corrida: 305,066Km
Curvas: 16
Volta mais rápida + volta mais rápida em corrida: Michael Schumacher 1:32:238
Nível de apoio aerodinâmico: Elevado
Onboard da pista:
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