ERC: Esclarecimento sobre o acidente de Dávid Botka no Azores Airlines Rallye

Por a 27 Março 2018 10:31

O Grupo Desportivo Comercial, que organiza o Azores Airlines Rallye, emitiu um comunicado a esclarecer o que se passou com o piloto húngaro Dávid Botka. A organização recusa as acusações do piloto e diz que esteve sempre presente junto do carro pelo menos um elemento da organização. Leia o comunicado emitido pelo Grupo Desportivo Comercial em baixo.

“Relativamente à publicação do Sr. Dávid Botka (concorrente nr. 23 no Azores Airlines Rallye de 2018) no perfil da sua equipa na rede social Facebook alegando que a Organização do Azores Airlines Rallye abandonou a sua equipa depois do acidente sofrido na prova especial 12 – Graminhais 2, pretendemos clarificar todos os interessados nos procedimentos que foram executados pelos nossos oficiais de prova para ajudar o Sr. Bótka e a sua equipa.

As declarações que se seguem foram feitas pelos oficiais do Azores Airlines Rallye que estiveram diretamente envolvidos nas operações de resgate e recuperação do carro de rali do Sr. Bótka.

António Medeiros, Diretor de Prova Adjunto para Segurança e Meios de Socorro:

“Após ter conhecimento do acidente do referido concorrente e a garantia de que ambos os concorrentes estavam ok, foram efetuados os seguintes procedimentos:

Após passagem do carro Vassoura, foi enviado para o local o reboque de serviço à Organização da prova, que se encontrava de assistência a esta prova especial;

Quando o reboque chegou ao local constatou que não conseguia tirar o carro, pois estava a mais de 200m da estrada, dentro de uma grota, capotado e ficou no local a aguardar mais indicações;

Falei com o Jorge Sobreda (Adjunto da Direção de Prova para Estradas) que estava no na sede do Grupo Desportivo Comercial (cidade de Lagoa) para ir ao local e dar feedback, o que se verificou de imediato;

Entretanto falei com vários corpos de Bombeiros e o de Vila Franca do Campo, após ver as imagens que lhes mostrei, aceitou fazer o serviço;

Como o Jorge Sobreda já estava no local, falei com ele para dar os contatos dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca do Campo à equipa do concorrente que, entretanto, já estava no local com o seu atrelado para levar o carro, por forma a serem eles a requisitar e pagar diretamente o serviço de remoção;

Na sequência da chegada da equipa do concorrente, o reboque que estava ao serviço da prova foi dispensado pois eles tinham meios para levar o carro após ser retirado da grota e o reboque ao serviço da organização não serviria para resolver a questão;

Fui falando com o Jorge Sobreda, que se manteve sempre presente no local, mesmo após chegada dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca do Campo, por forma a termos sempre alguém da Organização presente no local;

Por volta das 23:00 chegou ao Secretariado o jornalista checo Petr Linhart, também conhecido por “Pluto”, e uma senhora (não solicitamos a sua identificação) que disse ser do mesmo país e amigos da equipa do concorrente e estavam em contato com o navegador, que estava preocupado com o tempo que iriam demorar a retirar o carro e questionava a hora limite para colocar o carro no barco. Foram ambos esclarecidos por mim que, em relação à hora de entrada do carro no barco, podiam estar descansados pois como era uma situação excecional, a Organização tinha flexibilidade para entregarem mais tarde e que se os Bombeiros Voluntários de Vila Franca do Campo necessitassem de mais meios, nós iriamos ajudar nesse sentido. Na sequência desta informação, ela ligou para o navegador e transmitiu-lhe a informação, tendo depois agradecido imenso a nossa disponibilidade deixando os telefones de contato se necessitássemos falar com eles;

Perto das 24:00 o Pastor foi substituir o Sobreda e ficou no local até á completa remoção do carro, o que veio a ocorrer por volta das 07:00.

Saliento que as condições do terreno eram bastante difíceis, para que a operação fosse mais rápida e atendendo a que o pasto entre a estrada e a grota estava molhado e era inclinado, a viatura com guincho ainda entrou e ficou atolada, tendo os Bombeiros Voluntários recorrido a um equipamento utilizado nestas situações, chamado ‘Tirfor’ que é muito eficaz, mas lento na operação.”

Eduardo Pastor, Diretor de Prova Adjunto para Estradas e Zonas de Espetadores:

“Concordando integralmente com a descrição dos acontecimentos efetuada por António Medeiros, gostaria de referir e adicionar o seguinte elemento:

Pelas 03:00, António Andrade (Diretor de Prova) e Hugo Andrade (Diretor de Prova Adjunto) deslocaram-se ao local para inteirarem-se da situação e dos procedimentos que estavam a ser realizados”

António Andrade, Diretor de Prova:

“O concorrente nunca ficou sozinho: quando da aparatosa saída de estrada, foi de imediato visitado pelo Marshall que se encontrava cerca de 70m acima, que relatou ao COR estarem bem de saúde e sem necessidade de assistência.

Tive conhecimento prévio das ações desenvolvidas e a desenvolver. Ou seja, a chamada do reboque que, no local, verificou não ter meios técnicos de içar, e a chamada dos Bombeiros das redondezas que tivessem meios para o trabalho.

Tendo falado com o Jorge Sobreda (Adjunto da Direção de Prova para as Estradas), relatou a ida do Eduardo Pastor (Diretor de Prova Adjunto para as Estradas e Zonas de Espetadores), para os substituir no local. Eu próprio, cerca das 3:00am, estive no local e falei com um dos bombeiros, quando este veio ao carro de desencarceramento buscar alguns equipamentos, tais como pás e calços de madeira, que me disse que já estavam a conseguir puxar. Também me apercebi, estarem várias viaturas-guincho, a segurarem-se uns aos outros (técnica tem um nome que não me recordo) e que agora havia que regularizar um pequeno morro, para continuar com o trabalho. Avistei varias outras viaturas, que não consegui alcançar por não haver espaço de passagem ocupado pela viatura de bombeiros, em que mais tarde me apercebi ser o Eduardo Pastor que não me avistou, porque tinha a carga do telemóvel fora de serviço. Anexo algumas fotos no dia seguinte de manhã , onde se pode atestar a condição e localização, da viatura, bem como os sinais da saida de estrada. O carro sai de estrada, voa por cima do pasto em declive e antes de aterrar no fundo da ravina, ainda passa no meio de 2 arvores sem lhes tocar e levando alguma vegetação consigo. Pareceu-me ver no post do concorrente, clarões de focos luminosos. São dos bombeiros no local, conforme me apercebi quando lá estive. Portanto cai por terra a teoria de estarem apenas com a luzes dos telemóveis, bem como outros considerandos que não correspondem à verdade dos factos, pelo que importa desde já esclarecer os menos informados nas redes sociais, independentemente de mais quaisquer outros comunicados.”

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