GP Austrália F1: Conferência de imprensa (tensa) dos chefes de equipa
Na conferência de imprensa para os chefes de equipa estiveram os três homens com mais probabilidade de festejarem o titulo de campeão. Maurizio Arrivabene, Christian Horner e Toto Wolff.
A primeira pergunta foi obviamente em que forma estavam as respectivas equipas e quais eram as hipóteses de serem campeões. Horner foi o primeiro a responder e mostrou-se satisfeito com a performance do carro até agora, referindo que os pilotos estão felizes com a nova máquina, reconhecendo no entanto que a Mercedes continua ao mesmo nível do ano passado e que o objectivo é fazer frente à Ferrari. Wolff também se mostrou contente com o início da sua equipa que teve, segundo o austríaco, melhores resultados nos testes de este ano em relação a 2017, mas ainda espera para ver a Ferrari que ainda não rodou com os mesmos pneus que os Mercedes. Arrivabene brincou com a situação vivida nos testes devido ao mau tempo, mas por fim disse que os adversários estão em boa forma mas que a Ferrari também está.
Em relação aos novos pneus, embora as dúvidas permaneçam devido aos poucos dados que foram recolhidos nos testes, a opinião foi unânime de que esta nova estratégia da Pirelli irá permitir ter mais paragens nas boxes e corridas mais interessantes. Wolff apontou os hiper-macios como os pneus mais interessantes, por apresentarem uma maior diferença de perfromance em relação aos restantes.
O contrato de Hamilton foi tema de conversa e segundo o responsável da Mercedes, está prestes a ser finalizado e o piloto está forte e preparado para tentar o quinto titulo embora, Wolff tenha reconhecido que ainda é cedo para falar do assunto.
Em relação a outros pilotos, o chefe da Ferrari não quis falar sobre uma possível renovação do contrato de Raikkonen e Horner considerou que Verstappen têm agora a experiência necessária depois de 3 anos no campeonato.
Horner apontou também que a F1 é de momento demasiado complexa, quer a nível de motores quer a nível de chassis e defende que os novos regulamentos vieram aumentar os fossos entre equipas. Para o britânico é necessário simplificar e tornar os pilotos de novo o centro das atenções. Mercedes e Ferrari continuam com posições semelhantes em relação a este assunto.
O momento de maior tensão
Em relação à contratação de Mekies por parte da Ferrari, Arrivabene desdramatizou a situação dizendo que a equipa nada fez de errado e que a Scuderia seguiu a lei e que os 6 meses de nojo que a Ferrari acordou está acima do período legal. O italiano negou a existência de um acordo de cavalheiros sobre a contratação de pessoal da FIA, ao contrário do que Boullier afirmou. Wolff foi mais longe e disse que não viu nenhum cavalheiro na sala quando o assunto foi discutido, que a situação da Renault é diferente da situação actual da Ferrari e que não é um problema grave. Horner por seu lado acha que é um problema grave e contradisse os seus adversários, afirmando que houve uma discussão em que se acordou um período de 12 meses de nojo em transferências de pessoal da FIA para as equipas e vice-versa. Considerou que as discussões que foram feitas sobre esse assunto foram inúteis e uma perda de tempo.
Quanto aos possíveis acordos entre equipas Horner foi peremptório e disse que competia à Liberty e a FIA tratarem de fazerem os regulamentos e não esperar que as equipas consigam um acordo pois tal não vai ser possível.
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Na minha opinião, o mais interessante não é quando cada um fala de si, porque não dizem nada que nos interesse, é apenas “conversa de chaxa”. O verdadeiro sumo começa a escorrer quando tem que falar uns dos outros, ou de coisas que dizem respeito a outros, e é fácil ver onde está o gozo da coisa: – “Wolff … disse que não viu nenhum cavalheiro na sala quando o assunto foi discutido, que a situação da Renault é diferente da situação actual da Ferrari e que não é um problema grave”. Que os cavalheiros na F1 já não existem… Ler mais »
A questão é que quando a FIA lança ideias para a F1, a Ferrari está sempre contra e ameaça com a saída da competição. E na questão da próxima geração de motores, até tem a Mercedes como parceira. Em ambas as situações, a Red Bull encontra-se do outro lado da barricada. Neste caso concreto, a McLaren até foi a primeira a demonstrar o desagrado com esta contratação.