GP Austrália F1: Notas da conferência de imprensa dos pilotos

A primeira conferência de imprensa decorreu na mesma toada algo pachorrenta por parte de Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo. Curiosamente os dois últimos costumam dar algum colorido às conferências aborrecidas, mas na primeira do ano vimos um ambiente algo tenso e nem a boa disposição de Ricciardo conseguiu quebrar o gelo.

A primeira parte da conferência teve grande foco em Hamilton e Vettel, ambos confrontados com a possibilidade de igualarem o recorde de Fangio. Ambos usaram a mesma postura cautelosa e afirmaram não terem pensado em demasia sobre o assunto. Hamilton soube que poderia bater mais um recorde este fim de semana se conquistasse a pole e vencesse mas nem isso pareceu tira-lo da sua postura desagradada nas conferências.

Quando questionado sobre se estava no seu pico de forma, Hamilton pareceu concordar, admitindo que existem vários factores, essencialmente físicos e mentais para se estar no topo, condições que o britânico reúne nesta fase. Já Vettel e Ricciardo disseram não terem atingido o pico ainda.

O introdução da nova zona DRS foi vista com positivismo por parte dos pilotos. Ricciardo disse que com os carros  são cada vez mais difíceis de seguir e esta é uma medida interessante, mas que a nova zona não deverá proporcionar grandes ultrapassagens, permitindo apenas uma aproximação maior ao carro da frente.

O novo rumo da F1, com maior abertura foi elogiado por Ricciardo, com o paddock mais aberto aos fãs, enquanto Hamilton não se quis alongar e Vettel afirmou ser um tradicionalista, não entendendo o porque dos começos mais tardios das corridas e da ausências das pit girls. Mas no geral todos acharem que é preciso dar tempo aos novos donos para colocarem em prática as novas ideias.

A luta pelo penta campeonato por parte de Lewis e Sebastian foi ainda tema de conversa, assim como a renovação do contrato de Ricciardo, com Vettel a dizer que o australiano ainda tem tempo para se decidir e que não se importava de o ter como colega de equipa e Hamilton a aconselhar o seu adversário a respeitar e não se afastar em demasia da sua actual equipa, pois é aquela onde está inserida agora e que lhe pode dar a melhor hipótese de vencer e que outros pilotos tomaram decisões erradas no passado.

O Halo foi referenciado como um elemento que infelizmente não permite ver os capacetes. Hamilton até disse que está inclinado em não decorar o seu capacete e Vettel propôs que a decoração do Halo ficasse à responsabilidade dos pilotos de forma a facilitar a identificação dos pilotos, ideia que teve o apoio de Ricciardo.