Ross Brawn: “Há que sacrificar velocidade para ter corridas mais emocionantes”
Ross Brawn continua a procurar o melhor rumo para a F1 do futuro. O britânico contratado pela Liberty para tomar conta da parte desportiva do grande circo. Responsável pela equipa que procura as melhores soluções para os futuro regulamentos do campeonato, Brawn tem deixado no ar alguns indícios do que pretende para a F1.
Um dos desejos do engenheiro é acabar com o DRS, algo que não será possível fazer a curto prazo:
“Antes de tentar melhorar as corridas temos de perceber a fundo todos os aspetos. Podíamos seguir os nossos instintos mas isso não chega para trabalhar com carros desta complexidade. A velocidade tem um papel fundamental para os nossos fãs que querem admirar as máquinas mais rápidas do mundo, mas será preciso sacrificar um pouco de velocidade para termos corridas mais apaixonantes.”
O DRS foi criado para minimizar os efeitos da aerodinâmica dos carros. Com o DRS, os carros diminuem o apoio aerodinâmico criado pela asa traseira e assim o arrasto, tornando-se mais rápidos. O efeito da medida foi imediato e passamos de uma média de 28 ultrapassagens por corrida em 2010 para 59 ultrapassagens por corrida em 2011, data a introdução do DRS. Em 2016 esse número foi de 52 ultrapassagens por corrida, no entanto 2017 viu uma diminuição de quase 50% no número de ultrapassagens, graças ao maior apoio aerodinâmico das máquinas da época passada. Os carros tornaram-se mais rápidos mas mais difíceis de ultrapassar. Para promover mais lutas em pista é necessário diminuir o apoio aerodinâmico, daí o aviso de Brawn quando diz que será preciso sacrificar um pouco de velocidade, para acabar com o DRS, um mecanismo que nunca foi unânime entre os fãs e os pilotos, que sempre criticaram a artificialidade das ultrapassagens na atualidade. Os novos regulamentos foram inicialmente pensados para melhorar esse aspeto (daí a introdução de um difusor maior) mas o aumento no tamanho do carro e por conseguinte das asas, aumentou o arrasto e ao invés de promover ultrapassagens, dificultou ainda mais a tarefa aos pilotos. O futuro terá de ser diferente para que as lutas em pista aconteçam com maior frequência.
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Não precisam de acabar com o DRS, podem é democratizá-lo. Basta poder ser utilizado por todos quando bem entenderem. Podiam ter mais apoio aerodinâmico e diminuir o arrasto nas rectas abrindo o DRS. Deixava de haver ultrapassagens artificiais, porque o ultrapassado também podia se defender.
Se ambos podem abrir, deixa de haver a vantagem de quem vem atrás, e já não há ultrapassagem. Então para quê manter? O DRS devia acabar imediatamente, e as asas e extractores traseiros deviam ter os seus painéis verticais totalmente planos e paralelos ao eixo longitudinal do carro, de forma a reduzir a turbulência que afecta a frente do carro que vem atrás, se disso resultar menos carga na traseira, é só permitir que os flancos possam ser usados de forma a obterem mais efeito de solo, sem nunca recorrer a elementos aerodinâmicos como as saias usadas no final dos… Ler mais »
Nao é bem assim porque os carros nao sao todos iguais, uns drs sao mais eficazes de que outros. Uma vez que abriram uma execao nas regras deviam continuar com o drs de livre uso e a comecar logo na asa frontal. Corridas emocionantes é com mais velocidade, sacrificar é mais pneus, mais gasolina, mais motores, etc. Mas estas ideias do Ross Brawn vem de encontro ao que a Liberty quer, F1 barata e acessivel, até se aperceberem que tectos orcamentais nao fazem parte da F1… carros diabólicos que separem os homens dos meninos é a unica hipotese que os… Ler mais »
O DRS só devia ficar se fosse assim: Só podem usar o DRS uma, duas ou três vezes numa corrida. De resto, desenrasquem-se e ultrapassem manualmente, isto são pilotos de F1 ou motoristas da UBER!?
O problema está na asa dianteira e começou com os regulamentos de 2009 que se agudizou em 2010 levando ao remendo de 2011 (DRS). Tais regulamentos acabaram por abrir a porta para o domínio da RedBull nos anos seguintes. A inovação no difusor teve relevância apenas no primeiro terço da temporada de 2009. Depois ficou perfeitamente diluído porque foi copiado por todos, passando a ser tudo mais disputado no restante de 2009 (com a consequência que teve no desempenho da BrawnGP). Se se comparar o comportamento dos carros e ultrapassagens antes e depois de 2009 vai-se ver a diferença. Será… Ler mais »
O mamão dono das latinhas só está nos primeiros lugares por causa da aerodinâmica. Tirando a aerodinâmica vai levar uma coça da Mercedes, Ferrari e até da Williams e Force India.
Espero que o Peter Prodromou vença o seu mestre para que a Mclaren leve a luta até Milton Keynes.
um dos grandes problemas, é todos esses apoios aerodinâmicos, que dificultam o carro que vem atrás. Mas se a velocidade for sacrificada e começa a haver um turbilhão de ultrapassagens assino já por baixo
é preciso sacrificar down-force para ter corridas melhores.
A F1 fez uma mudança de visual positiva o ano passado, alargando os carros e aumentando o desempenho. Este ano estragou tudo, sabe-se lá se de uma maneira irremediável com o halo,algo verdadeiramente feio e mal feito.
Assim a F1 vai indo abaixo e muito dificilmente captará interesse das novas gerações com estes carros de aspecto realmente repelente. Mais uma vez se pergunta:A chamada FIA serve para quê ?
Para resolver o problema não é necessário diminuir o apoio aerodinâmico, é preciso sim diminuir a complexidade da asa dianteira, compensando essa perda de apoio aerodinâmico com efeito de solo em todo o monolugar. Também seria necessário que o ar que sai do carro da frente não seja atirado por cima de quem persegue (que creio que o efeito de solo resolveria, visto não estar dependente de um ar limpo como as actuais asas dianteiras). Porque o que acontece é depois o efeito dominó, quando asa frontal não recebe o ar mega-limpo-organizado também o resto do monolugar acaba por sofrer,… Ler mais »