Crónica: WTCR pode ser um sucesso
Surgiu ontem o rumor que o WTCC poderá adotar os regulamentos do TCR para 2018 e 2019. É uma novidade que pode reacender o interesse pelo mundial de turismos, e que traz muitos aspetos positivos. Aquilo que várias pessoas diziam ser a melhor via para o WTCC parece estar em marcha mesmo com o confronto entre Marcello Lotti e François Ribeiro.
Sabe-se que os homens fortes dos dois campeonatos não morrem de amores um pelo outro, mas a fusão dos dois é algo benéfico para ambos. Para Lotti, é a prova que o seu conceito é o mais bem-sucedido e com a designação ‘mundial’, o TCR ganha ainda mais relevo. Depois, fica com uma máquina de promoção muito bem oleada, pois a Eurosport Events faz chegar o seu campeonato a milhões de pessoas e tem neste momento um calendário muito mais interessante que o do TCR.
Para Ribeiro é a solução mais prática de implementar. Manter os atuais TC1 mais um ano poderia ser a morte do campeonato, com o pouco interesse a acentuar-se e a Classe One ainda longe de estar resolvida (não é certo ainda que possa vir a ser um mundial de turismos). Assim, usa uma fórmula de sucesso, com muitos carros já vendidos e que por certo permitirão ter uma grelha cheia em 2018, sem grandes sobressaltos.
Para já parece tudo bem, mas há pormenores a ter em conta. Primeiro a perda dos TC1: Pouca gente morre de amores por eles e são máquinas caras de sustentar, tão caras que assustaram toda a gente e levaram ao desinvestimento no WTCC. Mas são grandes máquinas, um desafio para os pilotos e têm um som que agrada a quem ouve ao vivo. Com a entrada dos TCR, vai se perder um pouco aquele fator X que é tão importante nas corridas.
Em contrapartida ganha-se e muito em variedade, algo que agrada ao público. Este ano temos apenas quatro marcas em pista, e apenas duas delas de forma oficial. Com a entrada dos TCR a escolha aumenta dramaticamente, tanto ao nível dos carros como ao nível dos pilotos. Há qualidade em ambos os campeonatos e se juntarmos os melhores de cada, teremos uma grelha que promete boas lutas em pista.
Outro dos fatores a ter em conta será a ausência de marcas oficiais. A filosofia do TCR tem sempre em conta os custos e já se sabe que quando as marcas entram numa competição, não olham a meios para vencer. Com equipas privadas, é possível controlar melhor os custos e manter o nível de competitividade. Embora o WTCC fosse inicialmente um campeonato com muitos privados, se fosse possível incluir as marcas oficiais seria uma mais valia.
Mas se a Honda, a Hyundai (já fortemente envolvidas no TCR), podem mostrar interesse, o grupo VAG afirmou que não quer entrar oficialmente no TCR. Assim o mais provável é manter tudo privado. No entanto seria uma excelente jogada tentar fazer as marcas apoiarem o campeonato. Para elas os custos seriam pouco mais que irrelevantes e o nível do TCR poderia aumentar ainda mais.
Há também o caso da Volvo. Têm tudo para saírem vitoriosos deste ano, mas não deixa de ser ingrato ver o campeonato mudar de regulamentos tão pouco tempo depois da sua entrada. Era bom que a marca se mantivesse no campeonato, mas para isso precisa de uma máquina nova. Não há ainda nada notícias sobre uma possível V40 TCR, mas com a aposta nas energias renováveis fica a interrogação se os suecos querem mesmo entrar no campeonato nestes moldes.
Pesando todos os elementos da equação, o TCR em formato mundial tem tudo para que seja um sucesso. A forma como a notícia foi recebida no paddock do TCR International Series diz bem do otimismo com que a hipótese é vista e foram poucos os que se manifestaram negativamente. Mesmo para as cores nacionais seria uma boa notícia. Temos excelentes pilotos que não têm orçamento para competir no WTCC atual, mas que talvez possam tentar fazer uma época ou algumas provas do mundial com o regulamento TCR. Resta saber se na prática este cenário se materializa.
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Apoio incondicionalmente a mudança. desde que me lembro, e já lá vão mais de 40 anos, os carros de turismo eram sempre próximos dos carros que vemos na estrada, alguém se lembra de quando havia Ford Capri, BMW 3.0 CSL, Mercedes 6.3 SEL , Jaguar XJ12 e depois XJS, BMW 2002, 320, Ford Escort RS2000, Alfetta 2.5 GTV, VW Scirocco, Rover 3500, Triumph Dolomite, BMW 528i, 635 CSI, Volvo 240 Turbo, Sierra Cosworth, BMW M3 E30, Mercedes 190 2.3 e 2.5-16… Os gloriosos 70, 80 dos carros de turismo (claro que ainda recordo os Cortina Lotus e Mini Cooper dos… Ler mais »