A segunda despedida de Felipe Massa da F1
Felipe Massa vai dizer adeus à F1… outra vez. No ano passado as imagens da sua despedida em Interlagos foram marcantes e teria sido uma despedida em grande, apesar da desistência, mas Williams chamou e a paixão pela competição falou mais alto. Massa ainda bateu o pé e disse que queria continuar na equipa, mas vendo que não tinha lugar para 2018, resolveu (e bem) anunciar novamente a saída da F1, desta vez a titulo definitivo.
A Aventura de Massa começou nos karts, com 8 anos onde mostrou qualidade. Foi campeão da Formula Chevrolet em 1999 e no ano seguinte veio para a Europa para evoluir na Formula Renault Italiana e Europeia. Escolheu seguir para a Formula 3000 em vez da Formula 3 e a aposta revelou-se acertada pois foi campeão, título que lhe abriu a porta da Sauber.
2002 foi o ano de estreia na F1 e tal como em toda a sua carreira, foi uma época de altos e baixos. Mostrou ser competitivo, mas ao mesmo tempo falhou demasiadas vezes, levando-o a acabar fora de pista por 7 ocasiões. Devido a uma suspensão imposta pela FIA, Frentzen foi chamado para o substituir no GP dos Estados Unidos e foi o mesmo Frentzen que ficou com o seu lugar em 2003, sendo obrigado a contentar-se com o papel de piloto de testes para a Scuderia. Voltou para a Sauber em 2004 e permaneceu até ao final de 2005, ano em que foi chamado para fazer dupla com Schumacher.
A primeira época foi promissora, acabando em 3º lugar atrás do campeão Alonso e do seu colega Schumi, com 8 pódios, duas vitórias, uma delas em Interlagos, um dos maiores e mais emocionantes momentos da sua carreira.
2007 foi um dos anos menos conseguidos, onde voltou a cometer os erros que já tinha feito na Sauber, com algumas saídas de pistas evitáveis. Ainda assim conseguiu 9 pódios, 3 dos quais no primeiro lugar, conseguindo calar as vozes mais críticas.
2008 foi o seu melhor ano. A época começou de forma azarada, mas o brasileiro rapidamente recuperou, levando a luta pelo titulo até ao final. Venceu a última corrida, em Interlagos e foi campeão por breves segundos… o tempo de Hamilton aproveitar um erro de Glock e conseguir o ponto que precisava para ficar com o título. O sonho de ser campeão perante o seu público desfez-se, naquele que terá sido um dos pódios mais amargos da F1. Mas Massa conseguiu aí ganhar o respeito de todos e passou a ser uma certeza na F1.
2009 deveria ser o ano da confirmação, mas foi um ano muito difícil para Massa. Um acidente na Hungria quase lhe tirava a vida, com uma peça do Brawn de Barrichello a soltar-se e embater no capacete de Felipe. Teve de colocar uma placa de titânio no crânio para poder competir de novo mas voltou as pistas em 2010.
A partir daí Massa nunca mais voltou a ser o “Massa de 2008”. Alonso costuma secar tudo à sua volta, mas Massa talvez não tenha mostrado o suficiente para se impor novamente na Scuderia. Foi relegado para segundo plano, com o ponto mais baixo a ser o famoso “Fernando is faster than you”.
Resolveu de forma acertada mudar de ares em 2014, e foi para a Williams que precisava de um piloto com experiencia e provas dadas. Os primeiros dois anos foram muito positivos e voltou a ver-se mais de Felipe que regressou aos pódios (uma vez 2º e quatro vezes 3º) mas 2016 e 2017 voltaram a ser anos menos bons, também motivados pelo menor fulgor da equipa.
O Brasil sempre procurou um substituto para Senna, mesmo sabendo de antemão que isso é impossível. Barrichello sentiu isso e Massa também, e muitas vezes os pilotos foram criticados pelos próprios compatriotas. As carreiras têm alguns paralelismos, tendo dado nas vistas cedo, passando para a Ferrari, onde viveram sob a sombra de outros e acabando em graça em equipas de meio da tabela. Ambos conquistaram 11 vitórias, mas Rubinho tem 68 pódios, contra os 41 de Massa, que foi vice-campeão por uma vez, contra duas de Barrichello.
A F1 nem sempre é justa, mas costuma reconhecer quem faz por merecer. Ricciardo conseguiu destronar Vettel do seu reinado na Red Bull, assim como Button fez a Hamilton que por sua vez teve sucesso numa Mercedes que tinha Rosberg. Massa, à imagem de Rubinho, Webber, entre outros, foi um excelente piloto que infelizmente não conseguiu impor-se. Não foi um piloto com muita sorte e o acidente em Hungaroring veio numa altura em que se afirmava. Mas mostrou talento, caráter e pode orgulhar-se do que fez na F1. Resta saber qual o próximo desafio.
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Pena o Hamiuton não ter à fibra dji campeão do Rosbérgui. Já tjinha ido embora no seu játjinho, e o Massa ia até São Paulo em uma Mércêdjes!!! (Texto escrito ao abrigo do “aborto” ortográfico)
Poha véi, ae mermão tudo jóia amei lê suas rivius! Bem daora! eh nóis parsa!
Pois é! ‘Cê é dji mais prá mim. Sou amadô, ‘cê é proféssionau.
Tamo junto!
Num se escreve “não” se escreve “naum”. Se vc tivesse escrevinhado “naum” ficaria pampa ^^’
Pois é…o Felipe é um piloto de fibra heheh
Admiro a sua coragem, tenacidade e paixão. mas já não tem velocidade há muito tempo. Tá na hora de mudar de modalidade.