Rali Liepaja: Erro da organização, ‘trama’ Magalhães…
O Rali Liepaja terminou mal para a dupla Bruno Magalhães/Hugo Magalhães com um despiste contra uma árvore na sexta especial, facto que acabou de vez com as (poucas) hipóteses que já tinham de ser Campeões Europeus de Ralis. O acidente foi complicado, não só pelo dano que causou ao Skoda Fabia R5 da ARC Sport, mas principalmente pelo facto de Bruno Magalhães ter tido que passar a noite no hospital local, onde ainda está. Por precaução, para fazer exames, pois o choque foi forte e o piloto ficou contundido e abalado.
Mas há outra história por trás disto tudo. Que é grave. Hugo Magalhães, e posteriormente também Alexey Lukyanuk, fizeram uma exposição aos delegados da FIA no local com dois problemas. Que teve a ver com o facto das duas equipas terem encontrado uma zona do troço bem diferente da que viram nos reconhecimentos. As equipas, quando reconhecem os troços, fazem-no registando todas as formas que têm para fugir às armadilhas mas o que aconteceu neste caso foi que a própria organização armou… uma armadilha aos pilotos, inadvertidamente.
A explicação é simples. Conforme se pode ver na foto abaixo, a estrada está alagada à esquerda, e já o estava nos reconhecimentos, mas as equipas perceberam que se fossem pela direita não tocavam sequer na água. Só que, sem o mencionar no road book, sem ninguém avisar, aquando da montagem do troço a zona que as equipas pensaram para trajetória estava ocupada com fitas e publicidade o que tornou esse espaço bem mais exíguo e isso obrigou, em prova as equipas a passarem pelo lençol de água, precisamente o que queriam evitar. Para além disso e como é normal nestas situações, ninguém na partida para a classificativa evitou que havia aquela zona perigosa apesar dos protestos dos concorrentes que já lá haviam passado, assim como, no caso de Bruno Magalhães, que Alexey Lukyanuk havia tido um acidente num local que dista apenas duas ou três curvas do arranque.
A ‘montagem’ de um troço de ralis tem que ser feita em perfeita coordenação com os responsáveis da prova, quem verifica os troços tem que reportar situações anómalas, e pelos vistos neste caso falhou tudo até os concorrentes passarem, inclusivamente o facto de já lá ter ficado um concorrente bem antes da passagem de Bruno e Hugo Magalhães, mas estes nunca foram avisados do perigo. Nada disto mudaria nada, desde muito cedo no rali ficou claro que só com uma hecatombe quase generalizada à sua frente permitiria a Bruno Magalhães vencer esta prova. não é o título Europeu de Ralis que deixou de ser ganho devido a um erro da organização. Foi simplesmente um acidente desnecessário, que leva, por exemplo, que o piloto ainda esteja no hospital. Este é mais um exemplo que permite perceber que nos ralis (e no desporto motorizado em geral) os pilotos e as equipas esperam que o que vão apanhar pela frente seja o que estão a contar. Já basta por vezes haver surpresas que a própria natureza coloca. Não pode acontecer a organização ‘preparar’ surpresas destas aos concorrentes.
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A confirmar-se este erro inqualificável, é no mínimo sujeito a analise por parte das entidades competentes, a ser verdade, é um absurdo inconcebível!