Force a Índia passa a Force Racing em 2018

Por a 16 Setembro 2017 12:10

A Force India vai passar a denominar-se Force Racing a partir de 2018. É só mais um passo, de uma equipa que nasceu em 1991 como Jordan, com a famosa decoração da 7Up, evoluiu para Midland (2005), Spyker (2006) e finalmente Force India em 2008. Dez anos depois, será Force One.

Há muito que Vijay Mallya pensa em abandonar a ‘Índia’ do nome oficial, de forma a ‘internacionalizar’ mais a equipa, e chegou a falar-se em ‘Force One’. Mas a Liberty Media interveio pois receava que a abreviatura da equipa Force One (F1) se confundisse com o nome da competição,  e daí a Force Racing: “O nome ainda não está totalmente confirmado, mas a Force Racing tem boas chances”, revelou Otmar Szafnauer.

Recordar o caminho da equipa

Eddie Jordan é uma das figuras exóticas que já passaram pela Fórmula 1 e, por outro lado, com um forte sentido comercial que o acompanhou ao longo de toda a sua carreira enquanto chefe de equipa.Depois de ter sido bem-sucedido nas categorias de promoção, o irlandês, sempre muito apegado ao seu lucro, resolveu dar o salto para o mundo dos Grandes Prémios em 1991, tendo Gary Anderson concebido o 191, um monolugar que seria animado por motores Ford V8, muito embora com um ano de desfasamento face aos utlizados pela Benetton, que era a equipa oficial do construtor de Detroit.

O carro que seria pilotado por Andrea de Cesaris e Bertrand Gachot era belíssimo nas suas formas, que sobressaíam nas cores da 7UP, que era o patrocinador principal na nova estrutura, muito embora o seu contributo monetário fosse reduzido, tendo Jordan percebido que, com uma marca tão forte a adornar os seus carros, conseguiria passar imediatamente uma imagem de confiança.

Depois de uma bela temporada de estreia, passou por alguns anos de dificuldades e pelo meio da tabela, mas a partir de 1995, primeiro com os motores Peugeot e depois com Mugen Honda, a equipa de Silverstone começou a progredir no “status-quo”, obtendo a sua primeira vitória em 1998 e chegando a estar na luta pelo ceptro de pilotos em 1999 através de Heinz-Harald Frentzen.

Parecia que a Jordan estava destinada a assumir-se como uma equipa de topo na Fórmula 1, tendo mesmo sido apontada, juntamente com a recente BAR, como equipa oficial da Honda, mas a partir de então a formação do irlandês foi perdendo fôlego financeiro, passando por inúmeras reestruturações técnicas que acabariam por levar à saída de diversos técnicos de qualidade.

Eddie Jordan, então já um abastado milionário e sempre muito interessado no “showbusiness”, já mostrava também o interesse noutros campos e no final de 2004, dois anos depois de ter perdido os motores japoneses, vendia a sua equipa a Alex Shnaider, um russo cujo “core-bussiness” era o aço.

Em 2005 manteria a nomenclatura, tendo Tiago Monteiro assegurado o derradeiro pódio da equipa estreada em 1991, mas na temporada seguinte seria conhecida MF1 (n.d.r.: Midland F1).

Sem que os seus parceiros estivessem interessados em investir profundamente numa equipa que tinha sido depauperada durante os primeiros anos do século a formação pouco evolui competitivamente e o russo no final do ano perdeu o interesse na Fórmula 1, vendendo a estrutura ao consórcio de holandês que detinha a marca de automóveis dos países baixos Spyker.

Contra um cheque de mais de 100 milhões de euros, os monolugares de Silverstone foram pintados de cor de laranja rebaptizados de Spyker F1 para 2007, mas a competitividade continuou a ser reduzida e ainda durante a temporada foi encontrado um acordo para que Vijay Mallya assumisse o controlo da equipa, que garantiu definitivamente no Grande Prémio da China, apesar de, apenas no ano seguinte mudar o nome para Force India.

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