WRC: O que se passou com a Citroën em Monte Carlo
Nada de especial! Por coincidência, os seus pilotos saíram de estrada muito cedo e nunca foram tidos ou achados quanto ao primeiros lugares. No caso de Stéphane Lefebvre isso até nem era expectável, mas depois do que se viu Kris Meeke fazer nesta mesma prova em 2016, pensava-se que o piloto inglês pudesse fazer bem melhor. E a verdade é que quando abandonou era segundo da geral. Não que na PE3 seja possível ter certezas, pelo menos mostra uma tendência.
Mas afinal o que se passou?
Após o cancelamento da ES1, o Rali de Monte-Carlo teve, efetivamente, o seu início, embora começando algo mal para Stéphane Lefebvre. Exagerando um pouco numa travagem, o piloto do Citroën C3 WRC apostou na segurança e saiu a direito, um pequeno erro que teve consequências graves, pois uma vez preso na neve, o francês partiu a embraiagem ao tentar sair dessa situação.
Assim sendo, as esperanças da equipa Citroën Total Abu Dhabi passaram a repousar sobre os ombros de Kris Meeke, piloto inglês que na manhã do dia seguinte entraria ao ataque. Em condições extremas da neve, ele foi o 2º mais rápido no final do PE3, mas na ES4 ver-se-ia surpreendido por uma placa de gelo. O seu C3 WRC deu um toque com a traseira, partindo a suspensão e obrigando-o a parar.
Apesar do seu regresso no sábado em Rally 2, estava escrito que este não seria o rali de Kris Meeke, pois o britânico perderia mais cerca de 20 minutos devido a um problema de ignição na ES10. O final do dia mostrou-se ainda mais complicado, ao sofrer um acidente de trânsito que pôs um ponto final na sua prova!
“Nada correu como previsto nesta prova!” reconheceu Yves Matton, Diretor da Citroën Racing. “Pensávamos que que conseguiríamos ter um bom fim de semana após os testes satisfatórias com os pilotos e a equipa, mas logo desde o início da prova o Stéphane e o Kris cometeram alguns erros, pelo que deixámos de considerar a hipótese de um resultado significativo à chegada. Também sentimos algumas dificuldades em encontrar as afinações certas para estas condições especiais, que nunca experimentámos nos testes. O C3 WRC não está, senão, no início do seu processo de desenvolvimento, pelo que ainda temos muito trabalho pela frente.”
Apesar destas dificuldades, Stéphane Lefebvre nunca baixou os braços. Dependendo do estado dos troços e com o objetivo de acumular quilómetros e experiência, o piloto francês teve que fazer autênticos malabarismos com os quatro tipos de pneus Michelin que tinha à sua disposição. Recuperando do 64º lugar no final do primeiro dia, ele viria rapidamente a subir até ao 11º posto!
Depois, no domingo teve lugar a 4ª Etapa no interior de Nice, com duas passagens pelo lendário Col de Turini. Disputados em condições mais constantes, Lefebvre esteve em destaque, dando ao C3 WRC a sua primeira vitória em troços na ES15, para depois terminar a Power Stage com o 2º melhor tempo. Fruto desse desempenho, ele subiria ao 9º lugar, posição em que viria a terminar a prova: “É verdadeiramente bom para o moral terminar com uma nota positiva,” afirmou no seu regresso ao porto do Mónaco. “Fazer o melhor tempo no Turini é algo especial, mas, acima de tudo, revela um pouco do potencial do carro em condições mais ‘normais’.”
CRAIG BREEN PROMETEDOR
Aguardando-se a inscrição de um terceiro C3 WRC – estreia que que está agendada para a Volta à Córsega – um dos jovens pilotos da equipa esteve em Monte-Carlo com um WRC da geração anterior. Coube, desta feita, a Craig Breen conduzir a «Old Lady», carinhoso apelido dado a este carro. Nas estradas repletas de neve, o piloto irlandês alcançou a façanha de terminar no top 5 à geral, depois de, durante grande parte do rali, ter-se batido com Dani Sordo pelo 4º lugar. Mas em condições mais secas o espanhol levou a melhor, aproveitando a maior potência da sua máquina de 2017. Independentemente disso, a performance de Breen foi aplaudida pelos observadores atentos. Nunca tendo estado realmente confortável neste tipo de piso nas suas anteriores participações, o resultado obtido revelou-se um marco histórico, num bom presságio para o Rali da Suécia – que ele irá disputar ao volante de um C3 WRC – ou então para o Monte-Carlo de 2018!
DE OLHOS POSTOS NA SUÉCIA
“Não iremos esquecer este rali porque há lições que serão muito úteis em 2018,” refere Yves Matton. “Mas a curto e médio prazo, vamos colocar este fim de semana para trás das costas e seguir em frente. No que se refere à Suécia continuamos, naturalmente, com um espírito positivo, como também para o México e para as provas seguintes. O Monte-Carlo pode ser um rali cruel, algo que experimentámos no passado fim de semana, mas o nosso objetivo continua a ser vencer ralis com regularidade ao longo desta temporada.” Para completar a sua preparação para o Rali da Suécia (de 9 a 12 de fevereiro), a Citroën Total Abu Dhabi WRT tem planeada uma sessão de dois dias de testes na Escandinávia, trabalho que irá complementar o outro teste realizado no início do mês de janeiro.
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Mais um artigo de promoção cega ao grupo PSA por parte do senhor JLA. Vejo onde foi buscar inspiração: http://www.motorsport.com/wrc/news/analysis-was-citroen-s-monte-letdown-more-than-just-a-fluke-868509/?s=1 Sim senhor, hein? Não se passou NADA! Pois neste artigo que o senhor JLA parece contradizer lê-se que, ao contrário do resto do pelotão, os C3 estavam a passar em 5° no mesmo sítio em que os restantes passavam em 6° no limite das rotações! Os C3 mostraram um andamento reduzido durante (quase) todo este rali! Tanto que Meeke teve que andar para lá dos limites (estilo Al-Attiyah, diga-se) para se manter nos lugares do pódio. E por isso dúvido… Ler mais »
Concordo totalmente. Especialmente porque foram lá buscar a informação, mas “esqueceram-se” da análise mais comprometedora ao comportamento do C3 (instabilidade que levava o Meeke a passar em 5ª onde os outros passavam em 6ª a fundo)
Espantoso! na análise aos indicadores do Rally escrevem 12 linhas para analisar TODOS os intervenientes.
Para analisar as maiores desilusões do rally (Citroën e Meeke), especialmente face ao que o AS escreveu acerca do C3 nos testes, têm o desplante de escrever 43 linhas cheias de desculpas para o descalabro.
O Grupo PSA deve investir mesmo muito em publicidade.
Quem mesmo ser levados a sério?