A breve passagem de Clay Regazzoni por Indianapolis
Clay Regazzoni foi um de muitos talentosos pilotos que passaram pela Fórmula 1 mas a quem a conquista do título passou ao lado. Durante a sua carreira na F1, conquistou cinco vitórias, ao serviço da Ferrari e Williams, e venceu ainda duas provas extra-campeonato.
Em 1977, estava numa fase descendente de carreira, depois de ter sido dispensado da Ferrari no final do ano anterior, completamente eclipsado pelo seu colega de equipa, o campeão Niki Lauda. O piloto suíço encontrou refúgio na pequena equipa Ensign, pontuando apenas ocasionalmente.
Regazzoni era um piloto exímio noutras categorias, conquistando vitórias no Mundial de Marcas ao serviço da Ferrari, no início da década de 70, mas quando a marca italiana abandonou a Endurance, Clay ficou apenas na F1. Em 1977, já fora da equipa italiana, aproveitou uma oportunidade para participar nas 500 Milhas de Indianapolis, numa fase em que a corrida não era muito apelativa para europeus.
A passagem de Clay Regazzoni pela Indy 500 não deixou grandes marcas, mas deixou entender que o suíço podia ter tido futuro nos Estados Unidos se tivesse optado por esta categoria. Teddy Yip, mentor do projeto Theodore Racing Hong Kong, estabeleceu uma parceria com Bill Simpson, criador da marca de equipamento de competição Simpson, inscrevendo dois McLaren M16C ex-Penske, com Regazzoni ao volante de ambos.
Esta estratégia deu resultado, pois Regazzoni destruiu um dos carros na qualificação, num acidente aparatoso, do qual Regazzoni escapou com alguma sorte. O carro destruído foi depois compactado por um sucateiro para Bill Simpson o usar como mesa de café. Com o segundo carro, o suíço qualificou-se na 29ª posição, mas conseguiu recuperar rapidamente até ao 13º lugar na estreia. Infelizmente, uma fuga de combustível obrigou-o a encostar o carro na 25ª volta. Regazzoni não regressou às 500 Milhas, tendo preferido assinar pela Williams na F1 no ano seguinte.
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Speedway
23 Dezembro, 2016 at 17:19
O mais interessante aqui não é o Regazonni, mas sim o M16 da Mclaren. Ao contrário do que muita gente pensa o grande M23, o melhor Mclaren de sempre e um dos melhores carros de F1 de todos os tempos, baseou-se neste M16 Indy Car, principalmente nos M 16 A e B que correram em 1972 e que eram algo diferentes de carroceria deste C e dos que vieram depois, D,E e F.
Este carro correu no USAC até 1981, com varias versões de carroceria, e ganhou inúmeras provas e o campeonato um par de vezes. Como é fácil de ver as linhas são semelhantes às do M 23 de F1, sendo o layout geral do carro semelhante.
Claro que nesses anos 70 os Indy Cars tinham o dobro da potência dos F1 (1000 cv para 500), mas também eram mais pesados. Contudo eram mais rápidos que os F1, mesmo em autódromos à europeia, como se provou em 78 quando visitaram a GB e deixaram os F1 a cerca de 2,5 segundos tanto em Brands Hatch como em Silverstone.(já tinham turbo há vários anos e a F1 ainda estava a iniciar essa tecnologia, também ao contrário do que muita gente pensa)!
Na época da imagem o motor dominante ainda era o velho Offenhauser que datava dos anos 30 !!!,mas este Mclaren chegou a carregar motores Ford, entre eles o Cosworth de F1 com turbo que iria dominar a Indy Car nos anos seguintes.
Nessa época os monolugares da Indy influenciaram muito os F1 e, por exemplo, o grande Lotus 72, que muitos consideram o melhor F1 de sempre, baseou-se nos Lotus 56 turbina da Indy no final dos anos 60. Isto apenas para dar um exemplo. Por aqui se vê o avançado que estava a Indy car nesses tempos. Depois veio a perder esse avanço nos anos 80 e seguintes. Isto para não falar da Can-Am que foi a mãe de todas as inovações aerodinâmicas nos carros de competição até hoje (asas, efeito de solo, materiais exóticos, influência da aviação, etc).
Eram os gloriosos anos 70 onde a liberdade criativa dos carros não tinha nada a ver com o que se passa nos dias de hoje onde tudo está congelado e regulamentado.