Hamilton e Rosberg: Tão amigos que eles são…

Por a 26 Novembro 2016 19:02

Toto Wolff diz que os seus pilotos sabem que têm de ter ‘fair play’ na sua luta pelo título Mundial, e insiste que a Mercedes não vai interferir na luta. O austríaco é o chefe da equipa, tem que falar assim, mas sabe bem que é inútil dizê-lo, pois tal como sempre fizeram até aqui, qualquer um deles vai lutar no limite das suas possibilidades para tentar tirar vantagem disso mesmo. Agora, o leitor pode estar a perguntar-se o que cada um dos pilotos pode fazer abaixo da ‘linha’ do fair play? Simples. Nico Rosberg pode dar um ‘cacetada’ em Hamilton e acabar logo ali com o campeonato. Lembram-se de Michael Schumacher em 1994 e 1997? Uma correu-lhe bem, a outra mal. Rosberg é alemão mas não irá tão longe. Sempre foi duro quando teve que ser mas nunca deu sinais de fazer mais que isso. E quanto a Hamilton? Pode reduzir o ritmo, manter o pelotão a rodar compacto e isso é certo que vai incomodar Rosberg. Mas também ao fazê-lo se expõe ele próprio às ‘belezas’ do DRS. São estas as duas situações a que Toto Wolff se refere, sem o dizer.

Agora está ao caro leitor a pensar. Nem pensar, eles são tão amigos, cresceram juntos no desporto motorizado, nunca fariam algo desse estilo. Pois não. Ora veja só. Malásia 2013, terceira corrida juntos, Ross Brawn teve que dizer a Nico Rosberg para se ‘aguentar’ atrás de Lewis Hamilton, que terminou no pódio. O alemão ficou contentíssimo! Já na era híbrida, Hungria 2014, Hamilton não quis deixar passar Rosberg, que tinha uma estratégia diferente. Na Bélgica 2014, ambos colidiram quando disputavam a liderança. Toto Wolff disse na altura “não pode, nem vai acontecer outra vez”. Estava bem enganado…

No GP de Itália de 2014, Hamilton ‘obriga’ Rosberg a errar, na China 2015, Hamilton fez o que já disse que não vai fazer amanhã, reduziu o ritmo e expôs Rosberg aos ataques de Sebastian Vettel. Na Hungria, foi a vez de Hamilton mostrar o dedo a Rosberg depois de alegar que o alemão o empurrou para fora de pista. Não parece nada, mas veja você…

Mas o ‘troco’ não tardou e foi logo na partida do GP do Japão, quando ao arrancar de segundo, apertou Rosberg na primeira curva, e não colidiram por milagre. Algo semelhante sucedeu nos EUA, com Rosberg a tentar evitar que Hamilton chegasse desde logo ao título, mas o inglês deu-lhe novo chega para lá na primeira curva. No fim do ano e depois de três triunfos seguidos de Rosberg quando já era Campeão, Hamilton foi ‘simpático’: “Mais vale ser campeão do que ganhar corridas…”

Espanha 2016 esta bem presente na memória de todos, foi a corrida de estreia de Max Verstappen na Red Bull, e foram os dois homens da Mercedes a abrir-lhe o caminho, ao baterem antes da curva quatro. Ainda hoje não se sabe se era só o motor de Rosberg que estava no ‘modo’ errado ou ‘apenas’ o cérebro de ambos… Áustria 2016. Pela segunda vez em cinco corridas, novo encontro imediato de Rosberg e Hamilton, com o inglês a tentar chegar à liderança na última volta, até Rosberg decidir mudar um bocado a trajetória da curva e…’lixou-se’. Mesmo assim, ‘safou’ um quarto lugar…

O resto do campeonato tem sido mais calmo, e pela primeira vez desde que correm juntos, Rosberg é o piloto com o nariz à frente nesta luta pelo título. Se terminar no pódio, nem precisa de passar cartão a Hamilton. Como vai ser, amanhã veremos. Esperemos é que não se acrescente nada a esta lista…

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2 Comentários
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anibalrusso
anibalrusso
8 anos atrás

Pois é e também me lembro das cacetadas do Prost e do Senna em 2 anos seguidos e que também valeram títulos.

Kimi Iceman
Kimi Iceman
8 anos atrás

Hungria 2015 foi burrice, não me parece que o Rosberg o estava a meter para fora da pista.

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