Escapatórias em asfalto geram forte discussão da Fórmula 1
O Grande Prémio do México de Fórmula 1 fez surgir uma nova questão na disciplina que passa por como impedir os pilotos de saírem de pista depois de cometer um erro numa qualquer curva, sem que com isso sofram consequências. Na prova mexicana isso foi visto em variadíssimos casos e isso resulta do que são as mais recentes pistas da F1 de hoje. Há, claro, ainda circuitos em que isso é muito penalizador, mas isso já quase se reduz aos citadinos. No México, Lewis Hamilton, Nico Rosberg e Max Verstappen estiveram envolvidos em situações dessas.
Logicamente, o sucedido levou a que surgisse um grande debate sobre a questão e Juan Pablo Montoya dá uma solução que resolvia a questão num abrir e fechar de olhos: “Substituam as escapatórias de asfalto por gravilha e a questão termina num segundo”, disse o colombiano, que é do tempo em que elas existiam na F1, e era assim que se fazia a diferença entre os bons e os menos bons.
Daniel Ricciardo tem opinião semelhante: “Sou adepto das escapatórias em gravilha, porque punem os pilotos, mesmo que em alguns casos seja possível sair de lá. Fica-se com pedras nas entradas de ar e pneus e isto elimina a vantagem de cortar caminho e tirar benefícios disso. A FIA não está com muita vontade de voltar a utilizar escapatórias de gravilha alegando razões de segurança, pois um F1 a alta velocidade na gravilha o mais provável é capotar. O acidente de Fernando Alonso na Austrália é um bom exemplo do que sucede quando um carro a alta velocidade atinge a gravilha.
Nico Hülkenberg apresenta outra solução ao referir que “podem colocar pinos e obrigar os pilotos a contorná-los caso saiam de pista, tal como sucede na primeira chicane de Monza. Basicamente, esta é mais uma questão que diminui o interesse das corridas, pois no passado a disciplina sempre teve circuitos com gravilha e os pilotos viviam bem com isso. Com a construção de imensos novos circuitos, perderam-se quase na totalidade as escapatórias de gravilha e começou este novo problema do asfalto à volta das pistas.
Apesar de já não fazer parte da F1 há vinte anos, o traçado do Estoril é um bom exemplo duma pista que não perdoa nada aos pilotos e curiosamente essa foi uma das razões que muitos pilotos preferiram rumar ao Algarve para o European Le Mans Series. Pois é, o Estoril é para os bons, não é para qualquer um…
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Não é uma situação nova, seria apenas uma questão de tempo para que se tornasse num tema central, bastava apenas que os pilotos da frente estivessem envolvidos. O mesmo vai acontecer com a lei Verstappen, uma regra muito dúbia de difícil analise que mais tarde ou mais cedo vai fazer correr muita tinta. É claro que a F1 como desporto de topo não pode conviver com isto, o erro tem de ser punido e a diferença entre os bons e os menos bons tem de ser clara, seja com gravilha, pinos ou paredes. O que aconteceu no México não pode… Ler mais »
Concordo quando refere a dificuldade em se avaliar a “lei Verstappen”. Acho que é uma regra importante, até pela brincadeira do próprio VES na Hungria com o KIM e no Japão com HAM, mas também considero muito difícil de avaliar, em especial a “olho nú”. Por exemplo, não concordo com a penalização do VET no México, apesar de ser grande fã do RIC. Mas lá está, não tenho os dados de telemetria que os comissários desportivos dispõem. Em suma, é uma lei que muita polémica há de dar, em especial se o VES for capaz de lutar pelo título no… Ler mais »
Não considero que a manobra na Hungria tenha sido ilegal, foi uma defesa no limite e em boa verdade brilhante na minha opinião. Na Bélgica acho que foi diferente, a alta velocidade fez o seu movimento de defesa bem depois de o Kimi já ter escolhido o sitio por onde atacar e por isso ia causando um acidente que podia ter sido feio. Sendo uma lei difícil de ajuizar correctamente porque cada caso é caso, na dúvida os pilotos vão evitar a “defesa” e os duelos roda á roda, no fundo vão evitar dar espectaculo. De referir também que com… Ler mais »
É tão fácil corrigir esta “polémica”. Metam pinos ou blocos que os pilotos tenham forçosamente que ziguezaguear e pronto, qualquer vantagem de tempo que poderia ganhar fica perdida nesse “slalom”.
Penso que essa seria uma solução a considerar. As equipas iam gostar pois não ficam com os carros fora da corrida ao mesmo tempo garantindo que ninguém ganha vantagem (pelo contrário perde bastante tempo). Muito melhor do que do que aplicar penalizações à posteriori.
Cada piloto tem a sua câmara montada logo fácil de saber quem corta quem sai largo etc no final da cada 10 voltas sai a penalização ou se não se quiser, ao tempo total é adicionado x pontos ou segundos, décimas….. o que se quiser de penalização.
É isto. Sem tirar nem pôr.
Embora no passado já houve quem cortasse escapatórias de gravilha e continuaram a corrida. Por isso não é assim tão linear. além que as escapatórias são autênticas armadilhas para carros a alta velocidade.
Para mim as escapatórias deviam ser metade asfalto e metade gravilha, com uns pinos em local apropriado (no asfalto) para evitar os chicos espertos.
Convém não esquecer que as pistas não são para uso exclusivo dos automóveis e que as motas não abrandam no asfalto ao contrário dos carros..
Não se esqueçam das escapatórias em relva, como a foto bem ilustra.