Fórmula 1: O essencial da semana

Por a 24 Setembro 2016 07:29

É imensa a informação que todas as  semanas surge sobre Fórmula 1, e por isso, tendo em conta que lhe pode ter escapado alguma coisa, fique com o essencial da semana relativamente à disciplina de topo do desporto automóvel…

POTÊNCIA DOS MOTORES DO MEIO DOS ANOS 80 VOLTOU À FÓRMULA 1

Não é novidade na Fórmula 1 – todos se lembram dos motores de qualificação a meio dos anos 80 na F1 – mas a ter acontecido, é novidade nos tempos mais recentes, pois há muito não se ouve falar de 1000 cv na F1. Segundo rezam as crónicas, a Mercedes pode ter quebrado essas barreira em qualificação. A unidade motriz da Mercedes, e não só, já está acima dos 900 cv, mas diz-se agora que já estarão a ultrapassar os 1000 cv em determinados momentos das voltas de qualificação, logicamente, através de uma eletrónica de motor que o permite, no caso de um ‘power boost’.

Nada disto pode ser confirmado, já que os técnicos liderados por Andy Cowell, chefe da Mercedes AMG High Performance Powertrains nada vão dizer, pois o segredo é a alma do negócio. Contudo, fontes que estão normalmente muito bem informadas revelaram que a mais recente versão da sua unidade motriz, introduzida pela Mercedes em Spa já estará a debitar qualquer coisa como 993 cv, mas o Motorsport.com, alega que possui testes que ‘provam’ os 1000 cv, alcançados nas derradeiras voltas da Q3, altura em que os pilotos têm uma espécie de power boost que pode durar 50 segundos. Ao que parece, o botão mágico ‘vale’ 81 cv, e se assim for a Unidade Motriz debita em versão de corrida qualquer coisa como 915 cv.

Desconhecem-se os valores ao certo, mas se os valores de 993 cv se confirmarem, convém não esquecer que 162 vêm dos sistemas de recuperação de energia, MGU-H e MGU-K, o que significa que o motor de combustão interna vale 831 cv. Ainda assim, um valor fantástico para um motor 1.6 litros turbo, tendo em conta que tem limites de fluxo de combustível, de 100 Kg por hora a 10.500 rpm. O motor 1.6 litros turbo da Mercedes, em versão de corrida estará a produzir 760 cv uma valor um pouco acima do motor da Ferrari, o 061/1, isto com a Renault e Honda um pouco mais longe. O que estará a fazer a diferença é o pico disponível para os Mercedes em qualificação e provavelmente em alguns momentos das corridas…

F1: HONDA EXPANDE FÁBRICA E JÁ PENSA EM SEGUNDO ‘CLIENTE’

A Honda expandiu a sua base de operação da Fórmula 1 em Milton Keynes de modo a poder num futuro próximo passar a fornecer uma segunda equipa de F1, revelou Yusuke Hasegawa. Contudo, sabe-se também que a McLaren tem direito de veto, se sentir que o acordo vai contra os seus interesses: “Para já não temos espaço para poder fornecer outra equipas, mas devemos ser esse tipo de construtor. Temos que preparar mais recursos e organização. Talvez no final do próximo ano isso já seja possível. Para já construímos uma fábrica maior em Milton Keynes, não é enorme, mas para já, suficiente. Portanto se prepararmos um segundo motor para uma nova equipa temos que contratar gente, engenheiros. Para já, temos muitas secretárias livres para eles…”, disse Hasegawa, cuja unidade motriz, segundo confessou, “está um pouco acima do motor da Ferrari do ano passado, mas ainda abaixo das unidades motrizes da Renault e Ferrari”.

F1: TESTES PRÉ-ÉPOCA DE 2017 SERÃO EM BARCELONA

A Pirelli estabeleceu um acordo de princípio com as equipas de Fórmula 1 relativamente aos dois testes de pré-temporada da F1, e em princípio, se nada mudar, os testes serão em Barcelona. A Pirelli pretendia testar os novos pneus de 2017 num país quente e por isso chegou a aventar-se a hipótese de ir para localizações menos suscetíveis de haver mau tempo, e nesse particular Jerez, Valência ou Estoril são bem menos arriscadas do que Barcelona. Houve mesmo a hipótese de rumar à Ásia, mas tudo ficou sem efeito. Pelo que se percebe, estas hipóteses são agora menores, mas isso não significa que algo mude entretanto. O primeiro teste está agendado para 27 de fevereiro, durará quatro dias, e o segundo foi marcado para 7 de março, e terá a mesma duração.

LANCE STROLL NA WILLIAMS EM 2017

O assunto anda no ar há muito, já não subsistem muitas dúvidas que Lance Stroll vai mesmo estrear-se na Fórmula 1 em 2017, mas o timingo do anúncio é estabelecido pela equipa, e isso pode suceder a qualquer momento. Será o regresso de um piloto canadiano à F1. Desde que Jacques Villeneuve saiu da F1 em 2006, que o Canadá deixou de ter qualquer piloto na F1, Robert Wickens foi quem esteve mais perto, já que foi piloto de reserva da Marussia em 2011, mas nunca competiu. Para além de Jacques Villeneuve, que foi Campeão em 1997, claramente o piloto que mais se destacou foi o seu pai, Gilles Villeneuve, que morreu em 1982 na qualificação do GP da Bélgica, em Zolder. Recorde aqui uma recente entrevista que o Autosport fez a Lance Stroll:

Lance Stroll

UMA CURVA DE CADA VEZ

O caminho para a Fórmula 1 é árduo, e nem mesmo para Lance Stroll, filho de um bilionário canadiano, se pode considerar que são favas contadas. É certo que pode contar com o apoio do pai, mas o trabalho que o jovem tem vindo a fazer está claramente a afastar a ideia que lá vai chegar… porque sim!

Lance Stroll tem 17 anos, um pai bilionário, com um enorme iate ancorado na Grécia, e qualquer um de nós com a mesma idade talvez preferisse gozar as vantagens de nada ter que fazer, porque o que se quiser ter, cai do céu. Mas não é assim com o piloto canadiano, que um dia sonhou ser piloto de F1. Como todos os sonhos, uns são apenas isso, sonhos, mas para Lance Stroll foram o ponto de partida para uma luta que entra agora na fase final, Ainda não há muitos meses, em 2015, o rookie da F3 tinha acidentes aparatosos e sofria com a pressão de querer fazer bem e depressa. Com a ajuda do seu Diretor Desportivo Desportivo português, Nuno Pinto, Stroll tem nesta segunda época de F3 provado com cada vez mais intensidade que vai mesmo chegar à F1, sem permitir que as pessoas pensem que isso se deve única e exclusivamente ao dinheiro do pai. Seria hipocrisia dizer que não ajuda, mas simplesmente para que Stroll tenha todas as condições para evoluir. E o piloto tudo tem feito para mostrar que merece a oportunidade que vai ter a médio prazo, mas se já está preparado ou não, a conversa é outra e o discurso é cauteloso: “Para ser honesto não sei se estou preparado. Alguns dizem que sim, outros dizem que não. Ainda outros são de opinião que é preciso dar tempo ao tempo, mas do meu ponto de vista, primeiro preciso de pilotar um F1, num futuro próximo, espero. Penso que quando tiver testado várias vezes terei uma ideia melhor se estarei preparado ou não”, começou por dizer o piloto que este ano se nota que está bem preparado mentalmente: “Não tenho pressa em chegar à F1. Não quero fazer as coisas demasiado depressa, mas sim bem”, assegura.

Lance Stroll foi o ano passado rookie na F3, e este ano lidera o campeonato com grande à vontade, mesmo com os azares de Zandvoort, em que uma peça mal construída por um fornecedor o levou a ser desclassificado das qualificações 2 e 3, fazendo com que partisse do final da grelha: “O ano passado foi o meu ano de estreia na F3, aprendi muito, também cometi alguns erros, mas a velocidade nunca foi um problema. O Félix [Rosenqvist] era claramente a minha referência. Foi um ano de aprendizagem, mas a segunda parte da época já foi muito melhor que a primeira. Aprendi de corrida para corrida, o meu entendimento do que é a F3 foi sempre crescendo e este ano julgo que entrei mais confiante. As minhas performances em qualificação e corrida são o reflexo da minha evolução”, disse Stroll. que tem recebido muita ajuda de Nuno Pinto, diretor desportivo da Prema Power Team: “O Nuno ajuda-me imenso! Na Prema trabalhamos como equipa. Todos têm um papel importante, mas claramente o Nuno é quem o faz mais diretamente. Vai para a pista certificar-se de que estou a fazer as trajetórias certas ou que estou a rodar com a velocidade correta em cada curva, mas todos têm um papel importante. O Nuno é com quem mais trabalho ao longo dos fins-de-semana e temos criado uma excelente relação de confiança. Ele é um membro muito importante da equipa”, disse.

Lance Stroll está quase com um pé na F1, e por isso vai ‘receber’ uma herança pesada, pois será quase certamente o próximo piloto canadiano na F1: “Ficaria muito orgulhoso se fosse o próximo piloto canadiano a ir para a F1. Há muito tempo que não há um bom piloto na disciplina, mas o meu foco não está nessa questão. Apenas quero o melhor para mim”, disse, antes de revelar o seu ídolo na modalidade: “Michael Schumacher. Quando era um miúdo pequeno e estava a crescer, aos domingos de manhã pela TV era o piloto do carro vermelho que ganhava corridas. Era o meu ídolo”. E quando começou este sonho? “No princípio só queria era correr. Comecei aos oito anos no karting e a partir daí tudo se foi tornando mais sério a cada época que passava. Foi quando fui para a Academia da Ferrari que pensei em vir a tornar-me piloto de F1. Até aí era mais um hobby. Era mais pelo divertimento. Claro que aos 10 ou 11 anos a F1 já era um grande sonho e quando aos 12 e 13, quando vim para a Europa competir no karting e fui integrado na Ferrari, foi aí que senti que queria dar esse passo”

APRENDIZAGEM PROGRESSIVA

Lance Stroll é atualmente piloto de testes da Williams, mas para já o seu trabalho limita-se ao simulador, para onde vai, por vezes dois e três dias por semana, momentos em que podia estar a gozar a vida de um jovem de 17 anos ‘normal’. Mas, afinal, o que mais tem vindo a fazer com a equipa de Grove? “De momento a grande parte do meu trabalho é com a Prema, a F3 é o meu foco principal e com a Williams, quando tenho oportunidade, estou presente nos Grandes Prémios para interagir com a equipa, apreender todos os detalhes. Eles estão a supervisionar o meu trabalho na Prema, mas o que quero mesmo é terminar o campeonato muito forte na F3”, disse o piloto, ciente que só isso lhe dará os pontos que precisa para a super licença da F1: “Para já somente ainda estive no Mónaco e Canadá, porque o calendário da F3 conflitua muito com a F1. É um mundo muito profissional, naturalmente, é o pináculo do desporto automóvel, mas surpreendentemente aqui na Prema não sinto que haja enormes diferenças, porque na nossa equipa estamos a trabalhar a um nível semelhante às equipas de F1. Temos gente muito profissional nesta equipa. Claro que a F1 está a um nível mais elevado, mas a mentalidade e o profissionalismo na Prema é tão alto quanto na F1. Quando estou com a Williams não vejo enormes diferenças com o que na Prema se faz”, referiu o canadiano, que está muito perto de testar um F1: “Irei fazê-lo num futuro próximo, mas não sei ainda as datas certas. Mas é a F3 o foco principal, não quero começar com multitarefas. Uma curva de cada vez, uma volta de cada vez.”

O ‘treino’ de Lance Stroll não se nota só em pista, pois nem uma pequena rasteira deixa passar em claro. Quando lhe perguntámos se alguma vez pensou nos objetivos para a F1, voltou a fazer uma ‘volta rápida’: “Em primeiro lugar, quero chegar lá. Depois se chegar lá, ou quando chegar lá, será como em todas as competições em que já estive, a primeira época é para aprender e a segunda para obter resultados”, disse, ‘descrevendo bem a curva’. E vida para além da F1? – desafiámos: “Quero fazer F1, mas gostava também de fazer as Indy 500, as 24 Horas de Le Mans. Há muito mais corridas para lá da F1. Existem muitas outras categorias muito interessantes. Por exemplo, adorei Daytona…”

F1: MCLAREN ‘NEGA’ APPLE, MAS…

A McLaren negou que esteja em discussões com a Apple tendo em vista um investimento da gigante de tecnologia norte-americana. Foi Michael Flewitt, Chefe Executivo da McLaren confirmou isso mesmo numa curta declaração, mas deu uma no cravo e outra na ferradura ao deixar no ar que pode estar a acontecer qualquer coisa: “Como podem calcular, a natureza da nossa marca significa que por vezes temos conversas confidenciais com muita gente, mas são confidenciais”, disse.

O Financial Times revelou que a Apple entrou em contacto com a McLaren para um investimento estratégico ou mesmo uma compra. Recorde-se que o McLaren Technology Group, que inclui a equipa de Fórmula 1, McLaren Automotive e a McLaren Applied Technologies é detida em 55 por cento pela Mumtalakat Holding Company, o braço investidor da família real do Bahrein. Os dois maiores acionistas seguintes são a TAG Group Ltd, com 11 po cento e o presidente da McLaren, Ron Dennis, com dez por cento. O Grupo McLaren vale atualmente entre 15 e 23 mil milhões de euros.

TROCAS E ‘BALDROCAS’ NOS PLANTÉIS DA FÓRMULA 1

A música da dança das cadeiras da Fórmula 1 pode ‘tocar’ a qualquer momento, pois não deve andar longe a confirmação de Lance Stroll na Williams, e por isso fazemos agora um ponto da situação quanto ao que já se sabe do plantel de 2017.

Para além do jovem canadiano, Lance Stroll, que já iniciou um programa de testes com um Williams de 2014, num ambicioso ‘curso intensivo’ que visa dar ritmo de F1 ao jovem canadiano antes deste iniciar as suas funções oficiais na equipa (se for confirmado, claro), Valtteri Bottas, que curiosamente também ainda não foi anunciado para 2017 na Williams, deverá ser o seu companheiro de equipa.

Outros nomes de que se fala são Alex Lynn, mas a sua má época na GP2 prejudicou-o enquanto Felipe Nasr também foi ligado à equipa, mas contra os 35 milhões que se fala Lawrence Stroll pode investir na equipa, pouco há a fazer.

Na Force India, Vijay Mallya confirmou Nico Hulkenberg e Sergio Pérez mais um ano, mas no caso do mexicano isso não é líquido, embora seja provável, ainda que a Renault possa interferir. A ideia é Pérez ficar mais um ano na Force India e rumar à Ferrari em 2018. É nisso que o mexicano aposta…

A Renault tem múltiplas escolhas. Kevin Magnussen, Jolyon Palmer, Esteban Ocon e fala-se mesmo em fazer um acordo com a Red Bull/Toro Rosso para ter Carlos Sainz. A Red Bull teria um desconto nos motores em troca do piloto, sendo lógico que esse desconto significaria que a Tag Heuer, que paga os motores, passaria a entregar parte do dinheiro à Red Bull ao invés do mandar para a Renault. Valtteri Bottas e Sergio Pérez não podem ser descartados, e por isso a Renault protelou o anúncio dos seus pilotos.

Na Toro Rosso, com a possível saída de Carlos Sainz, à incerteza de Daniil Kvyat, junta-se a forte probabilidade de Pierre Gasly, líder da GP2, chegar a Faenza. Se Carlos Sainz sair, Kvyat fica com Gasly, se o espanhol ficar, Kvyat deve sair para entrar Gasly. Simples… ou não!

A Sauber tem agora novos donos, a Longbow Finance, que está ligada aos patrocinadores suecos de Marcus Ericsson, e por isso é seguro dizer que o sueco irá permanecer em 2017, e o mesmo deve acontecer com Felipe Nasr, pois o apoio do Banco do Brasil pode não chegar para ir mais além, sendo a Sauber a solução lógica e a Manor uma mera hipótese.

Na Manor, Pascal Wehrlein é praticamente certo, a não ser que seja necessário preencher um lugar vago na Force India. Se Esteban Ocon sair para a Renault, Rio Haryanto pode regressar, sendo Felipe Nasr também referido como candidato. Outro piloto de que se fala é Alexander Rossi, que surpreendeu na Indy 500, mas teve muitos altos e baixos durante a época.

Na Haas é quase certa a manutenção de Romain Grosjean mas o futuro de Esteban Gutierrez não é certo. São muitos os erros que já cometeu este ano, e a equipa nada diz quanto ao seu futuro. Se o mexicano não ficar, talvez o líder da GP3 series, Charles Leclerc seja a solução. Portanto, como se percebe há muita volta a dar ainda este ano.

FÓRMULA 1 COM QUATRO VEZES MAIOR RESOLUÇÃO…

A Fórmula 1 prepara-se para dar um passo que pode fazer uma boa diferença quando os adeptos testemunharem o que é ver desporto motorizado em Ultra Definição, ou 4K como também é conhecido. A primeira transmissão em Ultra High Definition (UHD) foi realizada no passado fim de semana no GP de Singapura, naquele que é o primeiro passo para o fazer em todos os Grandes Prémios já a partir do início de 2017. A Tata Communications, contou com a colaboração da Sky F1, avançou com a primeira transmissão, e o teste correu bem, sendo de esperar no próximo ano Fórmula 1 com uma resolução duas vezes maior ao standard de Alta Definição, 1080 (4K UHD tem o dobro da resolução horizontal e vertical do formato 1080 HDTV com quatro vezes mais pixels em geral) . Para quem tenha a possibilidade de ter uma TV 4K, e possa ver F1 com este nível de resolução vai facilmente concluir que passou a ver um espetáculo completamente diferente…

F1: APPLE QUER COMPRAR MCLAREN

A Apple está em conversações para adquirir a McLaren, de acordo com o jornal americano Financial Times. A empresa americana de tecnologias de informação e multimédia poderá adquirir todas as operações da equipa britânica de Fórmula 1, incluindo a produção de automóveis de estrada, falando-se num valor de aquisição em redor dos 1500 milhões de euros.

De acordo com vários rumores não confirmados, a Apple está interessada em entrar no mercado automóvel, aproveitando o surgimento de novas tecnologias como a mobilidade autónoma e motores elétricos, áreas onde poderá aproveitar para se adiantar a construtores tradicionais. O seu projeto, o Titan, deverá ter sido aprovado em 2014, com vista a entrar em produção em 2020.

Com esta aquisição, a Apple poderá aproveitar os conhecimentos do Grupo McLaren em várias áreas, nomeadamente na integração de sistemas eletrónicos para automóveis, bem como na produção de polímeros de fibra de carbono para carroçarias. Embora seja conhecida pela sua gama de supercarros, como o 650S e P1, a McLaren também fornece estes sistemas para outros construtores automóveis.

Mas o que mais interessa para os fãs é qual será o futuro da equipa de F1. Dadas as recentes alterações na estrutura da chefia do desporto automóvel mais famoso do mundo, a perspetiva de expansão de conteúdos exclusivos de multimédia à Internet poderá vir ao encontro da Apple, que assim estaria em condições de aproveitar não só publicitar os seus produtos como também usar as suas plataformas para divulgar esses mesmos conteúdos da F1.

F1: SERÁ QUE A FERRARI ‘SOFRE’…POR ESTAR EM ITÁLIA?

Flavio Briatore tocou num ponto relativo à Ferrari que muita gente entende ser um dos problemas da Scuderia, que não tem conseguido reunir equipas técnicas que coloquem os seus carros na luta pelas vitórias. Sendo verdade que a Mercedes trabalhou melhor aquando da mudança das regras, em 2014, também é verdade que equipas com os orçamentos da Red Bull e da Ferrari já deviam ter reduzido mais a margem que as separa dos alemães.

Sendo certo que os responsáveis da Red Bull foram arrogantes com a questão do motor e pagaram por isso, sendo-lhes vedado um motor mais competitivo, tendo que permanecer mais tempo com a motorização da Renault, que está cada vez melhor e já deixou de ser um problema, já a Ferrari, tem claramente um problema de pessoas e de métodos, que não de orçamento.

Segundo Flavio Briatore, a Ferrari deveria ter um centro tecnológico em Inglaterra, e explica porquê: “Já o digo há muito tempo, a Ferrari sempre foi uma grande construtor, e por isso devia ter um centro tecnológico em Inglaterra. Para vencerem, levaram-me 12 engenheiros da Renault, e isso prova que construí um bom ‘edifício’ entre a Red Bull, McLaren e Williams,” disse Briatore.

O que o italiano quer dizer é que não é tão fácil para a Ferrari ir buscar bons elementos, pois a grande maioria para aceitar ir para Itália, Maranello, tem que receber um cheque enorme, que justifique claramente a mudança de país. Imagine isto multiplicado pela quantidade de gente que é necessária. Veja-se a quantidade de equipas que estão sediadas em Inglaterra, Mercedes, Red Bull, Williams, Force India, McLaren, Manor, Renault (divide-se entre França e Enstone) e Haas. Só a Sauber (Hinwill, Suíça), Toro Rosso (Faenza, Itália). Logicamente, há bons engenheiros em Itália, mas é lógico que havendo oito equipas em Inglaterra é muito maior a diversidade da escolha. Quer um exemplo? A Ferrari não conseguiu levar Adrian Newey de todas as vezes que tentou e o problema nunca foi o dinheiro…

PADDOCK DA FÓRMULA 1 JÁ ‘VÊ’ ROSBERG CAMPEÃO

Se perguntarmos a dez pessoas minimamente conhecedoras de Fórmula 1 quem é o melhor piloto, Lewis Hamilton ou Nico Rosberg, provavelmente nove respondem que e o inglês, mas se os questionarmos também sobre quem vai ser Campeão este ano a resposta já é bem capaz de andar pelos ’50-50′, pois o que tem vindo a fazer Nico Rosberg está a ‘virar’ muita gente.

No paddock da F1 já se ouve cada vez mais que Nico Rosberg será coroado Campeão do Mundo de F1: “Calmo, equilibrado e otimista”, diz sobre ele a La Gazzetta dello Sport: “O excecional caráter de Rosberg é perfeito para o duelo com Hamilton.”

O francês L’Equipe refere que Hamilton tem sido uma “sombra de si próprio” acrescentando o Corriere della Sera que Rosberg “está no seu melhor” o que está a colocar Hamilton em crise. Muitos já falam também no ponto de viragem que dizem ter sido o GP da Singapura, corrida em que Rosberg passou pelo primeiro vez em muito tempo novamente para o comando do Mundial: “Desde Spa que Rosberg parece estar mais estável que Hamilton,” disse a lenda da F1 Sir Jackie Stewart ao suíço Blick “Vejo-o como novo Campeão do Mundo”. Já sobre Hamilton o Blick é duro “Desde as quatro semanas de festas no verão, não voltou a vencer uma corrida. Hamilton é um grande talento, mas também um pouco ‘rapper’ e quem quer ser Campeão do Mundo tem que se concentrar mais no que está a fazer. Se fosse ele, olhava um pouco menos para a música e mais para a F1” escreveu o articulista do Blick.

É óbvio que Nico Rosberg está na mó de cima e Hamilton tem tido dificuldades para se reencontrar com as vitórias, e é necessário que reaja rapidamente e trave o efeito bola de neve de Nico Rosberg, se estiver para aí virado, claro…

F1: VALTTERI BOTTAS SEM CINTOS A 300 KM/H!

O último Grande Prémio de Singapura ficou marcado por uma falha nos cintos de segurança do Williams de Valtteri Bottas, num momento em que o piloto viajava a mais de 300 km/h. Um dos suportes do dispositivo soltou-se sem razão aparente, e apesar de o problema ter sido solucionado numa ida às boxes, a quebra de segurança preocupa a equipa de Grove, que definiu o assunto como prioritário, “Temos que identificar o motivo para se ter soltado. É muito preocupante que tenha acontecido enquanto o Valtteri pilotava a essa velocidade”, reconheceu Rob Smedley, antigo engenheiro de Felipe Massa e atual Chefe de Desempenho da equipa fundada por Frank Williams. O caso não é inédito, com Bottas a sofrer um episódio semelhante no Grande Prémio do Brasil de 2014. Smedley, no entanto, insiste que os dois incidentes não têm correspondência: “Não penso que seja um problema semelhante, mas está relacionado com os cintos de segurança. Como sempre, temos apenas que proceder à análise correta e agir da forma mais rápida possível. O essencial é corrigirmos o problema para a Malásia e perceber o que aconteceu. Não tivemos qualquer problema esta temporada com os cintos de segurança, por isso é preocupante que algo assim tenha simplesmente acontecido”.

F1 – ALONSO: “TENHO MAIS QUE FAZER SE OS F1 NÃO FOREM EMOCIONANTES DE GUIAR”

Fernando Alonso continua a olhar de lado para as alterações aos regulamentos da F1 e já veio deixar um aviso à navegação: “No próximo ano, os carros vão ser mais velozes, vão exigir mais fisicamente dos pilotos. Espero contudo que a F1 volte a ser atrativa para os pilotos. Se mesmo assim continuarmos numa filosofia de mais de poupar do que atacar, então vou pensar se continuo ou não”. O piloto espanhol que já classificou os atuais monolugares de “chatos” tem contrato com a McLaren, mas continua a insistir que se os carros da Fórmula 1 continuarem como estão com as mudanças que se anunciam no regulamento para 2017, ele vai procurar outros caminhos.

Em declarações à rádio espanhola Cadena Ser, o bicampeão do mundo, com 35 anos de idade, reiterou que a possível saída da F1 não significará o fim da carreira. “Sempre disse o mesmo nos dois últimos anos. Acho os carros de hoje menos atrativos. A sensação ao pilotá-los não é a mesma que a F1 proporcionava nos meus dez primeiros anos na categoria”.

Para Alonso hoje em dia os pilotos “passam a corrida toda a poupar pneus, combustível e a ir contra o instinto natural de um piloto, que é extrair o máximo do carro”, afirmou.

O piloto espanhol da McLaren não dúvidas que: “As novas regras vão exercer um papel fundamental. Se os carros forem divertidos de guiar e sairmos deles com aquele sentimento de surpresa que a F1 sempre teve, então sentimos que nos divertimos independentemente dos resultados. Por isso creio que nos próximos 12 meses, vamos ver em que condições vamos estar e eu vou ver se estarei disposto a continuar. Precisamos esperar para ver”.

F1: FAMÍLIA DE SCHUMACHER PERTO DE GANHAR PROCESSO A PUBLICAÇÃO ALEMÃ

A família de Michael Schumacher pode estar perto de vencer na barra dos tribunais o processo movido contra a publicação alemã, ‘Bunte’, que afirmou que o sete vezes campeão do Mundo de Fórmula 1 já conseguia caminhar. É esperada que a resolução deste caso não ocorra antes de outubro, no entanto o advogado da família Schumacher, Felix Damm, já foi bem claro quanto ao atual estado do antigo piloto da Ferrari. “Ele não consegue andar”.

Para já enquanto não é conhecida a decisão final deste caso, sabe-se apenas que indemnização à família do alemão poderá chegar aos 100 mil euros devido aos danos causados por esta história. Recorde-se que neste momento Michael Schumacher está na sua casa, na Suíça, onde prossegue o tratamento devido às lesões sofridas em dezembro de 2013 no acidente de esqui da estância de Méribel.

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