Crónica: E se a Fórmula 1 der o ‘Brexit’?
O recente referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia teve ecos por todo o mundo, e fez com que a libra caísse para mínimos históricos. Mas é impossível deixar de antever como será um futuro na UE sem os países da Grã-Bretanha, e que impacto é que essa decisão terá na Fórmula 1, onde a maior parte das equipas tem a sua sede.
Do lote atual, apenas a Ferrari, Sauber e Toro Rosso se encontram fora desta equação. Só que ainda assim serão implicadas, pois é preciso não esquecer que os custos com transportes, seja do carro, mecânicos e peças para o Grande Prémio de Silverstone, por exemplo, seja de material relativo a fornecedores, muitos deles baseados no Reino Unido, também irão sofrer alterações. E que esse pagamento muitas vezes é feito em libras… e não em dólares!
Por outro lado, sabendo do que as espera, poderá a Mercedes, por exemplo, deslocar-se para Estugarda e perder a tão famosa ligação Brackley-Brixworth (o último, o local onde são feitos os motores) que tantos sucessos lhe tem trazido desde a era híbrida/V6 turbo? E a Renault? Poderá deixar Enstone rumo a Viry-Chatillon? Até a Red Bull, supostamente sem alternativa, poderia aproveitar a estrutura da Toro Rosso em Faenza e mudar-se para lá…
Por fim, o que poderá acontecer à saúde financeira das equipas, já de si diminuída, e ao próprio GP de Silverstone, que durante algum tempo também esteve em risco de desaparecer do calendário, num momento em que Ecclestone continua virado para as economias emergentes e para fora do continente europeu à procura de interessados que queiram receber uma prova do seu campeonato?
Enquanto pensa no assunto, fique, a título de curiosidade, com uma lista da base das equipas:
Ferrari/Itália/Maranello, Itália
Force India/Índia/Silverstone, Inglaterra
Haas F1 Team/EUA/EUA, Itália e Banbury, Inglaterra
Manor/Inglaterra/Banbury, Inglaterra
McLaren/Inglaterra/Woking, Inglaterra
Mercedes/Alemã/Brackley, Inglaterra
Red Bull/Áustria/Milton Keynes, Inglaterra
Renault/França/Enstone, Inglaterra
Sauber/Suíça/Hinwil, Suíça
Toro Rosso/Itália/Faenza, Itália
Williams/Inglaterra/Grove, Inglaterra
André Bettencourt Rodrigues
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Por acaso até conheço um local com um clima excelente e que em parte até faz lembrar a Inglaterra, tal é a quantidade de ingleses por aqueles lados.
Bem que podiam aproveitar para se deslocarem para o Algarve, o AIA e os portugueses aceitávamos-os de braços abertos..
Se cada português der 2 euros, talvez consigamos.
O que a F1 precisa é de um Berniexit o mais rápido possível.
essa foi boa
Não acredito que haja um êxodo. Talvez a Renault e a Mercedes sejam tentadas a isso, porque são construtores, mas nunca a Red Bull que é uma equipa 100% Inglesa (garagista), e a mudar-se para Itália, faria mais sentido vender tudo e assumir a TR como equipa principal. Vijay Malya de certeza que não vai levar a Force India para a India, e dadas as relações previligiadas entre os dois países, não deve precisar de a trazer para o continente. De qualquer forma, são Empresas com uma dimensão e um volume de negócios que facilitarão acordos com o futuro governo… Ler mais »
Façam as sedes em Portugal… Perto do circuito do Algarve, têm montes de sol e boas condições de vida, trabalhadores mais baratos e o governo até assina contrato com vocês que se não obtiverem lucro, eles pagam-vos o dobro daquilo que vocês pediram. Pronto, não é suficiente? E se pagarmos a conta se forem à falência? O povo depois paga, não se preocupem.
A Mercedes vai ser a primeira a tomar essa medida: vai tomar de assalto a AutoEuropa e tirar de lá a Volkswagen.