Haas F1: “Queremos conquistar pontos no primeiro ano”

Por a 6 Fevereiro 2016 12:10

Dentro de três semanas, a nova equipa Haas F1 Team terá o seu carro pronto para os primeiros testes de pré-época em Barcelona. A estrutura norte-americana tem gerado muita expetativa devido à colaboração com a Ferrari, o que também contribuiu para que garantisse dois pilotos de perfil elevado – Romain Grosjean e Esteban Gutierrez, embora o francês esteja claramente à frente do colega mexicano na experiência e resultados até aqui obtidos.

Numa entrevista ao motorsport.com, o diretor de equipa Guenther Steiner reconhece que a Haas F1 quer “conquistar pontos no primeiro ano”, apesar de anteriores recém-chegados à Fórmula 1, como a HRT e a Caterham, terem estado muito longe de consegui-lo, e a Manor (antiga Marussia) só por uma vez ter atingido esse propósito – e já depois de ter mudado de gestão – à conta de um desempenho brilhante (e de alguma sorte, porque não) do malogrado Jules Bianchi.

Apesar dessas dificuldades, o optismo reina na equipa. Na entrevista concedida, Steiner admite que “tudo corre dentro do planeado”, mas que não haverá um lançamento formal do novo carro porque “não existe tempo”. “Simplesmente já não é possível fazer grandes lançamentos porque as equipas procuram desenvolver os seus carros até ao máximo e tudo surge no último segundo”, refere. Declarações que justificam que a equipa esteja agora a trabalhar em turnos de 24 horas para que tudo esteja pronto a 22 de Fevereiro para os primeiros testes. Antes disso, irão avaliar se poderão fazer um dia de filmagens que lhes permita fazer um shakedown prévio do carro, de modo a averiguar se os sistemas funcionam.

Haas

Quanto ao esquema de cores do seu primeiro monolugar, depois do ‘teaser’ revelado há alguns dias, o diretor desportivo da Haas F1 diz apenas que “os fãs saberão exatamente como será a 22 de Fevereiro. Não quero avançar nenhumas pistas neste momento. Quero que seja uma surpresa para todos”, referiu.

O acordo com a Ferrari criou elevadas expetativas, não só quanto à ‘legalidade’ do acordo – há rivais preocupados com a utilização do túnel de vento – mas também quanto aos resultados que poderão alcançar no seu primeiro ano de competição, tornando-se imediatamente numa equipa do meio da tabela.

Sobre este assunto, Steiner reconhece apenas que é necessário apontar para o topo: “Definimos objetivos elevados. Honestamente, queremos conquistar pontos. E para tal temos de apontar para o topo de modo a consegui-los. Não quero que isso seja visto como arrogância. Mas queremos marcar pontos. O mais importante para nós é mostrar às pessoas que mesmo para uma equipa totalmente nova, é possível entrar na F1 e ter sucesso começando do  nada. Levámos o nosso tempo e investimos em estarmos o melhor preparados possível. A Fórmula 1 é um desporto tão difícil quando partimos do zero. Não é fácil – mesmo estes dois anos de preparação. Mas trabalhamos no duro. Não estivemos parados durante 18 meses e depois pensámos no que queríamos fazer quando faltavam seis meses para o início da nossa aventura. Queremos ser respeitados por estarmos a fazer um bom trabalho. Se ele equivaler a chegar ao fim das corridas, tudo bem. Mas se conseguirmos terminar nos pontos seria fantástico. Não estou à espera de terminar no pódio! Temos expetativas claras e realistas.”

Quanto ao contributo de Romain Grosjean, Steiner diz que a assistência do piloto francês, que trocou a Lotus/nova Renault pela Haas F1 no defeso, tem sido muito útil: “A sua experiência tem-nos ajudado, mas penso que iremos constatar ainda mais a sua influência quando estivermos em pista. É aí que os pilotos experientes  estão e trazem o seu melhor. Neste momento, estamos apenas a construir o carro e portanto não é isso o que o piloto faz normalmente. Assim que iniciarmos os testes, a sua experiência e liderança, dizendo-nos o que está bem e o que está mal, será determinante.”

Guenther Steiner sabe, no entanto, que 2017 será um ano determinante, não só pela incerteza quanto às mudanças previstas no regulamento para o próximo ano: “Concordo inteiramente que a segunda temporada é sempre mais difícil do que a primeira. Já o experimentei por diversas vezes, portanto estamos já a pensar muito sobre 2017. O facto de as regras não serem claras e não estarem ainda definidas não ajuda, mas eu que eu digo à minha equipa é que dentro de 20 dias iremos eventualmente conhecê-las, caso contrário não irão acontecer em 2017. Devemos perder a cabeça à conta disso? Creio que não.”

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anotheruser
anotheruser
8 anos atrás

Seria muito bom entrarem logo a pontuar. Penso que há maior probabilidade de as equipas pequenas roubarem pontos às grandes nas primeiras corridas. Nessa fase da época ainda há muitos acertos para fazer e por isso “podem dar um ar da sua graça”. Um pouco como a Sauber no ano passado em que fez um primeiro terço de campeonato fantástico, pontuou de modo interessante e depois acabou-se o desenvolvimento e foi sobreviver até final da época. Quanto à decoração da Haas: não ficava desadequado ser em tons de branco, azul e vermelho, com estilização de umas listas e estrelas inspiradas… Ler mais »

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