Renault Sport divide-se em Renault Sport Racing e Renault Sport Cars
Foi o próprio Carlos Ghosn que apresentou hoje no Tecnocentro da Renault, em Paris, os planos da Renault para os desportos motorizados. Logicamente, a cereja no topo do bolo foi a apresentação do programa da nova Renault Sport F1 Team, que, sem ser novidade para a grande maioria dos presentes, ‘confirmou’ Kevin Magnussen e Jolyon Palmer como pilotos principais e Esteban Ocon como piloto de testes e reserva.
Mas há bem mais novidades, pois a Renault Sport separa-se em duas entidades distintas: a Renault Sport Racing, que integra todas as atividades da Renault na competição, incluindo a nova escuderia Renault Sport Formula 1 Team e a Renault e.dams.; mas também a Renault Sport Cars, que concentra a sua atividade no desenvolvimento e comercialização de automóveis desportivos com a assinatura Renault Sport.
A Renault Sport Racing terá a seu cargo todas as atividades de competição da Renault, incluindo o Renault Sport Formula One Team, Renault e.dams, Formula Renault 2.0, Renault Sport R.S. 01 Trophy, bem como todos os outros programas de competição, seja nas pistas ou em ralis. Todos os projetos vão ser geridos a partir de Enstone no Reino-Unido e de Viry-Châtillon em França.
A Renault Sport Cars, uma emanação da Renault Sport Technologies, assume o desenvolvimento e a comercialização da gama de modelos de série com a assinatura Renault Sport. A Renault Sport vai estender a sua atividade aos mercados fora da Europa e a gama vai crescer e beneficiar de investimentos adicionais em I&D.
A aposta nesta nova organização assenta em dois objetivos principais. a promoção da marca Renault Sport, à audiência planetária da F1, através do Renault Sport Formula One Team; bem como o aumento da notoriedade e do reconhecimento dos modelos da Renault, através da Formula E e das outras atividades de competição, como o Clio Cup.
A Renault Sport Racing e a Renault Sport Cars vão trabalhar, em conjunto, para maximizar as sinergias técnicas e comerciais. A primeira demonstração da relação entre as duas entidades será revelada no Grande Prémio do Mónaco.
“Nós estamos convencidos que os desportos motorizados alimentam o imaginário dos apaixonados, mas, também, de todos os utilizadores de automóveis. E hoje lançamos um programa de grande envergadura. A Fórmula 1 é o coração dos nossos esforços para aumentar a notoriedade da gama da Renault e, em particular, nos mercados onde estamos a dar os primeiros passos”, comentou Carlos Ghosn, Presidente do Grupo Renault.
“Evidentemente que esperamos que o nosso envolvimento nos desportos motorizados tenha um impacto concreto nas vendas da Renault Sport. Ao desenvolvermos a engenharia em programas desportivos tão ambiciosos, vamos ter a oportunidade de a transferir e de a comercializar nos modelos de série. Este pleno envolvimento na competição está no centro da nossa estratégia para a marca Renault e para a inovação técnica.”
A Renault Sport Racing será presidida por Jérôme Stoll, que será acompanhado por Cyril Abitboul no cargo de Diretor Geral. Frédéric Vasseur assume o cargo de Diretor para a Competição.
A Renault Sport Cars será dirigida pelo Diretor-Geral, Patrice Ratti. Guillaume Boisseau, Diretor das Marcas do Grupo Renault, terá a seu cargo o marketing e garantirá que a ativação e o posicionamento dos programas desportivos serão coerentes com a estratégia de marketing da Renault.
Revelação do Renault Sport Formula One Team
No centro das atividades desportivas está a nova equipa Renault Sport Formula One Team. O chassis do novo monolugar, batizado Renault R.S.16, é desenvolvido e fabricado em Enstone, enquanto o grupo propulsor Renault R.E.16 continuará a ser desenvolvido em Viry-Châtillon.
Foram várias as nomeações para os postos chave do projeto de Fórmula 1. Bob Bell é o novo Diretor Técnico F1 e terá sob a sua responsabilidade Nick Chester, Diretor Técnico Chassis e Rémi Taffin, Diretor Técnico Motor.
A confirmação de parceiros chave para a Fórmula 1
A Renault anunciou também, hoje, o conjunto dos seus parceiros. A Infiniti, marca da Aliança Renault-Nissan, vai prosseguir, ao lado da Renault, a sua aventura na Fórmula 1 e vai mesmo reforçar o seu envolvimento, através de um programa tecnológico específico. A Infiniti vai desenvolver a segunda geração de sistemas de recuperação de energia (ERS) para o propulsor da F1.
A Total e a Renault vão incrementar a parceria já existente, através do fornecimento de uma vasta gama de produtos da Total, especificamente concebidos para o Renault Sport Formula One Team.
A Renault anunciou, também, novas parcerias com outras marcas de prestígio, tais como o fabricante de relógios de luxo Bell & Ross, a Devialet, a mais inovadora das start up em engenharia acústica, e a renovação dos contratos com atuais parceiros da equipa de F1, como a Microsoft e a EMC. A Renault vai continuar a trabalhar com a Gravity Motorsports, uma filial do Genii Capital Group, que conserva uma parte minoritária na equipa de F1. Gérard Lopez será diretor não executivo da escuderia.
Detalhes sobre os programas da Renault Sport Racing
As equipas da Renault Sport Technologies dedicadas à competição cliente – Clio R3T em ralis e os Trófeus Clio Cup e Renault RS 01 Trophy – irão trabalhar na Renault Sport Racing, sob a direção de Jean-Pascal Dauce. A Renault mantém o seu envolvimento nos monolugares, com a Formula Renault 2.0. Há mais de quarenta e cinco anos que esta disciplina forma vários campeões. Dos pilotos que, atualmente, militam na F1, 60 por cento passaram pela Fórmula Renault.
As atividades da Renault na Formula E serão também integradas na Renault Sport Racing. Nas próximas temporadas, a Renault Sport Racing irá desenvolver e fornecer, à Renault e.dams, o grupo motopropulsor com a caixa de velocidades e o motor elétrico. O objetivo é ambicioso: ganhar os títulos de Pilotos e de Construtores.
Renault Sport Academy
Foi também anunciada a criação da Renault Sport Academy que tem um duplo objetivo: detetar jovens talentos capazes de, um dia, aceder à Fórmula 1, e dar, nos diferentes mercados onde a Renault está implantada, a oportunidade de terem um papel ativo, através da promoção e do apoio a pilotos locais. Com estes anúncios, a Renault reafirma que os desportos motorizados são parte integrante da identidade e do ADN da marca Renault.
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Uma marca que a meu ver se enquadrava muito bem nos ralis mas que infelizmente nunca apostou nestes ao mais alto nível (WRC).
A Renault nunca apostou nos ralis com carros de tracção integral, apostar nos ralis aposta desde o primeiro mundial é de resto a única marca que desde o primeiro campeonato até hoje desenvolveu sempre a nível oficial carros de rali.
Um programa completo com cabeça tronco e membros, a Renault tem tudo para voltar a vencer.
Estranho nem se ver a Total no carro, já que a parceria continua.
Está lá a Total no capot motor do carro