Ponto de partida da velocidade 2014 e de Miguel Faísca
A temporada de velocidade começa este fim de semana com a primeira grande corrida internacional do ano, as cada vez mais tradicionais 24 Horas do Dubai. 81 carros de GT e turismo vão estar presentes, mas o enfoque vai estar na primeira corrida de Miguel Faísca, vencedor da GT Academy, como profissional
A Meio caminho entre um evento de um campeonato internacional e uma brincadeira, as 24 Horas do Dubai ainda não fazem parte da lista de provas onde todos querem participar e ganhar. A pista dos Emirados Árabes Unidos não tem a história de Le Mans, o charme de Spa nem o exotismo do Nürburgring. Mas quem lá está sabe que, com mais de 80 carros em pista, não há qualquer momento para descansar e que, mesmo que as equipas de fábrica não estejam presentes em força, não faltam projetos financiados por milionários entusiastas com pilotos de craveira ao volante.
Poucos portugueses têm apostado na prova, destaca-se a presença de um contingente nacional em 2007 e 2008, com a estrutura técnica liderada por Francisco Sande e Castro, primeiro com um Honda Civic e depois com um Porsche 911. Francisco Cruz Martins, um dos pilotos de serviço pela equipa portuguesa, voltou novamente em 2009 com um Porsche dos italianos da Autorlando, para nos anos mais recentes Rui Águas ter rubricado algumas participações com os Ferrari da AF Corse. Este ano, vão estar dois pilotos nacionais à partida.
Depois de várias corridas de testes, Miguel Faísca vai fazer a sua estreia ao volante do Nissan 370Z GT4 da Nissan GT Academy Team RJN. A equipa de Bob Neville vai ter dois carros em ação, um para os vencedores da edição de 2013 da GT Academy, com Faísca, o vencedor europeu, a ter que dividir o volante com o alemão Florian Strauss, o russo Stanislav Aksenov e o americano Nick McMillen. O quinto piloto é o primeiro ‘doutorado’ da GT Academy, Lucas Ordoñez, de volta para a avaliação final à nova turma. Faísca admite que esta corrida é uma incógnita, “pois nunca fiz uma corrida de 24 horas. Não sei até que ponto é necessário preparar-me, mas tenho feito treino físico quase todos os dias e já joguei com o traçado. De resto, vai estar muito calor, cerca de 30 graus, e nunca corri com temperaturas tão elevadas”. Dividir o volante com quatro outros pilotos obriga a fazer sacrifícios, como “ter uma posição de condução ligeiramente diferente de todos os outros. A solução foi colocar uma almofada para estar mais confortável. É difícil encontrar soluções que deixem o carro cem por cento ao gosto de todos, mas julgo que nos vamos adaptar bem”. Não há objetivos de resultados, mas “desde que o carro acabe as 24 Horas vai ser excelente”.
O outro português vai ser Filipe Barreiros, que vai pilotar o segundo carro da Spirit of Race (uma nova identidade da AF Corse), acompanhado por outros gentlemen drivers, os ingleses John Dhillon e Aaron Scott, o francês Erik Maris e o russo Ilya Melnikov, que admite que vai ser “uma experiência completamente nova num país com uma cultura automobilística distinta, mas estou entusiasmado por arrancar o ano com uma prova tão importante”.
Mercedes é favorita
Enquanto Miguel Faísca não tem qualquer hipótese de ganhar a geral, pois os GT4 correm integrados nas classes secundárias SP2 e SP3. Os vencedores costumam ser os GT3 da classe A6, onde também vai correr Barreiros, mas uma equipa de gentlemen drivers nunca tem hipóteses contra equipas com dois ou mais elementos profissionais. Assim, os vencedores do ano passado assumem a posição de favoritos à partida, com Khaled Al-Qubaisi, Jeroen Bleekemolen e Bernd Schneider a formarem a vanguarda no Mercedes da equipa Black Falcon. O lugar do malogrado Sean Edwards (que vai ser homenageado com o nome no carro) vai ser ocupado pelo sueco Andreas Simonsen.
A Black Falcon tem outro Mercedes, onde se repetem Al-Qubaisi e Bleekemolen, juntando-se Abdulaziz Al-Faisal, o jovem Adam Christodoulou e o veterano Hubert Haupt, mas este tem uma equipa menos homogénea. Outro Mercedes que poderá ganhar a prova será o carro da Münnich Motorsport, onde o dono da equipa René Münnich, junta-se aos seus colegas do WTCC em 2013, Marc Basseng e Robert Huff. No campo da Ferrari, a Spirit of Race vai apoiar-se nos pilotos oficial Gianmaria Bruni e Toni Vilander, acompanhados por Alexander Talkanitsa Sr. e Jr., mas a Ram Racing tem a equipa mais competitiva, com os consagrados Jan Magnussen, Johnny Mowlem e Matt Griffin ao lado do indiano Cheerag Arya, empresário no Dubai e um entusiasta colecionador de carros da marca italiana. Há também que contar com a Race Alliance, inscrevendo o especialista do Ferrari Challenge, Philipp Baron, acompanhado por Matthias Lauda e Renger van der Zande, ex-pilotos do DTM. A Aston Martin, representada pela equipa chinesa Craft, também poderá lutar pelo primeiro lugar, com os pilotos oficiais da marca britânica, Stefan Mücke e Darren Turner, a acompanharem Tomonobu Fuji e Darryl O’Young., enquanto a BMW conta com a equipa Schubert, representada pelos profissionais Dane Cameron, Bill Auberlen e Dirk Werner e pelo amador canadiano Paul Dalla Lana, colega de Pedro Lamy em 2013. Outros pilotos que poderão dar nas vistas nos seus carros, mas não têm equipas tão competitivas, são Emmanuel Collard (no Porsche da Crubilé), Oli Webb e Isaac Tutumlu (no Lamborghini da Leipert), Duncan Huisman (no Mercedes da GDL) e Nicky Pastorelli (no Corvette da V8 Racing).
A corrida vai ter lugar de sexta-feira para sábado, com partida marcada para as 10 horas (em Portugal) e transmissão televisiva no canal Motors TV, na sexta-feira das 9h30 às 16 horas e das 20 às 22 horas, e no sábado a partir das 7 horas, para as últimas três horas, cerimónia do pódio e conferência de imprensa.
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