Yvan Muller: “Este ano no WTCC vai haver menos contacto, porque era porta com porta e agora é roda com roda…”

Por a 26 Janeiro 2014 13:47

Yvan Muller tem este ano um novo desafio, já que, ironicamente, vai trabalhar com uma marca francesa pela primeira vez na sua carreira. Depois de ter sido Campeão Britânico de F3000 em 1992, vencido o BTCC em 2003 e Campeão do WTCC em 2008, 2010, 2011 e 2013, tem agora pela frente onde tudo é novo, equipa, carro e até o colega de equipa, Sébastien Loeb.

Em que é que o Citroën C-Elysée vai ser diferente dos carros anteriores?

Há muitas diferenças, mas algumas coisas vão ser mais fáceis. Este ano os pneus são maiores e o carro ficou 100 kg mais leve, portanto vai ser menos complicado gerir os pneus e os travões. Mas ainda pode haver problemas em circuitos como Salzburgring.

O carro fica mais estável com a asa maior?

Fica mais equilibrado. Agora chega a um ponto em que a quantidade de carga aerodinâmica atrás já chega e não vale a pena pôr mais, então podemos pôr mais peso à frente.

Vai ser difícil controlar a potência adicional num carro de tração dianteira?

Pode ser mais complicado acelerar à saída das curvas, mas não vamos ter grandes problemas porque os pneus têm mais aderência.

Qual é a área onde a equipa tem de evoluir mais?

Na técnica e na organização. Ralis e circuitos são desportos diferentes. Os engenheiros conhecem todos os ralis, aliás são a melhor equipa de ralis da atualidade, mas têm que mudar completamente o modo de pensar na técnica e na gestão de corrida. Eu tento dar-lhes toda a minha experiência para reduzir essa diferença e eles são como uma esponja, absorvem tudo o que eu digo.

E o Sébastien Loeb, também aprende? Vimos o vídeo dele na sala de aula.

Não quero dizer que estou a ensinar alguém que foi nove vezes campeão do mundo (risos). É claro que tenho mais experiência no WTCC que o Sébastien, mas ele é muito esperto e tem uma grande capacidade de análise, por isso não estou preocupado com ele. O vídeo foi engraçado, mas aquilo é só para a televisão.

Vocês falam muito de só pensarem em vitórias na segunda metade do ano, mas toda a gente vai começar a época com novos regulamentos e novos carros.

Claro que as regras são novas para todos, mas os problemas são os mesmos. A experiência da Honda, da Chevrolet ou mesmo da Lada é sempre maior que a da Citroën em todos os pontos de vista, de técnica e estratégia. Vai ser preciso tempo, pois não se pode comprar experiência. Espero ganhar corridas, mas não somos os favoritos de maneira nenhuma.

Quem vai ser o favorito para o campeonato?

Do meu ponto de vista, penso que os Honda da JAS. Eles têm muita experiência no WTCC, dois… não, quatro bons pilotos para desenvolver o carro. Começaram um pouco mais tarde, mas com tantos anos de experiência, isso vai ser uma vantagem para eles.

Com a maior importância da aerodinâmica, os carros ficam mais vulneráveis a toques e colisões?

Claro, por isso penso que vai haver menos contacto, especialmente lateral. Os toques antes eram porta a porta, mas este ano vai ser roda com roda e isso causa mais problemas. É a mesma coisa se batermos com a frente ou com a traseira, com os pára-choques danificados perdemos mais eficiência aerodinâmica, vai haver mais resistência ao ar e vai ser péssimo para a velocidade.

Como é para a ti estares a trabalhar com uma marca francesa como a Citroën?

É a primeira vez que estou a trabalhar com uma marca francesa. A cultura automobilística francesa devia ser a que conheço melhor, mas não é esse o caso. Já trabalhei com marcas de muitos países, mas vou ter que me habituar. A maneira de pensar e de trabalhar é diferente, ainda para mais com uma equipa habituada a trabalhar em ralis. Tenho me adaptar ao modo de trabalho deles, mas para ser honesto, há muito tempo que não estava tão motivado para um programa desportivo.

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