A nova era dos Sport-Protótipos em Portugal
Tecnicamente, o ‘novo’ Campeonato Nacional de Velocidade permite colocar na mesma grelha viaturas de Turismo, GT e Sport-Protótipos. Contudo, estes últimos foram a esmagadora maioria dos carros na prova de Braga e assim deverão manter-se ao longo da época. Importa, portanto, conhecer um pouco mais desta nova realidade do CNV.
Em Braga estiveram um total de 10 protótipos de cinco marcas diferentes: Tatuus, Wolf, Norma, Juno e Radical. Estes carros foram desenhados para provas de Resistência e o campeonato de referência é o V de V. No fundo, estes Sport-Protótipos são mais rápidos do que os GT3 que correram em Portugal até ao ano passado e, sobretudo, mais baratos. A relação peso-potência e a eficácia aerodinâmica fazem com que estes modelos sejam, em média, cerca de três segundos mais rápidos do que um GT3 numa pista como Braga.
Como explica Nuno Magalhães, dono da equipa Comval Racing, que representa e assiste os Juno em Portugal, “todos os carros da categoria CN usam os motores Honda de 2.0 litros do Type R. As preparações podem ser diferentes mas as potências andam na casa dos 265 a 270 cv. Os Radical são naturalmente menos potentes porque usam motores de moto. Em termos de chassis, a grande diferença é que uns são em carbono e outros, como o Juno, não. Pelo regulamento, só podem correr carros com data de construção até 2012, embora possam ter upgrades posteriores, como asas, fibras, triângulos de suspensão, etc. Em termos de custos, um piloto ou uma dupla conseguem fazer uma época com estes carros por 85 mil euros em regime de ‘arrive and drive’. É possível comprar um Juno CN12 usado por cerca de 60 mil euros, e um motor destes, por exemplo, custa cerca de 15 mil euros já com eletrónica”, revelou o responsável da Comval. Valores bastante inferiores às centenas de milhares de euros que era necessário despender para adquirir um GT3 de topo…
Mais difíceis de guiar
Um dos pontos que quase todos os pilotos que vieram dos GT apontaram foi a maior exigência de condução destes Sport-Protótipos. Na sua maioria, os chassis são em carbono o que aumenta a rigidez torcional mas também provoca maiores vibrações. Fisicamente, isto obriga a um maior esforço por parte dos pilotos e o próprio espaço no cockpit também é muito menor, o que colocou alguns problemas a pilotos de maior estatura. Teoricamente, um Sport-Protótipo permite uma transição lógica para os automóveis a um piloto vindo do karting, mas o jovem Francisco Abreu, que disputou vários anos de karting antes de passar para os fórmulas e, desde o ano, para os Sport-Protótipos, disse que “passar diretamente do karting para um CN é muito violento e o ideal é começar pelos Radical, como eu fiz. Estes carros não só mais difíceis de guiar como também são muito sensíveis em termos de afinação e portanto, para um jovem piloto, é importante ter um companheiro experiente como o César (Campaniço)”, afirmou. Em suma, os Sport-Protótipos são mais rápidos e mais baratos do que os GT mas também mais exigentes e, para já, menos fiáveis.
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