VILA REAL: Historic Endurance como máquina do tempo

 Entre as cinco corridas no calendário desta competição trans-ibérica, a prova de Vila Real é a primeira a ser disputada em Portugal este ano, e a segunda num circuito urbano, depois da visita ao GP Histórico de Pau.

 O Historic Endurance não faz parte do pacote de corridas do Racing Weekend mas mesmo assim as 26 equipas que se deverão apresentar à partida são mais do que suficientes para oferecer uma viagem histórica aos espectadores das bancadas e muito espectáculo.

 Numa grelha com um colorido internacional, haverá uma grande heterogeneidade de carros, muitos deles pouco habituais nas pistas portuguesas nas corridas reservadas aos Clássicos. Pelo menos estes merecem uma cuidadosa visita ao paddock para uma apreciação visual mais detalhada.

 Mas neste campeonato que não marca pontos não importa só andar depressa e lutar pela vitória à geral nas duas corridas que compõem cada programa. Também é possível apostar na poupança de combustível e tentar ganhar o Index Performance para ganhar um relógio Frédérique Constant. Há vários pilotos que o vão tentar fazer mas para isso terão que bater o Porsche 356 de Guillermo Velasco, tradicionalmente o ‘papa-relógios” desta original corrida.

 Entre muitos dos pilotos que poderão discutir as primeiras posições, aqui ficam as declarações de três dos mais emblemáticos…

Mário Silva/Carlos Cruz (Ford Escort RS 1600)

Mário Silva: “Numa situação de recurso vou alinhar com um Ford Escort do António Simões, tendo como companheiro de equipa o Carlos Cruz. O objetivo é ficar nos três primeiros. O circuito tem uma parte comum há que se fazia há 30 anos quando aqui corri mas uma totalmente nova, a das rotundas que nã conheço. Não obstante, também não conhecia o circuito de Pau e safei-me bem, pelo que não estou apreensivo para a prestação em Vila Real.

Domingos Sousa Coutinho/Luís Sousa Ribeiro (BMW 2800 CS)

Domingos Sousa Coutinho: “Estamos bastante animados para a corrida porque houve, novamente, muito boa resposta por parte dos pilotos. Cerca de 40 carros em pista, com pilotos de várias nacionalidades e verdadeiros gentleman’s drivers significa que existirão várias corridas dentro das próprias corridas. Tenho boas memórias deste circuito e espero que seja mais um ano com sucesso. Em Pau e em Jarama tivemos alguns problemas com a embraiagem do BMW mas mudamos o kit de embraiagem e penso que essas dificuldades estejam ultrapassadas”.

Paulo Antunes (Datsun 1200 Coupé)

“Divertir-me o máximo possível e dar algo espectáculo ao público é o aquilo a que aspiro, disfrutando em pleno do fim de seaman. O resultado é secundário. Se chover podemos ver um a diferença um pouco diluida para os carros melhores mas, por outro lado, o motor, fruto das muitas provas que fez, também já está um pouco cansado. Contudo, o mais importante é mesmo que o público gosto de que vai ver e que nós possamos dar o nosso contributo para isso”.