Será o asfalto da Alemanha a ‘salvação’ de Robert Kubica?
Todas as equipas oficiais do WRC já testaram intensamente para o Rali da Alemanha do próximo fim-de-semana, mas talvez nenhum piloto esteja mais ansioso pelo asfalto da prova germânica do que Robert Kubica. O ex-piloto da Fórmula 1 atravessa uma das fases mais complicadas da sua carreira, acumulando desilusão atrás de desilusão ao mesmo tempo que se tenta afirmar no WRC. O sexto lugar na Argentina continua a ser o melhor resultado de Kubica em 2014 mas o piloto da M-Sport já admitiu que a sua falta de experiência face aos pilotos de topo se nota muito mais nos ralis de terra.
Recentemente, numa entrevista ao compatriota Mikolaj Sokól e publicada pelo AutoSport, Kubica afirmou que espera ser mais competitivo no asfalto já que o Fiesta RS WRC terá reacções muito mais diretas e aproximadas daquilo a que esteve habituado durante décadas: “Digamos que adoraria mudar a proporção do calendário para dez ralis de asfalto e três ou quatro de terra”, referiu Kubica quando lhe perguntaram se estava ansioso pelos ralis de asfalto. “Mas a realidade é diferente e é por isso que o desafio do WRC é tão grande para mim. Na terra é tudo novidade: a superfície, o comportamento do carro, o tempo que ele demora a reagir. É totalmente diferente de guiar no asfalto. No ano passado durante o teste antes do Rali da Alemanha, segundos depois de arrancar fiz dois movimentos com o volante para aquecer os pneus e virei-me para o Maciek Baran e disse-lhe: ‘É disto que os tigres gostam! Isto é que é guiar!’. O carro estava a reagir muito mais rápido, de uma forma muito mais parecida com aquilo a que eu estava habituado. Quanto mais ‘mole’ e flexível o carro estiver, mais lenta é a reacção e tens de fazer tudo muito mais cedo, precisas de muito mais tempo”, apontou.
Mudar o chip
“Na Fórmula 1 – e não apenas na Fórmula 1, mas nos monolugares em geral – basta ‘olhar’ para o volante e ele começar a virar. Num carro de ralis com especificações de terra, tu trabalhas com ângulos de viragem completamente diferentes. Durante 20 anos aprendi que numa curva para a direita tens de virar o volante para a direita – não para a esquerda. Nos ralis é o oposto, tu guias muito com a sobreviragem. Tens de ser agressivo para fazeres os amortecedores trabalharem, ou para obteres bom grip dos pneus – principalmente destes pneus do WRC, que são muito diferentes dos pneus do ERC ou dos campeonatos nacionais”, concluiu o piloto de 29 anos.
Contudo, depois do Rali da Finlândia, marcado por nova saída de estrada, Kubica também referiu que as características sinuosas do Rali da Alemanha, principalmente na zona das vinhas, lhe trarão alguns problemas devido às limitações da sua mão direita. Resta saber se pelo menos o nível do polaco na Alemanha será mais condizente com a expectativa que a sua nova fase nos ralis gerou, principalmente numa prova que já conhece depois da vitória no WRC2 em 2013.
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI