Gerhard Berger apologista do tecto orçamental

O ex-piloto e ex-director da equipa Toro Rosso, Berger admite que o corte nos custos tem de ser implementado, até porque os actuais acordos com os patrocinadores não poderão ser repetidos com os valores correntes.

“Talvez a Fórmula 1 volte a ser como era nos anos 80 e 90. Na altura, a Williams, McLaren e a Jordan competiam umas contra as outras por 45 milhões por ano. Os adeptos discutiam o desporto, as grandes ultrapassagens, os pilotos e não toda a vertente técnica”, afirmou o austríaco à revista Auto Motor und Sport.

“Vamos ver o que acontece quando os grandes contratos de patrocínios acabarem. Se, então, conseguirem um acordo de dez por cento do valor anterior, podem-se dar por satisfeitos. O próximo passo diz respeito aos lucros do Bernie Ecclestone: provavelmente, ele não poderá manter os preços para os organizadores e para as estações de televisão, pelo que as equipas também não irão receber 30 milhões, mas apenas dez milhões”, observou o vencedor de corridas na Fórmula 1 ao serviço da McLaren, Ferrari e Benetton.

Quanto à grande questão dos regulamentos técnicos e a sua divisão, Berger acredita que isso não é demasiado problemático: “Se alguém gastar apenas 45 milhões e for tão bom como a nossa equipa – ou melhor – , quando nós gastamos 300 milhões, então o quadro executivo irá perguntar ‘porque é que não consegues fazer isto com 45 milhões?'”, concluiu.