O campeão improvável
A vitória de Kimi Raikkonen no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 veio repor a mais elementar justiça na carreira do piloto finlandês. Batido na última corrida por Michael Schumacher em 2003, num ano em que a McLaren perdeu tempo e dinheiro com o projecto do nado-morto que foi o MP4/18, Kimi Raikkonen voltou a ser batido nos últimos metros do Mundial de 2005, desta vez por Fernando Alonso, numa temporada onde a falte de fiabilidade do seu McLaren-Mercedes lhe retirou a possibilidade de chegar ao título.
Da terceira vez em que se viu envolvido na luta pelo título mundial, e num ano onde nem sequer teve o melhor monolugar nas suas mãos, Kimi Raikkonen acabou por se sagrar Campeão do Mundo, entrando por direito próprio nesta lista dos melhores pilotos da história, ele que sempre demonstrou um talento e uma determinação muito acima da média.
Michael Schumacher, que não é de se impressionar facilmente, ficou tão espantado com o desempenho daquele jovem saído da Fórmula Renault para um teste com a Sauber no Mugello, que não perdeu tempo e aconselhou logo Peter Sauber a oferecer-lhe um contrato a longo prazo.
Foi o que o suíço fez mas Raikkonen só esteve um ano ao seu serviço, rumando de imediato à McLaren, o que permitiu à Sauber receber a maior compensação da história da Fórmula 1: 25 milhões de dólares. Uma medida do valor de Raikkonen após apenas uma temporada na Fórmula 1, mas os seus cinco anos ao serviço de Ron Dennis foram mais frustrantes do que exaltantes, tantas as oportunidades perdidas ao longo daquelas temporadas.
Não deixa de ser irónico que foi no ano em que Raikkonen abandonou a McLaren que a equipa de Woking recuperou a fiabilidade dos seus carros, mas o resultado final acaba por fazer vingar a opção do nórdico, que há muito admirava a organização e fiabilidade da Ferrari, ao ponto de ter assinado com a equipa de Maranello 22 meses antes do início do Mundial deste ano, quando até pensava que seria Michael Schumacher o seu companheiro de equipa.
Na Ferrari o finlandês foi surpreendido pelo apoio à volta de Felipe Massa, protegido de Jean Todt, mas nunca respondeu às muitas criticas e acusações que lhe foram feitas internamente – as mais legitimas às mais absurdas – com palavras. Foi na pista, com vitórias categóricas e um andamento sempre em crescendo que o finlandês falou, nunca se envolvendo em polémicas nem com Todt, nem com os seus adversários directos, mesmo quando os acontecimentos em pista justificariam algumas palavras mais azedas.
No domingo Kimi Raikkonen juntou-se a Keke Rosberg e Mika Hakkinen na galeria dos Campeões do Mundo finlandeses, corrigindo o que era uma injustiça do destino e mostrando-se um digno sucessor de Michael Schumacher na Ferrari.
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