Loeb à procura do “hat trick”

Para a quarta edição do Rali de Itália sedeada na ilha da Sardenha não se esperam facilidades para os concorrentes. Disputado em classificativas de terra e em pisos especialmente abrasivos que, por norma, não poupam as mecânicas, a prova tem, este ano, um novo centro nevrálgico, bem como um novo director de prova, mas nenhuma dessas especiais é exactamente igual às disputadas em 2006, ainda que duas delas sejam muito similares.

Mas será isso importante para o resultado final do prova transalpina? Tudo indica que não! Sébastien Loeb parte à procura do “hat trick”, enquanto o seu eterno rival, Marcus Gronholm, quer dar à Ford o seu primeiro triunfo no rali transalpino (o mais próximo que a marca esteve de o conseguir foi em 1993 quando Gianfranco Cunico, num Ford Escort Cosworth do importador local, triunfou). Quem vai ganhar? As apostas inclinam-se mais para o binómio francês.

Chegar com… quatro rodas!

O principal ponto decisivo na avaliação na Sardenha serão, mais uma vez, os pneus. Embora o Rali do México deste ano tenha sido bastante duro a este nível, não há na história do Mundial dos últimos anos nenhuma recordação tão má para os pilotos como a prova da Sardenha do ano passado. Se os pisos tiverem secos e o tempo quente, como é costume, só se pode esperar um rali extremamente duro até porque as equipas só puderam nomear 50 pneus dos quais só poderão utilizar 33 (e 24 no caso do JWRC), incluindo os do “shakedown”.

Em 2006 foi possível ver muitos carros a chegarem ao último Parque de Assistência em três e até em duas rodas, deixando um terrível cheiro a borracha queimada nos longos túneis que abriam caminho para Olbia. Mas, este ano, tudo será diferente e com o exemplo de Toni Gardemeister no Rali de Portugal ainda bem fresco na memória de todos, são de prever algumas penalizações severas que podem ir até à desclassificação, dependendo da benevolência ou não do Colégio de Comissários Desportivos. Por isso, para quem perder uma das rodas do seu carro, provavelmente, será melhor optar pela desistência e voltar integrado no sistema “super rally” no dia seguinte.