Casey Stoner ou o Diabo da Tasmânia

Por a 29 Agosto 2007 14:54

Aos 21 anos, Casey Stoner prepara-se para bater Valentino Rossi e tornar-se o mais jovem campeão do mundo de sempre no MotoGP. O australiano tem aproveitado a eficácia do binómio Ducati-Bridgestone e é já apontado como o herdeiro de Mick Doohan na elite do motociclismo mundial.

Sete vitórias em doze corridas e 60 pontos de avanço para o melhor piloto da década no MotoGP fazem de Casey Stoner um fenómeno difícil de contrariar na actualidade. Muito se escreveu já sobre a “explosão” do jovem australiano em 2007, sobretudo depois de na época passada – a sua primeira no MotoGP – ter deixado a imagem de um piloto indiscutivelmente rápido mas com uma tendência exagerada para os excessos.

A grande questão que se coloca neste momento é se a mudança foi operada pela maior maturidade entretanto adquirida pelo piloto da Ducati, ou se, por outro lado, foi a passagem para a equipa italiana o verdadeiro “click” que fez detonar o talento de Stoner. A resposta talvez seja um pouco de ambas.

Prodígio de precocidade

Casey Stoner nasceu a 16 de Outubro de 1985 em Queensland, na costa leste da Austrália, onde rapidamente começou a competir nas “dirt tracks”. Aliás, um dos traços marcantes de toda a sua carreira é a precocidade com que se estreou nas diversas categorias por onde passou. A sua primeira corrida aconteceu aos quatro anos de idade (!), numa prova destinada a crianças até aos nove anos, disputada próxima da sua terra-natal.

A primeira vitória surgiu aos seis anos, numa altura em que Casey, juntamente com o pai, a mãe e a irmã começaram a viajar pela Austrália para acompanhar as provas de “dirt” onde o jovem rebento podia participar. Entre os 6 e os 14 anos de idade, Casey acumulou um impressionante número de corridas e vitórias, com o apogeu a acontecer num evento onde o jovem, então com 12 anos, participou em cinco classes diferentes no mesmo fim-de-semana, perfazendo um total de 35 corridas! Casey ganhou… 32, arrebatando os cinco títulos australianos em disputa.

Esta necessidade irreprimível de competição levou-o a abandonar a Austrália aos 14 anos, rumo a Inglaterra. A escolha não foi inocente pois, na Austrália, Casey só poderia correr nas provas de velocidade aos 16 anos, ao contrário de Inglaterra onde a idade mínima era 14. Estávamos em 2000 e o australiano ganhou o Campeonato Inglês Aprilia 125cc logo no seu primeiro ano na velocidade. Nessa época fez duas provas do campeonato espanhol daquela cilindrada e despertou a atenção de Alberto Puig. O antigo piloto espanhol convidou-o para fazer o campeonato no ano seguinte e Stoner seria vice-campeão tanto no espanhol como no inglês. 2001 marcou também o ano de estreia no Mundial de 125cc, fruto de dois “wildcards” para Inglaterra e Austrália.

Outro antigo piloto, Lucio Cechinello, propôs a Stoner disputar o Mundial de 250cc no ano seguinte com a sua equipa. Com apenas 16 anos, o australiano estava já a guiar as máquinas de 250cc! Um quinto lugar em Brno seria o melhor resultado, obtendo ainda vários sextos lugares. A parceria com a LCR de Cechinello continuou quando Casey regressou às 125cc, em 2003, onde ganhou a sua primeira corrida no Mundial, em Valência, já no final da época. Na temporada seguinte, a KTM e a Red Bull apostaram em Stoner para tornar a 125cc austríaca numa máquina competitiva, algo que o jovem piloto conseguiu obtendo uma vitória e seis pódios.

Mas seria 2005 o grande teste para Stoner. De regresso às “quarto de litro”, e com uma Aprilia de fábrica, o australiano disputou o título com Dani Pedrosa até cair no seu Grande Prémio natal, em Phillip Island. O jovem australiano acabaria por “subir” ao MotoGP sem ganhar um título nas categorias inferiores.

Produto da electrónica?

A aliança de longa data com Lucio Cechinello manteve-se quando Stoner se estreou entre as “feras” da classe rainha, aos comandos de uma Honda RC211V do Team LCR. Mesmo tendo uma equipa só para si, Stoner sofreu na adaptação às brutais 990cc, o que resultaria em múltiplas quedas durante toda a temporada. No entanto, estaria perto de fazer história no GP da Turquia, quando apenas foi ultrapassado na última curva pelo vencedor Marco Melandri. Há contas a ajustar para 2008…

O ponto de viragem na carreira de Stoner surge com o convite da Ducati. A Desmosedici GP7 é uma verdadeira montra de tecnologia do construtor italiano e muitos afirmam que o seu controlo de tracção é o principal responsável pela mudança de “personalidade” de Stoner. É visível que a Ducati tem uma velocidade de ponta superior à concorrência e que os pneus Bridgestone estão também num nível superior aos Michelin. Valentino Rossi já veio apontar o factor “pneus” como uma das razões para a incapacidade em fazer da Yamaha M1 uma ameaça minimamente séria ao poderio da Ducati.

Em Brno viu-se que apenas John Hopkins e a Suzuki conseguiram acompanhar Stoner na primeira metade da corrida, mas até mesmo o excelente piloto norte-americano admitiu no final da corrrida que não conseguia manter o ritmo de Stoner por mais de 10 voltas. Sem Rossi, Hopkins, e com Vermeulen a provar que só é competitivo à chuva ou em condições de aderência difíceis, restam as Honda oficiais, onde Pedrosa está igualmente limitado pelos Michelin, e onde Hayden mostra cada vez mais que o título do ano passado foi apenas um “fogacho” feliz e circunstancial.

Em suma, o talento de Stoner encontrou a base tecnológica perfeita na equipa Ducati e nos pneus Bridgestone, sendo até possível que o australiano garanta o título, por antecipação, em… Phillip Island, a meio de Outubro.

// 464){

var ratio;

fwidth=464;

if(fwidth>fheight){

ratio=fwidth/fheight;

}else{

ratio=fheight/fwidth;

}

height=Math.ceil(fwidth*ratio);

}

var ran_number=Math.floor(Math.random()*10000);

if( “32555” != “” ){

ran_number += “_” + “32555”;

}

var idplayer=”playerDiv”+ran_number;

var mplayer = “movie_player”+ran_number;

jQuery(‘#st_tag_flash_detalhe32555’).append(‘

‘);

var flashvars = {};

var params = {

“allowScriptAccess”:”always”};

var attributes = {};

jQuery(‘#st_tag_flash_detalhe32555’).css(

{

‘width’:fwidth,

‘height’:fheight

}

)

swfobject.embedSWF(pathfinal, idplayer, fwidth, fheight, “9.0.0”,null, flashvars, params, attributes);

}

// ]]>

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI

últimas MOTOS
últimas Autosport
motos
últimas Automais
motos
Ativar notificações? Sim Não, obrigado