«Tatuagem à mostra, bingo! Carro no jardim!»

O périplo de Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva pelo Mundial de Ralis permite à dupla poder dar-se ao luxo de passar algumas – boas – horas a contar histórias engraçadas, pois experiências como a que nos conta Nuno Silva, não faltam. Fique a saber o porquê dum taxista mahori se ter despistado em plena viagem para o aeroporto. Eis a história contada por Nuno Rodrigues da Silva:

«Como aquilo de que mais agora se fala é o Mundial de Ralis, recordo aqui uma história curiosa, passada durante o Rali da Nova Zelândia, em 1995. Nessa altura, disputava o campeonato, fazendo equipa com o Rui Madeira, na

Ralliart Germany, que incluía ainda o malogrado Jorge Recalde e a Isolde Holderied.»

«Um belo dia, eu, o Martin Christie, navegador do Jorge e a formosa Tina Thorner, navegadora da Isolde, tivemos que ir até ao centro de Auckland, se bem me lembro para tirar fotocópias das notas de navegação. Para regressar ao Travel Lodge do aeroporto, onde ficava a sede do rali, tomámos

um táxi típico da região, a imitar os carros americanos.»

«O motorista era um genuíno mahori – nada daqueles que se vêm junto com os All-Blacks – de facto com 150 quilos, mas a pender para os lados e não para cima. Instalámo- nos todos três, bem à larga, no banco de trás do táxi e, a dada altura, a Tina decidiu mostrar-nos uma tatuagem nova que tinha feito há pouco tempo. A tatuagem era numa nádega e, com aquela descontracção tão típica dos suecos, mas especialmente dela, vá de começar a despir-se para mostrar a tal obra de arte. Isto tudo, no banco de trás, é bom recordar, com nós os dois a ladeá-la. Quem conhece a Tina, sabe bem quão descontraída ela é e, por isso, não deve estranhar-se a atitude dela. O problema estava no nosso motorista mahori. Desde o início que o bom do gorducho vinha a “galar” a bonita lourinha sueca, coisa que todos nós já tínhamos topado.»

«Pois bem, mal ela destapou a nádega e mostrou a tal tatuagem, bingo! O carro americano entrou direitinho para um jardim – e o bom do mahori ainda teve que ouvir um enorme ralhete da Tina!»