Alonso quer poder de veto sobre companheiro de equipa

De cada vez que conversa com os patrões das restantes equipas do plantel, Fernando Alonso faz uma exigência muito precisa: a de ter direito de veto sobre o seu futuro companheiro de equipa, privilegiando nomes como Fisichella, Trulli e Webber, mas deixando bem claro que não quer ter pilotos muito jovens na mesma equipa.

O que quer dizer que Kovalainen e Piquet terão de sair da Renault se o espanhol entrar, justificando as negociações que Briatore continua a manter com a Williams e a Toyota para os recolocar.

Para a Prodrive essa seria uma exigência facilmente aceitável, pois Richards está totalmente dependente dos apoios que a McLaren conseguir angariar e tecnicamente também está nas mãos da equipa de Ron Dennis e da Mercedes, pois na Prodrive não vai existir um departamento de projecto e tudo virá da actual equipa de Fernando Alonso. Por isso, ter um segundo piloto veterano, que não faça sombra ao espanhol, como por exemplo Pedro de la Rosa, não seria um problema para Richards.

Toyota disposta a acolher Alonso

Também a Toyota parece inclinada a aceitar esta exigência do piloto de Oviedo, até porque tem Trulli sob contrato por mais dois anos, tendo feito uma oferta de 30 milhões de dólares a Alonso, para além de se disponibilizar para pagar os custos da sua ruptura de contrato com a McLaren. Financeiramente esta é, de longe, a melhor proposta que Alonso tem entre mãos, mas rumar a Colónia seria enterrar definitivamente as suas hipóteses de lutar por vitórias nos próximos dois anos, mesmo se a sua entrada na Toyota tivesse um efeito importante na estrutura da escuderia japonesa.

Seja como for o mercado de pilotos está congelado à espera da decisão de Fernando Alonso. Como esta só deverá ser conhecida uma ou duas semanas depois do GP do Brasil, os outros pilotos vão ter de ficar na expectativa por mais um mês, complicando a tarefa de muitos que ainda estão no mercado.