Pat Symonds: «Diferença entre McLaren, BMW e Renault é muito pequena»

Das duas uma! Ou andam muitas equipas a esconder o “jogo” ou o discurso que produzem fica a um nível mais elevado que os seus monolugares deixam entender através das prestações em pista. É o caso da Renault, cujo engenheiro chefe, Pat Symonds, referiu que a sua equipa está inserida no grupo que “corre” atrás da Ferrari, McLaren e BMW, incluídas.

Em declarações jornal espanhol AS, Symonds, mostrou-se satisfeito com as prestações da sua equipa nos recentes três dias de testes em Barcelona, referindo que nem mesmo a Ferrari está assim tão longe:

«Neste momento encontramo-nos no grupo que segue imediatamente nas costas da Ferrari, que parece estar um pouco à frente. De qualquer modo, não penso que estejam a ser assim tão superiores, como o que mostraram no Bahrain, já que aí não se compararam directamente aos rivais mais directos, pois só aí podes clarificar as situações. Relativamente à nossa equipa, estou satisfeito pelo trabalho que temos vindo a desenvolver, já que apesar de não termos testado nada novo – as novidades estão guardadas para a última semana de ensaios em Barcelona, ndr. – há um grupo muito equilibrado, pois a distância que separa a McLaren, BMW e nós é muito pequena.», concluiu Symonds.

Fernando Alonso cauteloso

Em contraponto ao seu engenheiro-chefe, Fernando Alonso prefere ser bastante mais cauteloso, ao referir abertamente que as hipóteses da Renault contestar o domínio da Ferrari e da McLaren no início de época em Melbourne, são escassas.

Em declarações à imprensa local durante os testes de Barcelona, o espanhol referiu que tudo muda muito depressa na F1: «Estamos bem atrás. Não existem em condições para lutar por nada importante agora. Pensar em pódios em Melbourne, neste momento, é demasiado optimista. Mas tudo muda muito depressa na Fórmula 1. Há duas ou três semanas atrás a BMW não estava muito bem e agora está perto da McLaren.», concluiu, reforçando a ideia que o facto da equipa francesa ir testar novos componentes na próxima semana em Barcelona poderá ser decisivo nas prestações na prova que marcará o início do Mundial de Fórmula 1 2008, o Grande Prémio da Austrália.