Pirelli com pneus médios e supermacios no GP da Coreia

Por a 2 Outubro 2013 15:55

Tal como na corrida anterior em Singapura, os compostos médio (Branco) e supermacio (Vermelho) foram os escolhidos para o Grande Prémio da Coreia: mas este é um circuito muito diferente em carácter. Yeongam, no sul do país, contém um pouco de tudo: de curvas rápidas a curvas mais lentas com secções muito técnicas. Tendo feito a sua estreia de Grandes Prémios em 2010, a pista de 5,615 km é percorrida contra o sentido do relógio o que não é um problema para os pneus, mas por vezes é uma fonte de esforço para os músculos do pescoço dos pilotos.

O Circuito Internacional da Coreia raramente é usado para além do GP de Fórmula 1, por isso haverá uma grande evolução da pista ao longo do fim de semana. A combinação do médio e supermacio, usada pela quarta vez este ano, pretende maximizar a velocidade na qualificação e garante um nível alto de durabilidade para a corrida, o que oferece muita oportunidade para estratégia.

Paul Hembery, diretor desportivo da Pirelli, explicou que “a nomeação deste ano é uma mudança da última época em que trouxemos os pneus macios e supermacios, pois complementa melhor as características dos compostos de 2013. Esperamos que haja uma diferença significativa de tempo de volta entre os dois compostos que selecionámos, como foi o caso de Singapura, e isso poderá ajudar as equipas a desenvolverem algumas estratégias interessantes. A Coreia é uma mistura interessante: temos algumas curvas rápidas e também algumas mais lentas, mas na verdade tem a mais alta exigência em termos de energia lateral de todos os circuitos em que o supermacio é usado, por isso a gestão dos pneus será importante mais uma vez. Em particular, será especialmente importante o trabalho do treino livre, em que se avaliam os níveis de desgaste e degradação de cada composto com diferentes cargas de combustível, que poderá ser a chave para a corrida. Vimos a diferença que a estratégia certa pode fazer em Singapura, e embora na Coreia haja uma probabilidade mais baixa de intervenção do carro de segurança, isto é algo a que as equipas terão de dar muita atenção na preparação para o Grande Prémio, pois o campeonato está a chegar à sua fase final.”

O ex-piloto de Fórmula 1 Jean Alesi referiu que “a Coreia não é uma pista que eu tenha corrido, mas ouvi muitas coisas positivas sobre ela dos pilotos. Isto é encorajador, pois quando esta geração moderna de circuitos surgiu eles não eram universalmente populares mas agora parece que há uma filosofia diferente que assegura que todas as pistas são também boas pistas para os pilotos. O que é interessante sobre esta corrida é que a nomeação dos pneus será a mesma que em Singapura, que foi uma corrida muito boa. Conseguimos ver uma diferença grande de tempos de volta entre os compostos e alguns pilotos foram capazes de usar isto para sua vantagem para desenvolverem uma boa estratégia. A outra coisa que vimos foi a consistência dos pneus supermacios: ainda que sejam os pneus mais macios da gama, conseguiram completar tiradas longas sem nenhuma quebra notável de performance, por isso imagino que vejamos o mesmo na Coreia.”

O circuito do ponto de vista do pneu:

As características mais críticas desta pista do ponto de vista do pneu são as curvas de alta velocidade e as áreas de travagem intensa, que permitem aos monolugares usar o máximo das suas capacidades de desaceleração de 5,2G’s. Com a transferência de peso envolvida, isto resulta nos pneus dianteiros a serem sujeitos a forças verticais equivalentes a 900 quilos.

Para além das travagens, também há grandes forças laterais a serem exercidas sobre os pneus. As curvas 7 e 8, por exemplo, envolvem mudanças de direção a 270 km/h. Isto coloca muita energia lateral sobre os pneus carregados, com máximos de 4,4G’s. As rápidas mudanças de direção exigem rigidez máxima da estrutura, o que assegura precisão da condução e ajuda o piloto a manter a sua linha ideal.

Outra área crucial é a sequência mais lenta de curvas das curvas 15 a 17. As bermas que os pilotos usam no interior testam a estrutura, o que significa que a aderência à pista na parte exterior do pneu é crítica: um factor que é gerido com os graus altos de aderência mecânica gerada pelos pneus supermacios em particular.

Notas técnicas dos pneus:

A afinação aerodinâmica adotada na Coreia pelas equipas é muito similar à do Japão, com níveis médios e altos de força descendente. No entanto, as exigências de tração são muito maiores no Japão, e as equipas usam mapeamentos dos motores diferentes para ajudar a colocar a potência no solo à saída das curvas lentas. O pneu dianteiro direito é o mais esforçado na pista coreana. A granulação pode ser um problema na Coreia, particularmente nas condições de pouca aderência no início do fim de semana.

No ano passado, a estratégia da maioria dos pilotos foi duas paragens, enquanto apenas três tentaram uma estratégia de uma ou três paragens. Os 10 melhores qualificados começaram a corrida com o pneu supermacio, com Sebatian Vettel (Red Bull) a ganhar a corrida a partir de segundo na grelha. Jean-Eric Vergne, da Toro Rosso, foi o piloto que terminou melhor classificado a começar com o pneu macio, largando de 16ª para terminar em 8º.´

Escolhas da Pirelli no Mundial de F1 de 2013:

GP Austrália – Supermacio/Médio

GP Malásia – Médio/Duro

GP China – Macio/Médio

GP Bahrain – Médio/Duro

GP Espanha – Médio/Duro

GP Mónaco – Supermacio/Macio

GP Canadá – Supermacio/Médio

GP Grã-Bretanha – Médio/Duro

GP Alemanha – Macio/Médio

GP Hungria – Macio/Médio

GP Bélgica – Médio/Duro

GP Itália – Médio/Duro

GP Singapura – Supermacio/Médio

GP Coreia – Supermacio/Médio

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