A Liga de Honra dos ralis

Por a 8 Fevereiro 2007 11:10
A Liga de Honra dos ralis

Já se chamou Iniciados, depois mudou o nome para Promoção. Agora, a segunda competição mais importante de ralis em Portugal passa a denominar-se Campeonato Open/Júnior de Ralis e pretende, como em anos anteriores, encontrar os campeões de amanhã. Será desta que o consegue?

Num país dominado pelo futebol, o desporto automóvel tem conseguido, a espaços, algum destaque junto do grande público. Sobretudo através da qualidade organizativa de determinadas provas (Lisboa-Dakar, Rali de Portugal, MotoGP), mas também graças ao cada vez maior número de pilotos que se distinguem nas suas várias disciplinas. Casos, por exemplo, de Tiago Monteiro, Pedro Lamy, Filipe Albuquerque ou Armindo Araújo.

Mas se na Velocidade a “escolaridade” começa (cedo) no Karting, já nos Ralis a obrigatoriedade de possuir a Carta de Condução para poder competir faz com que a iniciação na modalidade aconteça apenas aos 18 anos. Assim, sem hipóteses para aprender de forma profissional desde tenra idade, quem pretendesse seguir os passos dos seus ídolos podia integrar, directamente e sem qualquer limitação que não a orçamental, o Campeonato Nacional de Ralis, o escalão maior da modalidade em Portugal.

O cenário mudou. Existe um campeonato menos conhecido que pretende ser uma rampa de lançamento, como aconteceu com Armindo Araújo, vencedor do Campeonato Nacional de Ralis – Promoção em 2000 e actualmente a disputar o PWRC. Agora denominado Campeonato Open/Júnior de Ralis (COR), é neste “degrau” evolutivo que a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) aposta para atrair mais pilotos, mais atenções e mais nomes para o futuro.

Mais atractivo

De imediato, várias novidades saltam à vista. As listas de inscritos prometem estar bem mais recheadas, uma vez que são autorizadas viaturas de quatro rodas motrizes, cilindradas até 3.500cc e Viaturas Sem Homologação (VSH). Depois, o valor limite de inscrição foi aconselhado a não ultrapassar os 250 euros e a pontuação foi alargada e todos (os que terminarem classificados) pontuam, em vez de apenas oito, o que poderá permitir uma ajuda no momento da angariação de patrocínios. Ao mesmo tempo, o campeonato passa a ser apenas um, disputando provas em asfalto e terra, permitindo aos pilotos uma melhor evolução em ambos os pisos.

Com o pontapé de saída a ser dado no próximo fim-de-semana, no Rali Montelongo, Luíz Pinto de Freitas, presidente da FPAK, está optimista. “A uma semana da primeira prova, existe uma lista de inscritos com mais de 60 equipas, o que atesta bem do sucesso que o COR está a granjear. Algumas alterações no regulamento foram pensadas para levar mais pilotos a participarem, outras para os manter. Por exemplo, antes o Campeão de Promoção tinha que passar para os Consagrados ou abandonar porque não podia permanecer na Promoção. Agora, só quando chegar ao segundo título é que será forçado a deixar o COR. Se continuar a correr, fá-lo-á com mais experiência”, explicou.

Pensado para chamar novos valores, o Troféu Nacional Júnior de Ralis terá um máximo de seis pontuações (sendo obrigatoriamente três em cada um dos tipos de piso) e será reservado, independentemente da viatura que tripulem, a todos os (as) concorrentes com idade igual ou superior a 18 anos e que, no máximo, completem o seu 25º aniversário em 2007.

“O mal das edições anteriores, quer do Troféu Júnior como do Grupo N, é que, à boa maneira portuguesa, praticamente ninguém pensa em começar a correr por baixo. Ou seja, com um carro barato, pouco evoluído. Todos querem um Grupo A ou um Subaru Impreza… e sei mesmo de casos de pilotos que queriam participar no Vodafone Rali de Portugal sem terem ainda tirado a licença! Esperemos que a mentalidade mude”.

Falta de verbas

O AutoSport quis também saber se a FPAK encara a possibilidade de apoiar o piloto que se sagre Campeão Nacional. “Essa questão não se põe por duas razões: verbas e inveja. A FPAK vive das licenças dos pilotos, taxas de calendários e de alguns subsídios, sendo o mais elevado o do Estado, cerca de 70 mil euros. Para ter uma ideia, a recente Gala dos Campeões custou-nos mais do que isso! Para além disso, no dia em que a FPAK apoiar um piloto, todos os outros vão criticar esse apoio, pedindo para eles o mesmo tipo de ajuda. Como tal, se uma entidade estatal ou privada decidir apoiar este ou aquele piloto, a FPAK ajudará naquilo que puder. Mas nada mais”, esclareceu.

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