Aos seus lugares
O próximo fim-de-semana marca o arranque oficial de mais uma temporada do Campeonato Nacional FPAK de Ralis. Como manda a tradição, cabe ao Targa Clube dar o pontapé de saída – precisamente no ano em que celebra o seu quadragésimo aniversário – com a organização do agora designado Rali Torrié.
Novo nome, nova localização da partida e chegada – com a Póvoa de Lanhoso a ocupar o lugar deixado vago pela Póvoa de Varzim -, duas inéditas Super Especiais no figurino, uma a abrir (em asfalto) e outra a fechar o rali (em terra), e ainda a divisão da maior especial em dois troços de pouco mais de 15 quilómetros constituem as principais novidades desta edição, cujo prato-forte volta a ser servido na serra da Cabreira.
Ao todo, as 51 equipas inscritas têm pela frente um percurso com 250,63 quilómetros, dos quais 107,77 disputados contra o cronómetro (o equivalente a 44 por cento), repartidos por dez provas Especiais, sendo quatro delas repetidas.
Equilíbrio de forças?
Depois do Rali Vinho Madeira, os novos S2000 e os mais rodados carros de Grupo N voltam a medir forças em solo nacional, embora agora de forma oficial. Por razões óbvias, são ainda muitas as dúvidas quanto à superioridade de uma ou outra categoria, embora exista a ideia generalizada de que as viaturas de Produção poderão ter alguma vantagem na fase de terra, explorando o superior binário que o seu motor turbo de dois litros oferece, nomeadamente nos troços mais lentos, para no asfalto os S2000 inverterem esta tendência, graças ao soberbo equilíbrio do seu chassis e a um dois litros atmosférico mais eficiente em classificativas médio rápidas.
Em todo o caso, as diferenças e os resultados ficarão sempre dependentes da habilidades dos pilotos, mas também dos conhecimentos e meios técnicos disponíveis por cada equipa, sendo que nesse capítulo a balança está também equilibrada. É que se os carros de Produção já poucos segredos têm para o grosso dos pilotos privados do pelotão, os S2000 da Peugeot Fiat surgem com o selo oficial das respectivas marcas, sinónimo de um orçamento bem mais avultado.
Aspecto importante na procura do desejado equilíbrio de forças será, também, o cuidado que as organizações colocarem na elaboração dos seus ralis, sendo importante a escolha troços que não privilegiem claramente uma categoria em favor de outra, a bem do desejado espectáculo na estrada. O outro apelo é dirigido uma vez mais à FPAK, para que fiscalize com periodicidade os carros participantes e faça cumprir as regras logo desde os polémicos reconhecimentos.
Peres com novo carro
De resto, com a anunciada ausência dos dois principais animadores do último campeonato – Armindo Araújo e Miguel Campos – caberá sobretudo a Fernando Peres a responsabilidade de se bater com os oficiais Bruno Magalhães e José Pedro Fontes, tanto mais que Ricardo Teodósio já deu a entender que poderá não ter orçamento suficiente para cumprir todo o calendário. O prognóstico ganha ainda outra força quando é sabido que Fernando Peres estreará nesta prova um novo Lancer Evo IX acabadinho de chegar da Ralliart Itália, com motor desenvolvido pela HKS e suspensões da Extreme Tech, sendo agora em tudo similar ao Armindo Araújo evoluiu na segunda metade da última temporada.
Expectativa ainda para o que poderão fazer os Corolla S2000 de António Rodrigues e Vítor Sá (apesar do conhecido atraso na entrega dos dois carros), mas também dois dos mais recentes valores dos ralis nacionais, casos de Mex Machado dos Santos, na sua estria absoluta aos comandos de um carro de tracção integral, e da grande revelação da última temporada, o madeirense Bernardo Sousa, noutro Lancer Evo IX inscrito pela Peres Competições. Mesmo numa segunda linha, nomes como Valter Gomes, Vítor Pascoal, Carlos Guimarães, Pedro Meireles ou Luís Cardoso prometem dar outra cor a este duelo de titãs.
Curioso de assinalar é que dos S1600 nacionais já não se faz história, sendo que apenas Carlos Matos regressará com o seu Renault Clio, numa prova onde terá a companhia do Citroen C2 inscrito pelo zimbabueano Conrad Rautenbach, quinto classificado do último JWRC.
Agora, que comece o espectáculo!
PROGRAMA
Sexta-feira, 23 de Fevereiro
1ª Etapa/1ª Secção
Entrada em Parque Fechado
18h30/19h30
Partida – Póvoa de Lanhoso 20h30
Parque de Assistência (20m)
20h35
PE 1 – Super Especial Póvoa de Lanhoso (2,15 km)
21h05
Parque de Assistência (45m)
21h15
Entrada em Parque Fechado
22h10
Sábado, 24 de Fevereiro
2ª Etapa/1ª Secção
Partida – Póvoa de Lanhoso
09h00
Parque de Assistência (20m) 09h25
PE 2 – Anissó 1 (7,90 km) 10h00
PE 3 – Salamonde/Serradela 1 (15,67 km) 10h33
PE 4 – Serradela/Agra 1 (15,34 km) 10h58
PE 5 – Guilhofrei 1 (13,25 km) 11h40
Reagrupamento – Vieira do Minho (60m) 12h15
Parque de Assistência (20m) 13h15
2ª Etapa/2ª Secção
PE 6 – Anissó 2 13h50
PE 7 – Salamonde/Serradela 2 14h23
PE 8 – Serradela/Agra 2 14h48
PE 9 – Guilhofrei 2 15h30
Reagrupamento – Vieira do Minho (22m) 16h05
PE 10 – Super Especial Vieira do Minho (1,30 km) 16h30
Parque de Assistência (20m) 16h35
Pódio – Póvoa de Lanhoso 17h25
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