Nuno B. Pereira: «VW Polo S2000 deixou boas indicações»

Um dos principais motivos de atracção do Rali do Centro foi indubitavelmente a estreia do Volkswagen Polo S2000 inscrito pelo BPN Amarante Rally Team e dividido por Nuno Barroso Pereira e Nuno Rodrigues da Silva.

Para o piloto que cumpriu apenas cerca de 140 quilómetros de testes antes de iniciar a prova no carro alugado à estrutura da René George Rally Sport, o balanço final só podia ser positivo, tanto mais que o sexto lugar conquistado foi fruto de uma evolução sem grandes sobressaltos ao longo da prova: «Fomos sempre evoluindo e fui percebendo cada vez melhor o carro, retardando cada vez mais a travagem e jogando com o equilíbrio do chassis».

E com a humildade que lhe é reconhecida, Barroso Pereira não tem qualquer problema em reconhecer que, «se a classificação não foi melhor, isso foi mesmo por minha causa e nunca pelo carro, que é extraordinariamente competitivo». De facto, e ainda na perspectiva do piloto, «a base deste Polo é excelente, pelo que a única coisa a evoluir são mesmo os pormenores. Um dos principais é a impossibilidade de usar ainda o travão de mão, outro é a repartição de massas que, apesar de boa, pode ainda ser melhorada». Por outro lado, prossegue, «a ausência do ‘launch control’ também lhe retira competitividade nos arranques, mas tudo são tudo coisas que estão previstas num futuro breve».

Mais complicada foi a adaptação aos pneus Pirelli já que este Polo, que anteriormente tinha passado pelas mãos de Freddy Loix, rodou pela primeira vez “calçado” com pneus da marca italiana e, ainda segundo o piloto, a adaptação «terá que ser optimizada com mais testes».

Pascoal na expectativa

Mas se o aluguer de uma das duas únicas unidades disponíveis do Polo S2000 (uma terceira está já em produção) encontrou o retorno mediático esperado, também poderá ter ajudado a definir melhor o futuro imediato da equipa. Para Barroso Pereira, «é certo que vou manter o Polo para as restantes provas do Nacional, mas alugar um segundo carro para o Vítor Pascoal não ficou ainda decidido, mesmo apesar das boas impressões deixadas pelo carro. Tudo depende agora de algumas decisões finais em termos de patrocinadores, da venda dos dois Subaru e, evidentemente, do tempo que o Vítor possa ter para guiar e se adaptar minimamente ao carro».

Nesse particular, e se a ideia de ter dois carros nas últimas provas do ano for mesmo para a frente, é possível que Pascoal se desloque à Bélgica já no início de Outubro, antes mesmo do Rali de Mortágua, para participar no Haspengouw Rally, a penúltima prova do campeonato local, ou, em alternativa, realize uma apurada sessão de testes, mas sempre em solo belga. Qualquer que ela seja, a decisão está para breve.