E o vencedor é… Andersson!

Não foi preciso chegar ao final do rali para se conhecer o nome do novo Campeão do Mundo Júnior que, curiosamente, recupera o título de 2004. Pier-Gunnar Andersson tornou-se assim o primeiro piloto a bisar um título no JWRC e fê-lo depois de derrotar o seu compatriota da Suzuki, Urmo Aava, que partiu para a prova francesa com o mesmo número de pontos. A história do título resume-se a uma luta empolgante entre os dois pilotos, mas que viu o estónio dar parte fraca quando não evitou uma saída de estrada que imobilizou de vez o Swift que, após o despiste, nem tinha grandes danos.

E com Aava de fora, o título ia, automaticamente, parar às mãos do sueco Andersson, mesmo que este desistisse. O curioso é que isso mesmo teve para acontecer um quilómetro depois da saída de Aava quando Andersson, após ver o seu adversário fora de prova, perdeu a concentração e acertou numa pedra, furando de imediato! O resultado foi a queda para a quarta posição, mas já com o título no bolso.

Com todos os focos virados para a luta pelo título, a vitória de Martin Prokop no Citroen C2 S1600 quase passou despercebida até porque o seu domínio também esteve longe de ser avassalador. Depois de ser o primeiro comandante, mas perder essa posição para os dois homens da Suzuki, Prokop recuperou a liderança na oitava classificação, precisamente quando os dois “Swif boys” viram as suas provas afectadas pelos problemas já descritos. De qualquer maneira, nessa altura era já Yoann Bonato (que muitos dizem ser o sucessor de Loeb) quem mais nas vistas dava, na primeira prova em que participou num C2 S1600 por troca com o seu habitual C2 R2. Bonato venceu oito classificativas, mas, apesar da rapidez demonstrada, não foi além da terceira posição atrás do Renault Clio S1600 de Josef Beres depois de furar e ser obrigado a parar para mudar o pneus ainda na primeira etapa.